sábado, 5 de março de 2022

Antevisão da 25ª Jornada da Iliga

1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 25ª jornada da Iliga, frente ao Paços de Ferreira

 

““QUEREMOS GANHAR SEMPRE”

Sérgio Conceição aponta à conquista de três pontos na Capital do Móvel (domingo, 18h00)

Sem tempo para contemplações, o FC Porto torna a disputar mais um embate de exigência máxima já este domingo. A partir das 18 horas (Sport TV), os líderes do campeonato regressam à Mata Real, palco da última derrota na prova, para defrontarem o Paços de Ferreira e Sérgio Conceição deixa o aviso: “É mais uma batalha difícil, num campo onde historicamente não é fácil jogar frente a este adversário. O Paços habituou-nos a ser uma equipa consistente a todos os níveis”. Por isso mesmo, o treinador portista deixou o alerta de que “há sempre coisas a melhorar”, pois “a época é longa”, “faltam muitos jogos nas diferentes competições” e, no FC Porto, trabalha-se diariamente “à procura da perfeição”.

Um reduto exigente

“As expetativas são as melhores. É mais uma batalha difícil, num campo onde historicamente não é fácil jogar frente a este adversário. O Paços habituou-nos a ser uma equipa consistente a todos os níveis. Consistente na Primeira Liga, com excelentes resultados, e cabe-nos  ir lá tornar um jogo difícil num jogo fácil para sairmos com os três pontos.”

Em busca da perfeição

“O melhor momento está sempre para vir. Dentro de um ciclo positivo há sempre coisas a melhorar. A época é longa, faltam muitos jogos nas diferentes competições e temos de ir sempre à procura da perfeição. Ainda não a atingimos, temos muito a melhorar em todos os momentos do jogo, e é para isso que trabalhamos diariamente. Os resultados têm sido positivos, sim, mas podíamos ter feito mais e melhor em determinadas situações.”

Ainda os clássicos frente ao Sporting

“O que eu já falei sobre essa situação está falado. A cortina fechou, agora o Paços de Ferreira é que é importante. Se estivesse em minha casa nas férias, numa peladinha com os meus filhos, veria que eu tenho exatamente o mesmo feitio. O meu caráter, a minha personalidade e o que eu sou enquanto pai de família ou líder não muda consoante as circunstâncias. Sou eu, ponto. São contextos diferentes, é óbvio, mas isso não tem de mudar conforme exista mais ou menos pressão.”

Regresso ao palco da última derrota na Liga

“Esse foi, talvez, o meu pior jogo. O meu e do grupo de trabalho que dirigi. Foi no pós-Champions, salvo erro, e foi um jogo mau da equipa, como às vezes pode acontecer. Temos de ser coerentes no nosso discurso, eu não olho a estatísticas quando elas são positivas nem quando são negativas. Não ligo a isso porque acho que todos os jogos são diferentes. Podem ser semelhantes, mas nunca iguais. Não vai ser o mesmo jogo de certeza absoluta. Há que trabalhar sobre um Paços de Ferreira diferente do que era nessa altura, nós também somos uma equipa diferente, e resta-nos olhar para o que temos de fazer enquanto equipa, a nossa dinâmica e os nossos princípios, que é o mais importante. Tendo sempre respeito pelo Paços e olhando para o que nos podem provocar, com os jogadores e dinâmica coletiva que têm. O importante não é olhar para esses dados históricos, mas sim para o jogo de amanhã.” 

Dificuldades na Mata Real

“Não é em Paços, é com as equipas que têm qualidade e que preparam bem os jogos contra nós. Hoje em dia as equipas técnicas são recheadas de elementos válidos, com capacidade e qualidade. As equipas estão apetrechadas de bons jogadores, eu acho que o nosso campeonato é muito interessante a esse nível. Não há justificação. A justificação é que naquele jogo e naquele momento devíamos ter feito mais e melhor. Que é o que nós queremos fazer amanhã para sairmos de Paços com os três pontos, é esse o nosso objetivo.”

Golo de Evanilson e a concorrência de Toni

“Esse é um dos momentos. Eu olho para outros, principalmente quando ele está fora daquele retângulo onde queremos que faça esse tipo de golos. Olho para a ligação que ele provoca com os constantes movimentos de apoio que faz, é um jogador que explora muito bem as costas da linha defensiva. Assim como o Toni Martínez, que deu uma excelente resposta nesse sentido. Ainda no último jogo vimo-lo ganhar dois ou três lances a um jogador forte no jogo aéreo como o Coates. Tem uma grande capacidade de disputar esses duelos, de atingir uma velocidade enorme e de provocar grande desgaste nos adversários. Cada um com as suas caraterísticas, cabe-me a mim escolher quem estiver melhor tendo em conta determinada estratégia para o jogo. Estou muito contente com os três, o Taremi, o Evanilson e o Toni Martínez, que têm feito um excelente trabalho. Às vezes, a meu pedido, trabalhando situações diferentes para que sejam jogadores mais completos para que a equipa fique mais forte.”

Declarações de Uribe pós-Alvalade

“É normal o discurso dos jogadores dizer isso, mas não são as vitórias que têm de nos dar confiança. As vitórias são importantes, porque trabalhar sobre elas é sempre importante, especialmente quando conseguidas sobre rivais competitivos como este que defrontámos na Taça. Mas essa eliminatória ainda não acabou, vamos a meio, e agora a Taça não conta. Conta o campeonato, que é o jogo que temos amanhã. Não é qualquer tipo de resultado que nos pode dar confiança, o que nos pode dar confiança é o trabalho diário, o trabalho que fazem aqui para depois alcançarmos essas vitórias. E o mais importante é que essas vitórias resultem em títulos. Acreditamos no processo, no trabalho diário, e isso é que nos dá confiança. Depois os jogos podem correr melhor ou pior, tal como o jogo de 2020 que perdemos em Paços de Ferreira, e a partir daí não perdemos mais. Porque tínhamos confiança no nosso trabalho e na qualidade que todos temos. O discurso dos jogadores é normal, mas o que nos dá confiança é o trabalho e não as vitórias. Essas são o resultado quando se trabalha bem.”

Objetivos intactos

“Nós podemos sempre lutar pelas vitórias. Nunca me ouviu dizer que os objetivos iam mudar, mesmo depois de saírem três jogadores importantes. Já falei sobre a importância dos jogadores que saíram e a partir daí não há nada a fazer. Ficamos menos fortes, mas por causa disso entramos para algum treino para não dar o máximo e não andar no limite? Entramos em algum jogo para ganhar? Nem pensar. Queremos ganhar sempre, e é uma azia dos diabos quando isso não acontece. E já nem pensamos nos jogadores que foram, pensamos nos que cá estão e no que temos de fazer. É absolutamente normal.”

O desgaste trazido por um calendário preenchido

“Não posso dizer que jogando de três em três dias o desgaste possa servir de desculpa, mas frisei na antevisão do jogo com o Sporting que ter mais um dia de descanso era importante nesta fase da época. Não tem só a ver com os jogos que fazemos, é também com as viagens. Chegámos ao Dragão às quatro da manhã depois de Alvalade, os jogadores deitaram-se às cinco e já era quinta-feira. Hoje é sábado e estamos aqui a fazer a antevisão do jogo de domingo com o Paços, em que eles terão de correr 90 minutos, ganhar e jogar bem. Depois, na segunda-feira, reencontramo-nos aqui. Terça entramos em estágio e quarta jogamos com o Lyon, que ontem ganhou 4-1 ao Llorient, que eu estive a ver esse jogo. É desgastante? Claro que sim. Normalmente as equipas adversárias dizem que o nosso plantel é grande e que estamos habituados, mas é grande quanto baste. Estarmos habituados não tem nada a ver, os jogadores são humanos e há momentos de maior desgaste. Se eu queria ter uma semana limpa, obviamente que queria. Não sendo possível, porque estamos num clube grande implicado em três frentes, temos de olhar para isso de forma inteligente e criativa na gestão do grupo. E não é gestão de pensar no Lyon contra o Paços, é pensar que os jogadores que podem entrar com o Paços me possam dar garantias a todos os níveis, nomeadamente o físico.”

O futebol mais atrativo em cinco anos?

“Depende da forma como olhamos para o futebol. Para mim o futebol mais vistoso, e é fabuloso, é quando um guarda-redes consegue isolar o avançado num passe. Mas isso é para mim. Mas também gosto de quatro passes na primeira fase de construção, depois mais três ou quatro, trocas posicionais, umas permutas e de conseguir ludibriar o adversário de forma ligada e apoiada. Isso depende das caraterísticas dos jogadores que tenho à disposição. Por isso já jogámos em 3-4-3 transformado num 5-4-1 em alguns jogos. Também já jogámos em 4-2-3-1, durante muito tempo num 4-4-2 em que os nossos alas não eram alas e os avançados não eram bem avançados. Dentro do que temos à disposição temos dois ou três variantes do jogo que nos permitam não dar referências ao adversário na sua organização defensiva. E nós, como equipa, estarmos sempre preparados para desmontar o processo defensivo. Dentro das caraterísticas que temos, o Vitinha não é um Danilo. O Matheus pode-se aproximar do Herrera, ok, mas os médios são diferentes e os avançados também. O Evanilson e o Mehdi são jogadores refinados, não como o Marega ou o Tiquinho de quem tinha de retirar o melhor. Neste momento retiro o melhor do Evanilson e do Vitinha, e é esse o trabalho dos jogadores e das equipas técnicas, sempre com o pensamento em ganhar, que é o mais importante.””

 

Em

www.fcporto.pt

 

2 – O meu palpite para a equipa titular é:

Diogo Costa; João Mário, Mbemba, Pepe e Zaidu; Uribe, Vitinha, Otávio, Fábio Vieira, Taremi e Evanilson.

 

3 – Sobre o jogo

Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; determinado; empenhado; rigoroso; motivado; ambicioso; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.

Força FC Porto!

 

 

 

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