domingo, 9 de novembro de 2014

Crónica e Análise: Estoril 2 – FC Porto 2



1 – Crónica

Empate Com Sabor Amargo na Amoreira

No início de noite deste Domingo o FC Porto deslocou-se ao terreno do Estoril em jogo a contar para a 10ª jornada da Liga. No final do encontro verificou-se um empate a 2.
Para este encontro Lopetegui apostou num onze composto por: Fabiano; Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro; Casemiro, Herrera e Brahimi; Quaresma, Jackson e Adrián López. De ressalvar que, no final do encontro, o treinador portista sublinhou que Quintero esteve com problemas e que, por isso, não podia ser utilizado de início. Posto isto, vamos ao jogo.
As duas equipas entraram bem em jogo, com o FC Porto à procura do ataque, mas o Estoril a surpreender e, também, a entrar forte, apostando em lances de contra-ataque. O que fez com que o jogo estivesse dividido nos primeiros minutos. Foi do FC Porto a primeira oportunidade de golo, contudo Adrián López não acertou na baliza. Brahimi inaugorou o marcador ao minuto 20, com mais um lance de génio capaz de levantar o estádio. No entanto a vantagem portista durou apenas alguns minutos, visto que ao minuto 27 o Estoril empatou. Com o aproximar do intervalo, os dragões começaram a pressionar mais em busca do golo da vantagem que pudesse trazer tranquilidade ao jogo. No entanto a defesa estorilista foi limpando todos os lances de perigo e o intervalo chegou com um empate a 1 no marcador.
O FC Porto entrou para o segundo tempo com o mesmo registo que tinha apresentado na ponta final do primeiro tempo, ou seja,, a pressionar muito e com velocidade. Porém a defesa dos da casa ia mantendo o mesmo registo, isto é, limpando todas as ameaças para a sua baliza. Lopetegui arriscou, lançando Quintero e Aboubakar, para os lugares de Casemiro e Adrián López. Aproveitando alguns fogachos de força dos jogadores mais avançados, o Estoril procurou aproximar-se da baliza de Fabiano, não só à procura de um golo, mas também para procurar fazer com que a defesa ganhasse forças. E foi assim que surgiu a grande penalidade a favor dos da casa, ao minuto 78. Fabiano ainda adivinhou o lado para onde rematou Tózé, mas não conseguiu travar o remate do médio emprestado pelo FC Porto. Estoril em vantagem, Lopetegui arriscou ainda mais retirando Maicon e lançando Óliver para o seu lugar. . E os dragões lá continuaram a procura pelo golo que chegou ao minuto 94, da autoria da última cartada de Lopetegui, Óliver. E, no último minuto de jogo, Jackson podia ter feito o terceiro golo portista, podia, mas a bola não entrou e por isso o jogo terminou com um empate no marcador.
Com este resultado o FC Porto soma 22 pontos, cai para terceiro lugar, a apenas 1 ponto do segundo classificado, o Vitória de Guimarães e a 3 do Benfica que lidera o campeonato com 25 pontos.


2 – Análise

Antes de tudo o mais, que grande jogo de futebol… um Estoril a defender-se como pôde e a procurar contra-atacar quando teve oportunidades para tal, diria sem medos; um FC Porto guerreiro que nunca deixou de pressionar em busca do segundo golo, e como pressionou o FC Porto… Faltou brilhar a estrelinha da sorte e alguma lucidez.
Uma coisa é certa, já eram esperadas dificuldades na Amoreira, pois o Estoril costuma ser um “osso duro de roer” em sua casa. E foi. Brahimi  inaugurou o marcador com mais um lance de génio – estás a habituar-nos mal, rapaz… mas continua assim, porque nós gostamos de ficar mal habituados. No entanto o Estoril empatou pouco tempo depois. Depois, bem depois o FC Porto carregou no acelerador até ao intervalo. E no segundo tempo continuou a carregar no acelerador, encostando os da casa às cordas. O golo parecia ali tão perto, mas afinal de contas estava tão longe. É que a defesa estorilista limpava de qualquer forma os lances de ataque portistas. Para além disso, por vezes os jogadores portistas procuravam chegar à baliza o mais rápido possível, nem sempre fazendo as melhores escolhas. E, de quando em vez, a equipa da linha aproveitava para tentar subir à procura de afastar o FC Porto da sua área na tentativa de respirar um pouco. E foi num desses momentos que surgiu a grande penalidade. Que foi convertida por Tózé. E o FC Porto não baixou os braços, continuou a carregar no acelerador em busca do golo que desse o empate. Foi o que conseguiu Óliver  já no minuto 94. E Jackson esteve tão perto do terceiro.
Na minha opinião Lopetegui fez tudo o que podia fazer, arriscou tudo, e bem, o golo não chegou, mas também não foi por falta de tentativas. Há jogos assim.
Confesso que um pouco antes do segundo golo do Estoril já estava a começar a desesperar, porque tanto ataque acabar travado pela defesa estorilista dá cabo da crença de qualquer um. Mas o desespero foi maior quando o Estoril empatou… bolas o futebol por vezes não é nada justo. Depois veio aquele golo de Óliver e só pensei: «ainda há tempo para mais um» e Jackson quase o fazia. Enfim, é verdade que é melhor o empate que a derrota, mas perante um tão grande caudal ofensivo, este empate fica a saber a pouco.
Em suma, o FC Porto arrecadou um ponto num campo tradicionalmente difícil e fica agora no terceiro lugar, atrás de Vitória de Guimarães e Benfica.


PS. Grande apoio portista na bancada!

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