domingo, 10 de fevereiro de 2013

Crónica e Análise: FC Porto 1 – Olhanense 1




Empate no Dragão e Tudo na Mesma no Topo desta Competição

No início de noite deste Domingo o FC Porto recebeu a Olhanense em jogo a contar para a décima oitava jornada da Liga. No final do encontro verificou-se um empate a uma bola.
Os dragões entraram em campo sabendo que uma vitória daria, mais do que os normais três pontos, a liderança do campeonato. E, a pensar na conquista da vitória, Vítor Pereira apostou nos mesmos onze que defrontaram e venceram na passada semana o Vitória de Guimarães. Posto isto, vamos a história do jogo.
O FC Porto entrou decidido a tentar romper a densa muralha defensiva que a Olhanense construiu em frente da sua baliza. Mas, ao minuto 7, num golpe de contra-ataque, os de Olhão activaram o marcador. Alguns minutos volvidos, minutos em que o FC Porto pressionou, eis que o jogo teve de ser interrompido, tudo por culpa da chuva e do granizo que deciddiram marcar presença no Dragão. Mas depois da retoma do jogo, a pausa foi curta, tudo permaneceu igual, isto é, o FC Porto continuou a atacar e os de Olhão a defender. Em duas ocasiões, Jackson esteve próximo do golo, mas em ambas a defesa dos algarvios evitou-o. Tal como o colombiano, Alex Sandro também ficou próximo dos festejos, mas também não o conseguiu. E assim, com a Olhanense em vantagem, chegou o intervalo.
No segundo tempo pouco se alterou, os dragões continuavam a senda atacante e os algarvios a tarefa defensiva. Mas ao minuto 55, Jackson fez o golo do empate que nasceu num canto. Poucos minutos depois, Helton efectuou uma boa defesa a evitar novo golo dos de Olhão. E, aos 64 minutos, Jackson beneficiou da oportunidade soberana para completar a reviravolta no marcador, contudo o colombiano desperdiçou a grande penalidade que poderia ter traçado outro final para esta história. A bola não entrou nessa ocasião nem noutras que se lhe seguiram. Segundo rezam as estatísticas de jogo, os dragões realizaram 29 remates à baliza contrária, foi azar, … foi muito azar.
Com este empate o FC Porto soma 46 pontos, os mesmos do Benfica, mas a liderança pertence aos dragões devido aos golos marcados.



2 – Análise

Antes do início do jogo já era conhecido o empate do Benfica frente ao Nacional, ou seja, uma vitória portista isolaria os dragões na liderança do campeonato.
Uma coisa é certa, não se pode esperar que todos os jogos sejam fáceis como foram os dois anteriores e  era espectável que no jogo desta noite  a Olhanense estacionasse o autocarro em frente da sua baliza com vista a dificultar a manobra atacante do FC Porto. Ora, foi exactamente isso que se passou e para complicar ainda mais as contas, os algarvios entraram a ganhar e foi preciso muita paciência para empatar. Depois o facto de Jackson ter falhado a grande penalidade não se revelou, para mim, um bom prenúncio. Em suma, não foi um jogo fácil, a ansiedade de querer marcar para agarrar a vitória e a liderança terão falado mais alto e, pior ainda, a ansiedade de dar a volta ao marcador que cedo ficou desfavorável. Sim é verdade que, com este empate, se perderam dois importantes pontos; sim é verdade que, com este empate, se perdeu a possibilidade de, esta noite, o FC Porto se isolar no comando da liga; mas também é verdade que existiram ocasiões de golo que infelizmente não foram concretizadas, ou seja, falhou a finalização, um pecado demasiado grande para quem precisava ganhar e tanto fez para o merecer. Posto isto, resta acrescentar que é preciso seguir em frente e pensar já no próximo desafio, porque a liderança ainda é do FC Porto e ainda muita água vai passar por baixo das pontes.

4 comentários:

Anónimo disse...

Aos 80 minutos virei-me para o meu companheiro de cadeira, molhado e gelado e disse-lhe apenas um nome: Hulk. Ele assentiu com a cabeça, percebendo o que eu queria dizer.
Temos uma equipa compacta? Temos.
Que domina o jogo? Temos
Mas quando a coisa corre mal, falta-nos o rasgo, a imaginação, o talento que decide os jogos. Foi assim com o Gil Vicente. Com o Rio Ave. Com o Benfica.
Foi assim hoje.
Agora fico a pensar, demos mais de 45M€ pelos nossos defesas… será que podíamos não ter contratado um Danilo e um dos centrais (jogando com Maicon/Ba e Sapunaru/Fucile) nessas posições e tinhamos ido buscar um jogador que realmente desequilibrasse para colocar lá na frente?
Leandro Damião, Phillipe Coutinho, Forlan, Javier Hernandez, Quaresma, Buonannote…
Há coisas que não percebo.
O nosso calendário é dificil, vamos ter umas série de 4 jogos com 3 deles fora, e o quarto com o Braga em casa. Vamos á Madeira 3 dias depois de jogarmos a segunda mão com o Málaga. E vejo o nosso plantel cada vez mais curto.

Seba e Tozé para virar o jogo?? Por amor de deus…
James tem de recuperar já!!

Cumprimentos.

João Silva

dragao vila pouca disse...

Pois é, o futebol, tem destas coisas...
Era uma jornada em que as apostas davam total favoritismo ao F.C.Porto: o Dragão ia ganhar, só faltava saber por quantos, tal era a qualidade de jogo que o bi-campeão apresentava. O Olhanense, coitado, só podia evitar ser triturado. Não foi assim. E depois do empate do Benfica frente ao Nacional, na Choupana, a perda de 2 pontos ainda custa mais a digerir.
É verdade que mesmo não jogando bem, longe disso, merecíamos a vitória.
É verdade que dominamos em todos os capítulos do jogo, criamos e desperdiçamos oportunidades suficientes - até um penálti! - para ganhar, não um, mas dois jogos, só que o futebol não se compadece com isso, o que conta é que fomos muito perdulários, empatamos e esbanjamos uma oportunidade de oiro de ficar isolados na classificação. Tudo porque faltou ao F.C.Porto na noite fria e chuvosa de ontem, principalmente na primeira -parte, capacidade para pressionar alto, a profundidade de outros jogos, a qualidade envolvente na posse, criatividade e inspiração para desmontar uma defesa que se bateu bem e contou com um guarda-redes, Bracali, curiosamente, emprestado pelo F.C.Porto, inspirado. É justo dizer que melhoramos bastante na etapa complementar, foi nos segundos 45 minutos que tivemos várias e flagrantes oportunidades de marcar, mas faltou gente, calma, clarividência e eficácia, na exibição, aquém das expectativas, da equipa portista. Se a tudo, juntarmos um golo muito cedo, 6 minutos, da equipa algarvia e da falta de opções que acrescentassem qualidade, está explicado um resultado que teve o efeito de um valente murro no estômago.

Bjs

Penta disse...

efectivamente dá muito trabalho apoiar a Equipa pela positiva e não ao sabor da maré...
(o que não é o caso de muitos de nós, indefectíveis portistas dos quatro costados que estão sempre com a nossa equipa do coração, mesmo nos maus resultados e não "atiramos a toalha ao chão" ao primeiro revés...)

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II

Ana Andrade disse...

Boas.
Antes de mais, caro João Silva, seja bem-vindo a este espaço de portistas. Mas meu caro, devo dizer-lhe que não estou de acordo consigo em diversos pontos, o que é normal, visto que todos nós podemos ter visões diferentes do mesmo assunto …
Em relação a Hulk, até aqui os dragões tem jogado sem o incrível e tem vencido, sim, há jogos onde se nota que falta algo, mas não sabemos, nunca saberemos se o brasileiro ontem resolveria o jogo, até porque tenho para mim que aquele jogo poderia durar a noite toda que a bola não ia entrar na baliza dos de Olhão.
Depois você fala de alguns jogadores que o FC Porto poderia ter contratado em vez de um dos defesas, se bem percebi… pois bem, seria perfeito se o FC Porto pudesse ter jogadores fantásticos para todas as posições e com suplentes a altura… era tão bom ter um Messi… enfim, meu caro, talvez sejam esses defesas que custaram muito que um dia destes vão encher os cofres, já pensou nisso? Depois meu caro, o calendário é difícil para todos, porque não existem jogos fáceis no futebol... Quanto a Sebá e a Tozé, quem queria que o Vítor Pereira colocasse? Defour e James estão lesionados, logo, o leque de soluções está reduzido.

Caro Dragão Vila pouca,
“Pois é, o futebol, tem destas coisas...”
Nem mais meu caro …

Caro Miguel,
“efectivamente dá muito trabalho apoiar a Equipa pela positiva e não ao sabor da maré...”
Ah pois é!

Cumprimentos

Ana Andrade