quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Análise: FC Porto 0 – Benfica 2

Ó dragão, correu mal, da próxima vai ser melhor.
Todos sabíamos que não ia ser fácil, todos sabíamos que os 5-0 de Novembro não iam voltar a acontecer, mas todos tínhamos a esperança que o FC Porto conseguisse ganhar este jogo. Assim não aconteceu, foi a segunda; sublinhe-se bem este feito; a segunda derrota da época. Infelizmente foi contra o Benfica, clube contra quem é mais doloroso perder, por tudo o que representa para nós. Infelizmente a parte do provérbio que diz que não há duas sem três não se realizou. Não gostei de todo do jogo, mas vou tentar não crucificar algum dos jogadores escolhidos para jogar esta partida, assim como vou tentar não contestar as escolhas de Vilas-Boas, mesmo que isso seja demasiado complicado. Maicon, ligou o complicómetro no lance do primeiro golo do Benfica. E quanto a mim esse lance foi a chave de toda a intranquilidade portista. Depois o FC Porto sofreu o segundo golo noutro lance em que a defesa meteu água. Fica complicado quando há erros defensivos. Claro que a perder, e quando o adversário joga a defesa; sim, porque quanto a mim foi o que o Benfica fez, jogou a defesa, tal como a Grécia fez quando foi campeã Europeia; o índice de nervosismo e de ansiedade aumenta consideravelmente, e nada sai direito.
Agora vem a parte que me custa mais escrever, mas tem de ser feita, se não eu não fico bem comigo própria. André Vilas Boas, eu ainda não tinha contestado as suas opções, mas hoje fica complicado não o fazer. Juro que tentei perceber, mas não consigo, porque raio ficaram os dois avançados de fora, quando era óbvio que pelo menos um deles deveria estar no banco, porque foi óbvio que seria uma solução. Também não percebi a lógica de substituir o Belluschi pelo Guarin, assim como não percebi a entrada do Ruben Micael para o lugar do Sereno. Tudo bem que a entrada do Guarin tinha muito que ver com a meia distância, mas não seria melhor ele ter entrado para o lugar do Fernando? Outra pergunta fica no ar, o que se passa afinal com o Fucile? Uma coisa boa tem de ser destacada neste jogo, o Sereno, quanto a mim esteve bem na lateral esquerda.
Agora, depois do jogo terminar e depois do resultado estar feito, é fácil criticar, e dizer o que devia ter sido feito, mas também é verdade que nas vitórias fica pouco a dizer, porque tudo parece quase perfeito e mesmo que hajam erros de um ou de outro jogador, a vitória quase que faz esquecer esses pormenores, já nas derrotas, mais coisas há a dizer.
Agora resta aos portistas esperar pelo próximo jogo, novamente para o campeonato, e esperar que os erros de hoje não voltem a aparecer, para que as vitórias continuem a ser uma constante.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Faltou tudo

E perdemos justamente.
Quando se tem uma defesa, guarda-redes incluído, de papel, um meio-campo trapalhão, disperso, mal organizado, lento a pensar e a executar - salvou-se Moutinho - e um ataque inexistente, é óbvio que não se pode ganhar. Se a isso tudo juntarmos a oferta de dois golos, então, é derrota pela certa. Foi isto, mais coisa menos coisa, o que aconteceu esta noite no Dragão, embora e no que diz respeito, principalmente aos centrais, nada do que aconteceu esta noite se possa considerar uma surpresa: já tinha dito e por várias vezes, que os nossos jogadores do centro da defesa, quando pressionados, parecem baratas tontas e até fui mais longe, aconselhei-os, sobre pressão, a mandarem para a bancada.

Mas foi só isso, há mais e é preciso dizê-lo, que foi uma noite de opções muito discutíveis e não me refiro â opção de Sereno a lateral-esquerdo. Não, não foi por aí que o gato foi às filhoses, mas a Walter, único avançado-centro, nem no banco ter estado, o que levou à entrada de dois médios e refiro-me também ao facto de, mesmo a perdermos por dois a zero, termos mantido os quatro defesas por demasiado tempo, sabendo-se que quer Sereno, porque não é lateral e muito menos esquerdino e Sapunaru porque não tem essas características, não serem capazes de dar profundidade. Porquê André, que medos te tolheram as ideias? Perdido por dois, perdido por três! Porque não arriscar, pelo menos a partir do momento que o clube do regime ficou a jogar com dez, numa solução de três defesas: Sapunaru, Rolando e Maicon, depois Fernando, com Micael, Guarín e Moutinho, no apoio a Varela na direita, Hulk no meio e C.Rodríguez na esquerda? Não digo isto agora, disse-o no estádio e a partir do momento que Coentrão foi expulso.

Enfim, faltou tudo, nesta noite para lembrar e não repetir.

Não vou fazer análises individuais. Tinha de ser contundente com alguns e não quero. Prefiro dzier que o que não tem remédio, a pobre exibição, remediado está e o meu pensamento já está virado para o campeonato. Aí, espero que o F.C.Porto, como grande equipa que é - não é uma derrota que apaga tudo o que de bom foi feito até aqui -, não se deixe afectar e já no domingo dê uma resposta à altura das circunstâncias.

Notas finais: teoricamente estamos fora do Jamor... Mas, como a segunda-mão é só daqui a mais de setenta dias, muita água ainda vai passar por baixo das pontes...
Quando se joga tão mal, mesmo que tenhamos razões de queixa do árbitro, não devemos ir por esse caminho.

Nós não somos calimeros, muito menos pobres de espírito como os adeptos dos vermelhos e a pior coisa que podiamos fazer era agarrar-nos a desculpas esfarrapadas. Mas faço uma pergunta: só os jogadores do F.C.Porto que vão festejar junto e agarrados aos adeptos, é que levam cartão amarelo?
Perdemos bem e ponto final!

PS - Hoje, no fim do jogo, os adeptos do F.C.Porto deram uma grande lição a todos, alguns responsáveis portistas, incluídos, ao aplaudirem a sua equipa, que tinha perdido em casa e frente ao inimigo principal.
No domingo lá estaremos para festejarmos o regresso às vitórias e a continuidade no caminho que nos levará à conquista do principal objectivo da época, o campeonato, agora designado de Liga Zon Sagres.

Beijinhos