1 – Crónica
No início de noite desta sexta, o FC Porto recebeu o Sporting, em jogo a contar para a 22ª jornada da Iliga. No final do encontro verificou-se um empate a 2.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Mbemba e Zaidu; Uribe, Vitinha, Otávio, Fábio Vieira, Taremi e Evanilson.
O FC Porto entrou bem em jogo. No primeiro minuto, Vitinha obrigou o guarda-redes contrário a aplicar-se e na recarga, negou o golo a Taremi. Ao minuto 3, Pepe ficou perto de marcar. Do outro lado do campo, o Sporting respondeu com a bola a sair à figura de Diogo Costa. E ao minuto 8, o Sporting colocou-se em vantagem. Os Dragões procuraram responder o mais rápido possível, mas pareciam não estar a conseguir encontrar o caminho para a baliza contrária e, por isso, houve mais luta do que oportunidades de golo. E ao minuto 34, o Sporting aumentou a vantagem no marcador. O FC Porto procurou reagir e ao minuto 38, Fábio Vieira reduziu a desvantagem.
No segundo tempo o FC Porto aumentou a pressão e isso aleado ao facto do Sporting ter ficado reduzido a 10, fez com que os Dragões tivessem mais bola e procurassem chegar à área contrária. O golo do empate ficou perto de surgir ao minuto 59, quando Zaidu rematou mas viu a bola embater no poste. E ao minuto 78, Taremi fez o golo do empate. Até ao final jogou-se pouco.
Com esta vitória o FC Porto soma 60 pontos, lidera o campeonato com mais 6 pontos que o Sporting.
2 – Análise
Começo pelo fim. Lamentável toda a confusão que se desenrolou no final do jogo. E não me interessa saber de quem é a culpa, não devia ter acontecido e ponto final. Mas tão lamentável quanto a confusão no relvado, foram as declarações do presidente do Sporting que, em vez de colocar água na fervura tendo em vista os dois jogos para as meias finais da Taça de Portugal, ainda conseguiu colocar mais lenha para a fogueira. Varandas pode não gostar de Pinto da Costa, não é obrigado a gostar, mas deveria respeitar quem já conquistou tanto. O presidente do Sporting devia reduzir-se à sua insignificância e permanecer em silêncio, ao menos em silêncio não diz disparates.
Vamos ao jogo. Não se esperava um jogo fácil, nenhum clássico o é, não só pela carga emocional que representa, mas também pelo que este representava nas contas deste campeonato e, de facto, não foi fácil. O FC Porto queria terminar esta jornada com mais 3 pontos no bolso e aumentar a vantagem. Mas o Sporting não vinha ao Dragão facilitar a vida aos da casa, visto que pretendia encurtar a distância. E no final dos 90 minutos, o FC Porto fez mais por merecer os 3 pontos. Os Dragões entraram bem em jogo, mas o Sporting, para além de ter se colocado em vantagem cedo, focaram-se na sua estratégia defensiva e dificultaram ao máximo a manobra ofensiva dos azuis e brancos. Parecia faltar ideias para ultrapassar a defesa leonina. E, de repente, a vantagem dos visitantes aumentou. Mas como o FC Porto não dá uma batalha por perdida, conseguiram reduzir antes do intervalo. Na segunda parte Sérgio Conceição foi alterando as peças do xadrez azul e branco e foi balanceando a equipa para o ataque. Surgiu o golo do empate, mas voltou a parecer faltar alguma razão a tanto coração e tanto querer. E, porque não, alguma sorte – aquele remate de Zaidu podia ter entrado em vez de ir ao poste. Foi um jogo com demasiadas quezílias, demasiado tempo perdido e isso também devia ser algo que todos, mas mesmo todos, jogadores, equipas técnicas e árbitros deveriam refletir urgentemente, caso contrário o campeonato português continuará a ser o que tem menos tempo útil de jogo. E isso não é nada benéfico para ninguém. Este é um tema para, quem sabe, uma reflexão futura. Para já fica tudo igual na classificação, ou seja, o FC Porto continua com mais 6 pontos que o Sporting e o campeonato continua a não estar entregue. Deste jogo destaco Fábio Vieira e Taremi pelos golos.
Em suma, foi um jogo difícil, do qual o FC Porto poderia e deveria ter saído vencedor. Segue-se a Liga Europa. Vamos Porto!
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