sábado, 26 de julho de 2014

O Jogo de Despedida de Deco



Mágico para sempre. Eram estas as palavras chave do jogo de despedida de Deco e parece-me que não poderiam ser, de forma nenhuma, outras. É que Deco continua a espalhar magia! Tal ficou patente no jogo de ontem, entre as equipas do FC Porto de 2004 e o Barcelona de 2006, em que o mágico apontou dois golos, um com cada uma das camisolas.
Com o onze inicial do FC Porto de 2004, (Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa (cap.), Pedro Emanuel e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Pedro Mendes e Deco; Derlei e Benni McCarthy), praticamente o onze inicial da final da Liga dos Campeões desse ano, senti, por momentos, senti que tinha recuado no tempo 10 anos… foi tão bom…
Quanto ao jogo… terminou com um empate a 4, com Deco a marcar com as duas camisolas, primeiro com a do Barcelona e, para fechar as contas do jogo, com a do FC Porto.
O primeiro golo foi da autoria de Derlei, logo aos 2 minutos de jogo. Seguiu-se o golo de McCarthy, ao minuto 15. No segundo tempo o Barcelona acabou por empatar, através de dois golos. Primeiro marcou Eto'o ao minuto 54, depois marcou Deco ao minuto 56. Entretanto o FC Porto voltou a colocar-se em vantagem, através de um golo de Jankauskas, ao minuto 61. Mas Eto'o voltou a marcar ao minuto 66, empatando, assim, a partida. E ao minuto 80, Messi colocou o Barcelona em vantagem. Deco voltou a entrar com a camisola portista e fechou as contas do jogo ao marcar, a Vítor Baía – que entretanto estava na baliza do Barcelona - o golo do empate ao minuto 90. Diria que foi um resultado justo!

"Queria agradecer-vos por me terem feito esta homenagem, que só foi possível graças ao FC Porto e ao seu presidente. Este clube vai estar sempre no meu coração, foi aqui que cresci como homem e aprendi o que é o futebol e o valor de poder vencer, por isso estou eternamente grato a vocês",
Foram estas as primeiras palavras que Deco dirigiu aos adeptos presentes nas bancadas.
Nós é que agradecemos, Deco, por tudo: pelos anos de dragão ao peito; pela magia espalhada nos relvados; pelos golos marcados; pelos golos que outros marcaram após passes de magia; e pela possibilidade de, 10 anos depois, termos aplaudido os campeões de 2004. Para nós portistas o Deco é, e será sempre, o nosso mágico número 10, que finta com os dois pés e que é melhor que o Pelé. Mágico para sempre!

PS. Acho que ficou mal algumas pessoas presentes nas bancadas, felizmente foram uma minoria, assobiarem Messi, quando este entrou em campo. Caso não tenham percebido, ele também estava ali por causa do Deco. E, tendo em conta que esteve presente no mundial, podia perfeitamente não ter marcado presença, mas não foi isso que se passou. Tal como todos os jogadores que lá estavam, bem como o público, Messi foi participar no jogo de despedida e homenagem de Deco. Não havia, por isso, razão para assobios.


Eis as declarações do Mágico Deco no final do encontro à imprensa
“DECO: “FOI UM DIA FANTÁSTICO”
​O ex-jogador agradeceu aos adeptos, ao FC Porto, à família e aos filhos

​Deco despediu-se dos relvados no Dragão, o palco em que tantas alegrias deu aos adeptos azuis e brancos. No final da partida entre FC Porto 2004 e Barcelona 2006, o “Mágico” estava emocionado e demonstrou-se feliz por ter o “carinho, respeito e admiração de todos”, após quase duas décadas de carreira como futebolista.

Em declarações logo após o final do jogo, Deco falou da sua “vida nestes últimos anos”: “Ganhar títulos é muito importante e muito bom, mas o que acaba por ficar mesmo da carreira de futebolista é o carinho, respeito e admiração que tenho de todos”. Apesar de não gostar de rever os próprios jogos, Deco prometeu ainda que irá relembrar a partida no Estádio do Dragão: “Sem dúvida que vou ver este jogo novamente, com os meus filhos. Foi uma festa bonita”.

Mais tarde, ao Porto Canal, Deco agradeceu a todos os que estiveram envolvidos: adeptos, FC Porto, família e filhos. "Foi um dia fantástico. Foi uma festa melhor do que eu esperava, memorável, e penso que os adeptos também se lembrarão sempre deste jogo”.

A vida de futebolista, afirmou Deco, foi a que sempre quis: “Valeu tudo a pena, todos os sacrifícios, por uma vida fantástica, porque sempre quis ser jogador de futebol. Faria tudo 100 por cento igual e queria agradecer a todos os meus amigos que vieram - quando se tem jogadores desta qualidade dentro de campo, num jogo entre as duas equipas que marcaram a minha vida, torna-se sempre um bom jogo”.
FC PORTO 2004-BARCELONA 2006 (25 DE JULHO)”

Em


Sem comentários: