quinta-feira, 1 de junho de 2017

A Época do FC Porto B



Terminadas as análises à época da equipa principal, é o momento de centrar atenções na Equipa B portista.
Depois de no ano passado o FC Porto B ter conquistado o título da II Liga, esta época revelou-se mais complicada.
Foi Luís Castro quem iniciou a época com a equipa B, conduzindo-a até à 14ª jornada da II Liga. No entanto, porque o futebol é feito de entradas, saídas e desafios, Luís Castro saiu do FC Porto B rumo a Vila do Conde e ao rio Ave. Com a saída do treinador, a partir da 15ª jornada da II Liga José Ferreirinha Tavares assumiu a liderança da segunda equipa dos Dragões. Mas acabou por passar o testemunho a António Folha, que assumiu o comando da equipa no final de dezembro, numa fase em que o FC Porto B não se encontrava numa situação fácil, que se refletia numa posição delicada na tabela classificativa. Aos poucos Folha conseguiu colocar os Dragões no rumo certo, a equipa foi ganhando confiança, e começou a amealhar pontos que lhe permitiu recuperar terreno na tabela classificativa – tanto que foi a segunda melhor equipa da II Liga na segunda volta.
Numa primeira fase da época, dos jogos que tive a oportunidade de assistir – que infelizmente não foram muitos - sobretudo em casa, sobrou-me quase sempre a sensação de que a equipa produzia um bom futebol, mas que lhe faltava o golo, da mesma forma que faltava acerto na defesa. E sem eficácia a defender e a atacar, dificilmente se ganham jogos. Por isso perderam-se tantos pontos que atiraram o FC Porto B para uma situação delicada na tabela classificativa. Ainda assim, creio que na fase menos boa, nunca foi posto em causa o valor ou a qualidade da equipa B do FC Porto, porque lá esteve sempre, só que estava camuflado. Numa segunda fase, sensivelmente a meio da segunda volta, a equipa, tal como já referi anteriormente, conseguiu melhorar as suas performances, estabilizou, ganhou confiança e conseguiu amealhar pontos que lhe permitiu subir na tabela.
Paralelamente ao campeonato da II Liga, o FC Porto B participou, mais uma vez, na Premier League Internacional Cup, ultrapassando cada etapa da prova até chegar à final. E no jogo decisivo, entrou, viu e venceu sem contestação possível. Os B’s portistas, com toda a classe e determinação, fizeram 5 golos ao Sunderland, sem que os ingleses conseguissem reagir. E assim veio a taça para Portugal e para o Porto.
São dois títulos em dois anos consecutivos para esta equipa, sinal de que estes jovens estão a habituar-se a gostar de vencer. E isso, parece-me muito positivo e um bom sinal para o futuro. Mesmo que seja mais ou menos óbvio que nem todos brilharão ao serviço da equipa principal dos Dragões.
Durante muitos momentos da época, surgiram-me as seguintes questões que, de certa forma, na minha opinião, poderão explicar a época que o FC Porto B fez: será que o facto do FC Porto B ter vencido a II Liga na época passada pesou de alguma forma nos ombros do plantel deste ano? Ainda que seja claro que o objetivo da equipa B é fazer a transição do futebol de formação para o futebol profissional, sem terem a pressão dos títulos e que o que se passou no ano passado foi algo, de certa forma, inesperado. E, por outro lado, será que o facto da equipa ter tido três treinadores ao longo da época terá, de certo modo, atrapalhado ou condicionado a evolução da equipa?
Seja como for o objetivo de fazer a transição do futebol de formação para o profissional foi, mais uma vez, alcançado. Na próxima época tudo voltará ao início, com jogadores a saírem e outros a entrarem na equipa, mas sempre com o mesmo objetivo.


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