Em primeiro lugar, gostando mais ou menos do tom e da forma como tem decorrido a campanha, estas serão, sem qualquer dúvida, as eleições mais renhidas para Pinto da Costa, porque a concorrência de André Vilas Boas é forte.
É importante ressalvar que qualquer associado, desde que cumpra os requisitos, que tenha ideias e que consiga reunir uma equipa, tem o direito a candidatar-se. E é importante que seja respeitado, que a sua candidatura não seja vista como uma afronta, como uma espécie de traição.
Relativamente ao parágrafo anterior, sinto necessidade de escrever o seguinte. Se há coisa que tenho detestado ao longo desta campanha é ver portistas contra portistas, sem conseguirem aceitar e respeitar o ponto de vista de cada um. Só gostava que se lembrassem que no final de tudo isto, o mais importante é o FC Porto, sem batalhas, sem rivalidades.
É inegável que se o FC Porto é o que é hoje todos o devemos a Pinto da Costa. Foi Pinto da Costa quem nos últimos 40 anos guiou o FC Porto até ao sucesso. Foi Pinto da Costa que semeou a cultura de vitórias, baseada na exigência, na competência, no rigor, na ambição, na paixão. Foi Pinto da Costa que transformou o FC Porto num clube reconhecido e respeitado. Se todos nós portistas aprendemos a gostar de ganhar, a valorizar cada conquista, a sonhar que não há impossíveis (nem mesmo contra as equipas com planteis mais caros da Europa), foi porque Pinto da Costa nos ensinou. E nós seremos gratos ao melhor Presidente para todo o sempre.
Mas também é inegável que nos últimos anos há muita coisa que não tem corrido bem, muita coisa, sobretudo ao nível da gestão desportiva, que não tem sido positiva. Desde logo pelo FC Porto ter ficado debaixo da mira da UEFA durante alguns anos o que condicionou muito a estratégia de contratações. E por isso, ganhe quem ganhar as eleições, muita coisa terá mesmo de mudar para que o FC Porto continue a conseguir competir olhos nos olhos com os planteis mais caros da Europa, como nos habituamos.
Mas há algo que não pode, nunca, mudar, ganhe quem ganhar as eleições, a cultura de vitória, a garra, a exigência, a competência, o rigor, o empenho, a ambição e a paixão que são a marca forte do FC Porto. Não podemos, nunca, todos, esquecer que o mais importante, sempre, é o FC Porto, que o FC Porto está a cima de tudo e de todos.
De uma coisa tenho a certeza, seja qual for o resultado das eleições, continuarei a ser portista, sempre.
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