quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Análise: FC Porto 3 - Rapid de Viena 0

Uma vitória sem espinhas
O FC Porto não teve muita dificuldade para bater o Rapid de Viena, mesmo reduzindo a pressão em algumas partes do jogo. O primeiro golo surgiu ao minuto 25, Rolando foi o autor do golo. O final da primeira parte e o início da segunda pareceram-me muito mornos, o FC Porto deixou de pressionar, mas sem nunca perder o controlo do desafio. Depois veio o golo do Falcão que ajudou a tranquilizar mais. E Rúben Micael “matou” o jogo com o terceiro golo. Aí a equipa tranquilizou mesmo.
Ficou, pelo menos, uma grande penalidade por assinalar, será melhor fazermos queixa na FIFA? Agora falando a sério, essa grande penalidade existiu e podia ter feito falta, por acaso não fez, e ainda bem que assim foi, mas o facto é que ela existiu.
Quanto as poupanças de André Vilas Boas, percebo perfeitamente, tendo em conta que são vários jogos num curto espaço de tempo, e a que poupar aqueles que regressam de lesões, bem como dar minutos aos menos utilizados.

Notas:
Não gostei nada de Rodriguez, nem percebi porque não foi substituído; Ruben Micael, mesmo não estando muito bem, pareceu-me um pouco melhor; João Motinho, fantástico jogador, parece que joga nesta equipa a muito tempo.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Apetecia-me falar só dos últimos vinte minutos, curiosamente, depois da saída de Hulk, pois foi, de longe, o melhor período do F.C.Porto. Foi com a saída do "Incrível" - no Estádio não me apercebi, mas disseram-me que saiu mal disposto e sendo assim, aconselho-o a tomar Rennie ou Kompensan, que a azia passa logo. Estava complicativo, cansado, trapalhão e foi muito bem substituído! - e a entrada de Belluschi, que o F.C.Porto começou a jogar melhor, de uma forma mais consistente, mais organizada, com jogadas bonitas e o terceiro golo, belíssimo, foi uma espécie de cereja em cima do bolo. Não que durante o restante período do jogo, os austríacos tivessem causados muitos problemas, não, não causaram, apenas dois lances perigosos a acabar a primeira-parte e ficou por aí o Rapid, mas porque o conjunto de Villas-Boas, principalmente e de forma notória, na etapa inicial, embora dominasse, jogava devagar, muito pelo meio, complicava, queria resolver individualmente e o jogo arrastava-se, era pouco atractivo, sonolento, enfim, não entusiasmava os cerca de 30 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão. Melhor na segunda-parte, melhor ainda, como referi, nos últimos vinte minutos. Aí sim, o futebol praticado já teve qualidade, já entusiasmou, já esteve dentro dos níveis exigíveis à equipa portista e mudou o estado de espírito dos adeptos, pois as últimas impressões é que ficam.

Resumindo: compreendo que seja preciso poupar - o próximo jogo do campeonato, por muitas razões que falarei na altura própria, é dificílimo...; aceito que o facto do adversário nunca ter mostrado grandes argumentos, também ajude a uma atitude mais relaxada, mais confiante; mas, atenção, só se consegue motivar e levar público ao Dragão, juntando, já não digo sempre, às vitórias, bons jogos. Se as boas exibições forem apenas de forma esporádica, a motivação e mobilização fica mais difícil. Para que o estado de graça se mantenha, é preciso ter sempre presente o passado recente: também ganhamos, conquistamos títulos, mas o entusiasmo...

Uma palavra final para a extraordinária claque do Rapid de Viena... Que belo exemplo de fair-play deram os austríacos, apoiando sempre, mesmo que a derrota, desde muito cedo, se adivinhasse... Muito bem!

Um beijinho