1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição e de João Mário da 1ª mão dos oitavos de final da Liga Europa, frente ao Lyon.
““TEMOS A RESPONSABILIDADE DE DAR O MÁXIMO E TRABALHAR NO LIMITE”
Sérgio Conceição exige foco e dedicação total no arranque dos “oitavos” da Liga Europa (quarta-feira, 17h45)
O calendário não dá tréguas e o FC Porto tem mais um embate de máxima exigência esta quarta-feira (17h45, SIC). Na primeira mão da cimeira luso-gaulesa relativa aos oitavos de final da Liga Europa, que irá opor os Dragões ao Lyon, Sérgio Conceição espera defrontar “uma equipa muito capaz”, principalmente “no plano ofensivo”. Para aproveitar “algumas fragilidades defensivas” do conjunto gaulês, o treinador portista deixa no ar a hipótese de “haver uma ou outra nuance em termos estratégicos”, até porque “jogar três vezes por semana torna-se desgastante” e quem for escolhido terá de estar “a cem por cento”.
Retrato do adversário
“Analisamos as equipas, dissecamos ao máximo a qualidade coletiva e individual das mesmas. Não fujo a essa regra. O Lyon está a fazer um campeonato que não é muito normal tendo em conta o orçamento e a qualidade que tem. Na fase de grupos da Liga Europa deram uma resposta condizente com o valor da equipa, conseguiram cinco vitórias, um empate e marcaram sempre mais de dois golos. No plano ofensivo são uma equipa muito capaz, com dois avançados… o Ekambi joga mais sobre a esquerda, mas é um segundo avançado. O Dembélé também é muito possante e forte fisicamente. O Paquetá joga por trás e tem muita qualidade, o Faivre juntou-se a este grupo e deu alguma qualidade partindo de fora para dentro com bastante potencial na definição. O Ndombélé chegou para o meio-campo e deu alguma robustez ao mesmo. É, na minha opinião, uma equipa diferente daquela que defrontámos na pré-época. Têm evoluído de forma positiva, é verdade que têm demonstrado algumas fragilidades defensivas e é por aí. Olhando para a equipa, no seu tudo, percebemos o que podemos aproveitar, as precauções que devemos ter e, como dizia o João (Mário), olhar para o que temos de fazer como equipa.”
Gestão rigorosa do plantel
“Jogar três vezes por semana torna-se desgastante. Vocês tiveram oportunidade de ver que quem saiu para treinar hoje foram os jogadores menos e não-utilizados com o Paços de Ferreira. Há uma preparação que tem mais a ver com o quadro, o vídeo, e que eu sinceramente aprecio, mas gosto mais do trabalho de campo. Nestas situações fica tudo mais difícil, daí condicionar a preparação dos jogos. De qualquer das maneiras sabemos o que queremos. Pode haver uma ou outra nuance em termos estratégicos, porque tenho jogadores que me conhecem bem e sabem o que queremos para o jogo. O trabalho de todos é importante, seja do departamento médico ou da equipa técnica onde está inserido o Eduardo Oliveira, nosso fisiologista. É um trabalho conjunto para preparar os jogadores da melhor maneira. Eles vão estar a cem por cento, o problema é poder haver aqui ou acolá uma lesão que não queremos que aconteça.”
Boa imagem além-fronteiras
“Não é só o FC Porto, as equipas portuguesas dão uma boa demonstração do nosso futebol e fico muitíssimo satisfeito por isso. Sou um apaixonado por futebol, sigo as principais ligas do mundo e, às vezes, futebol distrital. Quando vou a Coimbra gosto muito de ir ver esses escalões inferiores, porque nós aprendemos sempre. Fui treinador em França e, juntamente com o resto da equipa técnica, principalmente o Dembelé que é francês, temos um conhecimento grande do campeonato. Não acredito que seja uma mais-valia, porque o treinador do Lyon não é francês e há muitos jogadores que também não o são. Está numa liga muito competitiva, onde tive oportunidade de trabalhar, que faz parte dos cinco melhores campeonatos do mundo. Não penso que isso seja uma vantagem, porque a vantagem está na forma como preparamos os jogos.”
Contributo para o ranking europeu
“Fico sempre contente quando as equipas portuguesas conseguem bons resultados. Mas tenho de me focar no nosso jogo, sinceramente. Estou atento ao futebol, à prestação das outras equipas, mas estou muito concentrado no que temos de fazer.”
Passado dourado na prova
“Isso é história, é para os museus. Temos, sim, de olhar para o momento das equipas. Não nos traz responsabilidade a mais, porque nós representamos um clube histórico que não está habituado a esta competição, mas sim à Liga dos Campeões. Essa responsabilidade é normal e natural de quem representa o FC Porto e passa para o nosso trabalho diário. Temos a responsabilidade de dar o máximo, trabalhar no limite, preparar a equipa da melhor forma para ser competitiva e ganhar jogos. É verdade que ganhámos esta prova, mas o Francisco (Conceição) tinha um ano em 2003. Eles sentem a responsabilidade de estar num clube habituado a ter resultados fantásticos na Europa. É por aí, não há maior responsabilidade nem da nossa parte nem da do Sevilha.”
Lyon à procura de salvar a temporada
“Se calhar um ou outro jogador não jogou contra o Llorient a pensar no jogo de amanhã, como foi o caso do Dubois, lateral direito que foi meu jogador no Nantes. Isso não vai mudar a nossa postura e a forma de encarar o jogo. Quanto ao pensamento e estratégia do adversário, nós não podemos controlar isso. Depende do que eles acharem e das prioridades deles para a época. Temos de fazer o nosso trabalho.””
““QUEREMOS IMPOR O NOSSO JOGO, AS NOSSAS IDEIAS E O NOSSO FUTEBOL”
João Mário salienta a importância de um FC Porto autoritário na receção ao Lyon (quarta-feira, 17h45)
A Liga Europa está de regresso ao Estádio do Dragão. Desta feita, no encontro de abertura dos oitavos de final da prova, o conjunto da casa recebe o Lyon (quarta-feira, 17h45, SIC) e João Mário antevê um adversário “difícil”, recheado de “qualidade” que obrigará o FC Porto a “lutar, dar tudo para conseguir a vitória e uma vantagem para a segunda mão”.
Franceses depois dos italianos
“O Lyon é uma equipa difícil, sabemos disso, tal como a Lazio era quando os defrontámos. Têm uma equipa com qualidade, mas nós estamos focados no que interessa, que somos nós. Queremos impor o nosso jogo, as nossas ideias e o nosso futebol. Fazendo isso estaremos muito mais perto do objetivo, que é a vitória.”
Entrar bem faz parte do plano
“Sabemos que temos de começar bem a eliminatória. Queremos começa-la com uma vitória e tudo faremos por isso. As estatísticas não nos dizem muito, cada jogo é um jogo e tem a sua história. Posso garantir que vamos lutar, dar tudo para conseguir a vitória e uma vantagem para a segunda mão.”
Agenda preenchida
“Por vezes é difícil jogar de três em três dias. Torna-se desgastante, mas faz parte do percurso das equipas que lutam por títulos, como nós. Estamos em três competições, queremos ganhá-las e sabemos que tem os seus custos, mas estamos sempre preparados para sermos opções do mister em todos os jogos. É isso que temos de fazer todos os dias.”
Adaptação à lateral da defesa
“Tem sido cada vez melhor, confesso que ao início estranhei um pouco, mas tive de assimilar processos defensivos a que não estava habituado. Com a ajuda do mister, da equipa técnica e dos conselhos dos meus colegas fui percebendo cada vez melhor o que tinha de fazer. Sei que ainda tenho muito para melhorar e é isso que procuro todos os dias, treino após treino para ser cada vez melhor.””
Em
2 – O meu palpite para a equipa titular é:
Diogo Costa; João Mário, Mbemba, Pepe e Zaidu; Uribe, Vitinha, Otávio, Pepê, Taremi e Evanilson.
3 – Sobre o jogo
Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; empenhado; determinado; rigoroso; ambicioso; motivado; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!
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