sábado, 23 de fevereiro de 2013

Crónica e Análise: FC Porto 2 – Rio Ave 1



1 – Crónica

Vitória no jogo cem de Vítor Pereira

No início de noite deste Sábado, o FC Porto recebeu no estádio do Dragão o Rio Ave, em partida a contar para a vigésima jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 2-1.
Depois da jornada Europeia voltou o campeonato. E, para este encontro, Vítor Pereira estava impedido de utilizar dois jogadores que tem sido titulares indiscutíveis na defesa portista, Mangala e Alex Sandro. Como tal, para os seus lugares entraram Maicon e Quiño. Posto isto, vamos à história do jogo.
Cedo se percebeu que o jogo teria pouco de fácil para o FC Porto, uma vez que o Rio Ave mostrou que, com as suas armas, iria fazer pela vida. O primeiro tempo teve pouco brilhantismo, mas teve duas grandes penalidades, a favor do FC Porto, uma convertida e a outra não; para além de um golo para os visitantes. Vamos por partes. Comecemos pela primeira grande penalidade, a qual surgiu de uma falta que Izmaylov  sofreu, Jackson quis marcar o castigo máximo, mas não foi feliz. Persistia o 0-0 no marcador. Minutos depois, O Rio Ave colocou-se em vantagem no marcador, fruto de um golo de Braga. Mas o golo do empate viria ainda antes do intervalo. Nova grande penalidade, desta vez devido a um corte com a mão de um jogador vila-condense. Jackson foi o marcador do castigo máximo e, desta vez, acertou no sítio certo, na baliza adversária. E, desta forma, o intervalo chegou com um empate no marcador.
Os portistas entraram com mais velocidade no segundo tempo, passando a estar cada vez mais próximo da área adversária. Jackson ficou próximo do golo antes do minuto 50, mas o guarda-redes adversário negou-lhe os festejos. O golo não surgiu nesse lance, surgiu mais tarde, ao minuto 77, quando Jackson fez o seu vigésimo segundo golo para o campeonato e estabeleceu o resultado final - para contentamento dos 27.859 corajosos adeptos que enfrentaram a noite gelada, sendo que um deles um adepto especial, o nosso bem conhecido incrível Hulk.
Com esta vitória o FC Porto soma 52 pontos e isola-se, provisoriamente, no topo da liga.



2 – Análise

Foi mais um jogo que não foi fácil, também não se esperava outra coisa, principalmente porque se suponha que depois de um jogo Europeu o cansaço acabaria por marcar presença, mas também porque o treinador dos vila-condenses conhece muito bem o FC Porto. Não foi, também, um bom jogo, infelizmente não se pode ter sempre jogos fantásticos, daqueles de encher o ego dos adeptos – claro que para aqueles bem exigentes nem mesmo esses grandes jogos enchem o ego – enfim, continuando… Gostei mais da segunda parte do que da primeira, exactamente porque o segundo tempo foi melhor que o primeiro. Digamos que aquela primeira grande penalidade alterou, por completo, o meu sistema nervoso – ó Jackson, havia necessidade? – Vá lá que o colombiano redimiu-se na segunda grande penalidade e no golo que deu a vitória ao FC Porto. Em suma, o jogo não foi brilhante, mas o principal objectivo foi atingido, a vitória.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Depois de um jogo da Champions que obrigou a um grande desgaste físico e mental, hoje, frente a um Rio Ave a fazer um excelente campeonato, a equipa do F.C.Porto teve uma ressaca difícil. Culpa própria, muita, mas também, verdade seja dita, mérito do conjunto orientado por Nuno Espírito Santo. Mérito do Rio Ave porque, se por um lado, foi sempre uma equipa curta e bastante recuada, por outro, foi uma equipa bem organizada e quando tinha bola, procurava jogar, sair no contra-ataque. Culpa do F.C.Porto porque foi lento a pensar e a executar, pouco organizado, trapalhão, complicativo e pior, com alguns a jogarem como grandes vedetas, de saltos altos e finos, com uma displicência que enervava o mais pacato dos adeptos. Como se fosse pouco e como cúmulo dessa forma de jogar, o penálti inacreditavelmente desperdiçado por Jackson e o golo de a equipa de Vila de Conde, oferecido a meias por Helton e Maicon, este e não foi só nesse lance, a fazer lembrar os seus piores tempos de azul e branco vestido. Valeu à equipa portista e já em cima da hora para o intervalo, mais um penálti - só deve ter deixado dúvidas ao comentador da Antena 1, Manuel Queiroz - que desta, embora sem grande convicção, Jackson transformou e colocou o resultado numa igualdade que se ajustava ao desenrolar da partida.

Na segunda-parte e a perder, Vítor Pereira deixou nas cabines um lento, desinspirado e cansado Izmaylov e fez entrar James Rodríguez. Não esteve na entrada do colombiano a responsabilidade pela melhoria da equipa portista, não, James passou completamente ao lado do jogo, a melhoria deveu-se a um aumento do ritmo, a uma melhor circulação de bola, de um jogo mais simples, mais organizado, a um Porto mais próximo do que pode e deve fazer. Com a subida do F.C.Porto, obviamente, o Rio Ave começou a ter dificuldades, já não esteve tão organizado, já não foi capaz de evitar que o perigo rondasse a sua baliza, já não teve possibilidades para sair tantas vezes em contra-ataque. Se o conjunto de Vítor Pereira já estava melhor, a entrada de S.Defour - ao contrário de James, parecia que nem tinha estado parado - para o lugar de um Lucho também abaixo das suas possibilidades, ainda melhor ficou e naturalmente, chegou à vantagem que soube guardar sem grandes problemas.

Tudo somado, vitória justíssima do bi-campeão, com a diferença mínima a ser o resultado certo. Mas é preciso dizer que se por um lado, a equipa do F.C.Porto tem como atenuante o jogo da Champions, por outro, também teve culpas pela forma relaxada, pouco esclarecida e displicente como pareceu encarar a partida. Espero que rapidamente se desça à terra, se volte a colocar os pés no chão, pois só com humildade e o espírito correcto, seremos capazes de ultrapassar os obstáculos e atingir os objectivos.

Bjs