1 – Crónica
No início de noite desta terça o FC Porto deslocou-se ao
terreno da Juventus, em jogo a contar para a 2ª mão dos oitavos de final da
Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por
1-0.
Para este jogo Nuno Espírito Santo apostou num onze composto
por: Casillas; Maxi, Filipe, Marcano e Layun; Danilo, André André e Óliver;
Soares, André Silva e Brahimi.
A Juventus entrou de modo autoritário, dando trabalho à
defesa portista. Mas o FC Porto reagiu bem e procurou jogar cara a cara com a
equipa italiana. Ao minuto 10, Soares não chegou por pouco a um passe de Brahimi.
Mas depressa a Juventus impôs-se, procurando, naturalmente, criar mais perigo
junto da baliza portista. Numa dessas ocasiões, o remate foi à figura de
Casillas. Ao minuto 38 os italianos voltaram a ficar perto do golo. Até que ao
minuto 42, Maxi viu cartão vermelho por mão na bola, FC Porto reduzido a 10 e
grande penalidade assinalada. Os italianos converteram o castigo máximo e
ampliaram a vantagem no marcador trazida do primeiro jogo.
Praticamente no início do segundo tempo, minuto 48, a
Juventus voltou a ficar perto de marcar, mas desta feita por infelicidade de
Danilo que quase introduzia a bola na própria baliza, valeu Casillas. Na
resposta, ao minuto 49, Soares quase fazia o empate, contudo, atirou ao lado, esfumando-se,
assim, a melhor ocasião para os portistas até ao momento. Em vantagem, a
Juventus procurou gerir o encontro, sem deixar de, sempre que possível,
aproximar-se da baliza portista, dando trabalho à defesa. Ao minuto 82, Jota
ficou perto de fazer golo, mas não o conseguiu.
Com esta derrota o FC Porto fica fora da Liga dos Campeões.
2 – Análise
Sendo realistas, sabia-se que dar a volta à eliminatória,
precisando fazer três golos sem sofrer nenhum, era uma missão difícil. Deste
modo, o objetivo para este jogo era, pelo menos, que a equipa saísse da prova
de cabeça erguida. E, na minha opinião, saiu. Mas como se sabe, no futebol não
há impossíveis e, de facto, o FC Porto nada tinha a perder, Nuno Espírito Santo
promoveu apenas uma alteração no onze, comparativamente ao utilizado no último
jogo, fazendo entrar Layun para o lugar do castigado Alex Telles. Desta forma,
os Dragões demonstraram que não iam baixar os braços perante a derrota da
primeira mão. Não foi um jogo fácil, como aliás, devido às circunstâncias
referidas anteriormente, já se esperava. O FC Porto entrou bem em jogo, mas,
naturalmente, a Juventus acabou por equilibrar e, também naturalmente, criar
mais perigo. tudo se complicou, mais uma vez, com uma expulsão, desta vez foi
Maxi, mas com a agravante de ter sido assinalada uma grande penalidade, lance
do qual surgiu o golo dos italianos. Mais uma vez, Nuno teve de recompor a
defesa retirando um elemento do ataque, no caso, André Silva. Faltou ao FC
Porto ter mais ocasiões para aproximar-se com perigo da baliza adversária – o
que com 10 ficou mais difícil - e, pois claro, conseguir fazer golos. Soares e
Jota estiveram perto de o conseguir, mas nem um nem o outro conseguiu. Valeu a
atitude da equipa que, mesmo tendo a noção que virar a eliminatória seria uma
tarefa quase impossível, não foi a Turim de cabeça baixa a espera de terminar o
jogo com uma alta soma de golos para trazer na bagagem. Por isso, e como já
referi, apesar de tudo, creio que o FC Porto sai da prova de cabeça erguida.
Para os Dragões não há vitórias morais, é certo, mas também é verdade que,
tendo a noção que esta eliminatória seria difícil, perder por 3-0 no conjunto
das duas mãos é, manifestamente, um mal menor. Não sabemos, nunca saberemos, o
que teria acontecido caso Alex Telles, na primeira mão e Maxi na segunda, não
tivessem sido expulsos, talvez a história fosse outra, talvez não fosse.
Em suma, o FC Porto está fora da Liga dos Campeões, sendo
eliminado por uma das equipas candidata à vitória final. Agora é importante o
foco estar no campeonato e a equipa não deixar de lutar pelo título como tem
feito até aqui.
PS. Obrigada a todos aqueles que foram a Turim apoiar a
equipa! Foi tão bom ouvir-vos o jogo todo a cantar por vós, por nós, por toda
uma nação portista que à distância sofria e apoiava a equipa. Somos Porto!
Vamos Porto!
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