sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 5 – Marítimo 0



1 – Crónica

Cinco Tiros e Submarítimo ao Fundo

No início de noite desta Sexta-Feira, o FC Porto recebeu no estádio do Dragão o Marítimo, em jogo a contar para a oitava jornada da liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 5-0.
Vítor Pereira manteve a aposta no onze inicial que no passado fim-de-semana havia derrotado o Estoril. Vamos, por isso, directos à história desta goleada.
Que começou a construir-se cedo. Aos três Minutos, Jackson activou o marcador, após passe do compatriota James. O Marítimo não teve tempo de entrar em jogo, tão pouco de reagir ao golo portista. Apenas cinco minutos volvidos e Lucho podia ter festejado o segundo golo da noite, tal como Danilo, já próximo do minuto vinte. Também Jackson poderia ter somado mais um golo à sua conta pessoal e em simultâneo ao marcador, não fosse o senhor árbitro ter anulado a jogada por fora de jogo que por sinal não existia. Entretanto Vítor Pereira viu dois atletas lesionarem-se, Maicon e Fernando foram obrigados a abandonar a partida, sendo substituídos por Abdoulaye e Defour, respectivamente. Devido às substituições, quebrou-se o ritmo de jogo, mas o Marítimo não deu sinais de entrar nele. E ao  minuto 35 os insulares já estavam a perder por dois. Varela foi o autor do segundo tento da noite. E o mesmo Varela e James poderiam ter colocado a vantagem nos três antes do descanso. Assim, o intervalo chegou com os dragões a vencer por dois golos sem qualquer resposta, ou sequer tentativa dela e com o inconveniente de Vítor Pereira já ter perdido duas substituições.
No início do segundo tempo o Marítimo pareceu tentar reagir, mas não passou de fogo de vista. Já que ao minuto 59 Jackson aumentou a contagem para os três golos sem resposta, depois do mesmo Jackson ter desperdiçado um golo. O quarto tento do jogo e da noite foi da autoria de james, ao minuto 72. Entretanto mais um contratempo para Vítor Pereira, quando já só tinha uma substituição e pretendia fazer alguma gestão de esforço, eis que Helton se lesiona, tendo sido substituído por Fabiano. E, porque o jovem colombiano não quis ficar a trás do compatriota Jackson, ao minuto 77 James elevou a vantagem para os cinco golos.
Com esta expressiva vitória os dragões somam vinte pontos, isolam-se na liderança do campeonato à espera do que amanhã fará o adversário mais próximo.




2 – Análise

Fantástica, brilhante, excepcional, expressiva, inequívoca … Quantos mais adjectivos poderia encontrar para classificar esta vitória? Talvez falte dizer que podia ter sido maior a vantagem, mas cinco está óptimo! Antes do jogo qualquer um de nós imaginaria que o mesmo não ia ser fácil, que não ia ser um passeio tranquilo, porque facilmente se imagina o Marítimo a criar algumas dificuldades. Mas não foi nada disso que aconteceu. O FC Porto anulou o adversário por completo. E ainda aproveitou as fragilidades para controlar, com tranquilidade, jogar, dominar e marcar e marcar por cinco vezes. Foram cinco tiros e submarítimo ao fundo! Que dizer mais? Gostei do jogo, da exibição e do resultado. O único ponto negativo desta partida foram as lesões. Infelizmente Vítor Pereira viu-se obrigado a queimar todas as substituições sem poder gerir o esforço. Esperemos que nenhum dos jogadores tenha sofrido uma lesão grave. E siga para a Liga dos Campeões, porque atrás vem gente!


3 comentários:

Penta disse...

caríssima Ana, caríssimas(os),

esta noite fomos capazes de superar (mais) uma daquelas equipas "mete nojo", com uma exibição digna, consistente e capaz de ter brindado os ilhéus lá da pérola do Atlântico com um 'bailinho' que tão cedo não se esquecerão ;)

os meus três únicos lamentos vão para as outras tantas lesões de Helton, de Maicon e de Fernando, que certamente condicionarão a ida a Kiev...

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II

dragao vila pouca disse...

Apenas 27.609 espectadores estiveram esta noite no Dragão. Pena, não sabem o que perderam...

Mesmo com problemas causados por duas lesões, Fernando e Maicon, ainda na primeira-parte, que obrigaram a alterações inesperadas, o bi-campeão arrancou para uma exibição de grande qualidade, goleando e vulgarizando um Marítimo incapaz de se opor a um F.C.Porto, individual e colectivamente, inspirado. Foi, como diz o outro, uma exibição para ninguém botar defeito.
Tanto nos 45 minutos iniciais, como na etapa complementar, os pupilos de Vítor Pereira capricharam em oferecer, aos certinhos, aqueles que nunca ficam em casa, um manancial de jogadas de fino recorte e golos bonitos. Teve tudo o futebol portista: organização, posse, ritmo, pressão, largura, profundidade, contundência atacante e ao contrário do que acontece algumas vezes, não dormimos à sombra da bananeira, marcamos um, fomos à procura de outro e mais outro. Nunca Kiev esteve no pensamento dos profissionais portistas, exemplo mais flagrante, Lucho a esticar-se todo para chegar a um a bola, já no fim do jogo e com o resultado mais que decidido. Acabamos nos cinco, mas ainda podíamos ter marcado mais. Dizia o presidente do Marítimo, antes do jogo, que seriam galácticos contra coitadinhos. Pois, mal ele sabia que estava a ser premonitório. Quase foi preciso um pacote, tantas vezes os jogadores madeirenses tiveram de usar o guardanapo. Não faltou Cha e café colombiano, do melhor.

Notas finais:
Temos e isso é claro, jogadores de grande talento e alguns brilharam muito esta noite, mas este Porto de classe, Vintage, que goleou o Marítimo, valeu sobretudo pelo colectivo. Foi Porto de mais e que obrigou a haver Marítimo de menos. Não tenhamos medo de o dizer, para reticências já bastam as dos mesmos de sempre. Mas atenção!, não podemos, nem devemos, embandeirar em arco, entrar em grandes euforias, porque tivemos uma noite de estrelas. Seguiremos o nosso caminho com a tranquilidade de que o caminho faz-se caminhando. Umas vezes melhor, outras pior, mas sempre Porto.

Espero que as lesões de Helton, Fernando e Maicon não sejam graves e possam estar em condições de jogar em Kiev.

Vamos dormir no primeiro lugar e ficar à espera do que faz amanhã o mais maior, melhor, grande clube do mundo. Têm de fazer, no mínimo, igual.

O Colina português, tende a complicar mesmo um jogo fácil de dirigir.

Bjs

Dragus Invictus disse...

Boa tarde,

Não foi ópera mas foi cha-cha cha ao ritmo d’El Bandido e sob a batuta de Moutinho.

Jogo colectivo, jogadas de envolvimento, solos individuais de magia, foram os condimentos para uma grande noite no Dragão.

Destaque para James, que rubricou uma grande exibição. Marcou e deu a marcar, e conjuntamente com Varela e Jackson foram o furacão que varreu os insulares.
Jackson “cha-cha-cha” Martinez, cada vez mais confirma os predicados que levaram o FC Porto a apostar num avançado que jogava no desconhecido campeonato mexicano. Bisou na partida, e ficou a dever ainda mais golos.
Está confiante, e é com uma frieza incrível que fura as redes adversárias. Sete jogos seguidos a marcar, e oitavo golo na conta pessoal para o campeonato.
Varela, surge num grande momento de forma, dinâmico no corredor, rematador, fez o golo da noite! Fantástico!
Por último nota de destaque para o maestro Moutinho. Duas grandes assistências para golo e um trabalho muito sólido no meio campo, num jogo em que a responsabilidade do jogo ofensivo passou sempre pelos seus pés.
Nota negativa para as lesões que foram demasiadas.
Importante a vitória, que moraliza a equipa antes da deslocação a Kiev.
Há que manter a dinâmica e atitude, evoluir tranquilamente, pois não podemos adormecer e conceder aos adversários golos fruto de azelhices, como as que sucederam nas anteriores jornadas.

É pena que o frio meteorológico aliado ao frio nos bolsos, tenha afastado do jogo de hoje muitos adeptos, que perderam um excelente jogo de futebol por parte da nossa equipa.

Abraço e bom fim de semana

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.pt