Há primeira vista poderia dizer-se que o adjunto assumir o lugar de treinador principal seria boa opção. Era alguém que já estava há muito tempo no clube, que conhecia bem o plantel. Mas toda a forma como Vítor Bruno assumiu a equipa pode ter complicado mais do que facilitado, já que todo o processo da contratação, aparentemente, não foi bem conduzido. E admito que nem tudo o que surgiu na imprensa ou que se disse nas redes sociais tenha correspondido à verdade. Por isso, na altura fiquei com dúvidas se Vítor Bruno era o homem certo no lugar certo.
Comecei por dar o benefício da dúvida a Vítor Bruno e o meu apoio como portista, porque queria fortemente que Vítor Bruno tivesse muito sucesso e fosse feliz enquanto desempenhasse o cargo de treinador principal do FC Porto.
E a forma como a pré-época decorreu e até a forma como o FC Porto venceu a SuperTaça, fez parecer que a opção Vítor Bruno era positiva.
Mas com o passar dos jogos, e nem foi preciso muitos, começou a perceber-se que a equipa estava sem rumo, sem garra, sem atitude, sem fio de jogo. E as más exibições multiplicavam-se, assim como resultados menos positivos. Vítor Bruno parecia não ter soluções para os problemas da equipa, parecia ter dificuldade em responder às adversidades em campo e parecia ter dificuldade em conduzir a equipa para o rumo certo, motivada, focada, e empenhada.
Eu não sou apologista de saídas de treinador a torto e a direito, como se vê acontecer por aí tantas e tantas vezes, mas neste caso faz tempo que percebia-se que Vítor Bruno não era o homem certo. E continuar a insistir nesta aposta só estava a mergulhar a equipa nos problemas.
Ontem, perante mais uma derrota não houve mais como adiar o inadiável e Vítor Bruno deixou de ser treinador do FC Porto.
A Vítor Bruno desejo o melhor no futuro. Mas desejo, sobretudo, que o FC Porto ainda vá a tempo de encontrar o rumo esta época.
José Tavares é o treinador interino, depois logo se vê qual vai ser a solução encontrada e a aposta de Villas-Boas-Boas. O importante, para já, parece-me recuperar a equipa fisicamente e mentalmente para um novo ciclo.
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