segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Reflexão do Jogo de Ontem



Passadas que estão algumas horas depois do empate de ontem que deixou um sabor amargo, isto é, um sabor a derrota no universo portista, decidi reflectir sobre as incidências do jogo. É como escrevi no meu post de ontem, não se pode esperar que todos os jogos sejam fáceis como foram os dois anteriores. Talvez é aí que está o problema, é que de repente tudo parecia demasiado fácil, parecia que a vitória já era um dado adquirido e este empate caiu como uma espécie de “balde de água fria”.
Por muito que se diga que este campeonato está desnivelado e que a luta pelo título se reduz a duas equipas – o que não deixa de ser verdade – não significa que nunca vão surgir dificuldades, isto é, equipas que, com as suas armas, tentem contrariar o favoritismo dos favoritos na busca de pontos preciosos para elas próprias. Mesmo que o jogo praticado por essas mesmas equipas nos pareça demasiado irritante, diria mesmo que é uma forma de jogar numa espécie de anti-jogo permanente. Foi o que aconteceu ontem no Dragão, a Olhanense, com as suas armas, contrariou o favoritismo do FC Porto, que por muito que tentasse não foi capaz de desmontar a defesa algarvia.
Se para nós adeptos é de veras enervante ver que a nossa equipa está literalmente a lutar contra uma muralha de jogadores e que não há meio de acertar na baliza, imagino o que não será para os próprios jogadores. Não, eu não estou com isto a desculpá-los, mas acontece que os jogadores são homens e não máquinas, logo, sentem-se ansiosos e é aí que o coração começa a falar mais alto que a razão, o que nem sempre dá bom resultado.
É verdade que fiquei um tanto ou quanto triste pelo FC Porto não ter agarrado a oportunidade de descolar do Benfica - sei que alguns estão neste momento a chamar-me demasiado sentimentalista, mas eu digo que sou sentimentalista e gosto de aliar ao sentimentalismo a racionalidade – continuando … também tenho a consciência de que os jogadores portistas fizeram o possível para conquistar essa vitória. Pois o FC porto dominou, controlou, mas não foi eficaz e aí pecou. Pois a eficácia é a maior aliada de uma equipa que precisava de ganhar e que tanto fez para o merecer, como revelam as estatísticas de jogo. Os dragões efectuaram 29 remates, tiveram 11 ocasiões de golo, tiveram 78% de posse de bola além de ter somado muitos cantos. Contudo, como já referido anteriormente, falhou a finalização, terá sido, infelizmente, uma noite de azar, como tantas outras que já aconteceram no Dragão. Alguns dirão que provavelmente até terá sido um bocadinho de olhado … seja o que for, o que sei é que aquele jogo até poderia ter durado a noite inteira, que tenho para mim que a bola não entraria na baliza dos de Olhão.
E termino este meu post dizendo o seguinte. É verdade que o FC Porto perdeu pontos num jogo em que não deveria ter perdido, mas mais vale perder pontos numa jornada em que o adversário directo também os perdeu e ficar tudo na mesma, do que perder pontos numa jornada em que o adversário não perdeu pontos e complicar a vidinha.

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