Terminadas as análises à época da equipa principal, é o
momento de centrar atenções na Equipa B portista.
Depois de no ano passado o FC Porto B ter conquistado o
título da II Liga, esta época revelou-se mais complicada.
Foi Luís Castro quem iniciou a época com a equipa B,
conduzindo-a até à 14ª jornada da II Liga. No entanto, porque o futebol é feito
de entradas, saídas e desafios, Luís Castro saiu do FC Porto B rumo a Vila do
Conde e ao rio Ave. Com a saída do treinador, a partir da 15ª jornada da II
Liga José Ferreirinha Tavares assumiu a liderança da segunda equipa dos
Dragões. Mas acabou por passar o testemunho a António Folha, que assumiu o
comando da equipa no final de dezembro, numa fase em que o FC Porto B não se
encontrava numa situação fácil, que se refletia numa posição delicada na tabela
classificativa. Aos poucos Folha conseguiu colocar os Dragões no rumo certo, a
equipa foi ganhando confiança, e começou a amealhar pontos que lhe permitiu
recuperar terreno na tabela classificativa – tanto que foi a segunda melhor
equipa da II Liga na segunda volta.
Numa primeira fase da época, dos jogos que tive a
oportunidade de assistir – que infelizmente não foram muitos - sobretudo em
casa, sobrou-me quase sempre a sensação de que a equipa produzia um bom
futebol, mas que lhe faltava o golo, da mesma forma que faltava acerto na
defesa. E sem eficácia a defender e a atacar, dificilmente se ganham jogos. Por
isso perderam-se tantos pontos que atiraram o FC Porto B para uma situação
delicada na tabela classificativa. Ainda assim, creio que na fase menos boa, nunca
foi posto em causa o valor ou a qualidade da equipa B do FC Porto, porque lá
esteve sempre, só que estava camuflado. Numa segunda fase, sensivelmente a meio
da segunda volta, a equipa, tal como já referi anteriormente, conseguiu
melhorar as suas performances, estabilizou, ganhou confiança e conseguiu
amealhar pontos que lhe permitiu subir na tabela.
Paralelamente ao campeonato da II Liga, o FC Porto B
participou, mais uma vez, na Premier League Internacional Cup, ultrapassando
cada etapa da prova até chegar à final. E no jogo decisivo, entrou, viu e
venceu sem contestação possível. Os B’s portistas, com toda a classe e
determinação, fizeram 5 golos ao Sunderland, sem que os ingleses conseguissem reagir.
E assim veio a taça para Portugal e para o Porto.
São dois títulos em dois anos consecutivos para esta equipa,
sinal de que estes jovens estão a habituar-se a gostar de vencer. E isso,
parece-me muito positivo e um bom sinal para o futuro. Mesmo que seja mais ou
menos óbvio que nem todos brilharão ao serviço da equipa principal dos Dragões.
Durante muitos momentos da época, surgiram-me as seguintes
questões que, de certa forma, na minha opinião, poderão explicar a época que o
FC Porto B fez: será que o facto do FC Porto B ter vencido a II Liga na época
passada pesou de alguma forma nos ombros do plantel deste ano? Ainda que seja
claro que o objetivo da equipa B é fazer a transição do futebol de formação
para o futebol profissional, sem terem a pressão dos títulos e que o que se
passou no ano passado foi algo, de certa forma, inesperado. E, por outro lado,
será que o facto da equipa ter tido três treinadores ao longo da época terá, de
certo modo, atrapalhado ou condicionado a evolução da equipa?
Seja como for o objetivo de fazer a transição do futebol de
formação para o profissional foi, mais uma vez, alcançado. Na próxima época
tudo voltará ao início, com jogadores a saírem e outros a entrarem na equipa,
mas sempre com o mesmo objetivo.
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