Na madrugada desta Terça o FC Porto defrontou o Cruz Azul,
no primeiro jogo no México. No final do jogo verificou-se um empate a 0,
necessitando de recorrer às grandes penalidades para encontrar um vencedor, e
aí os Dragões foram derrotados por 3-2.
“Num país onde têm muitos admiradores e num estádio que até
faz lembrar as velhas Antas, os Dragões sentiram-se em casa e estiveram muito
mais perto de vencer no tempo regulamentar do que o rival – especialmente na
segunda parte, mesmo depois de várias alterações no onze, tiveram mais posse de
bola e oportunidades. Não foi uma laranja mecânica (cor do equipamento
alternativo utilizado), nem poderia ser após apenas duas semanas de trabalho,
mas foi uma exibição que deixou água na boca, se tivermos em conta as
condicionantes, até em termos de altitude. O desempate por penáltis (3-2) foi
um mero pró-forma, que permitiu aos locais ficar com a SuperCopa Tecate (será
atribuída uma em cada partida do torneio).
No onze, surgiram apenas duas caras novas face à época
passada, o lateral Ricardo Pereira (que estava emprestado aos franceses do
Nice) e o médio Mikel (cedido em 2016/17 ao Vitória de Setúbal). Como base, o
FC Porto apresentou-se num sistema 4-4-2, com Mikel e Óliver a preencherem a
zona central do terreno e Otávio a jogar próximo do avançado Soares, apoiado
ainda por Corona e Brahimi; na defesa, Ricardo foi a única novidade face ao
quarteto mais utilizado de 2016/17. Reyes e Danilo, limitados, não integraram a
ficha de jogo.
Após uns minutos iniciais com atrapalhação e passes falhados
de parte a parte, o jogo melhorou e a primeira parte teve uma qualidade
bastante razoável para o momento de início de época que ambas as equipas vivem,
se bem que os Dragões estejam bem mais atrasados – o Cruz Azul já disputou sete
particulares e começa na sexta-feira a competir no Torneio Abertura da Liga
mexicana. Ambas as formações preocupavam-se em recuperar rapidamente a bola (o
que originou muitas faltas), mas também em construir bem os lances de ataque:
do lado azul e branco, foi visível a tentativa de trocar a bola em espaços
curtos e interiores, ainda que a falta de pernas nem sempre ajudasse à
clarividência.
Em termos de oportunidades de golo, as contas ao intervalo revelavam
equilíbrio. O FC Porto rematava mais, nomeadamente de meia distância, enquanto
o Cruz Azul teve a grande oportunidade para abrir o marcador, aos 17 minutos,
por intermédio de Edgar Méndez, que desperdiçou quase em cima da linha de golo.
Em contra-ataque, os Dragões também criaram um lance quase tão perigoso, com
Soares a servir Corona para um remate cruzado que bateu nas malhas laterais, aos
35. Casillas brilhou aos 19 minutos, ao deter um cabeceamento de Velázquez.
O FC Porto trocou seis jogadores ao intervalo e, ao
contrário do que seria expectável, subiu de rendimento e revelou muito mais fio
de jogo do que o adversário. Foram sete as ocasiões claras de golo, algumas
delas desperdiçadas por más decisões no último passe, compreensíveis nesta fase
da época, outras por mera infelicidade, como a bola dividida entre Otávio e o
guarda-redes Peláez, aos 62 minutos, que saiu caprichosamente ao lado. Apenas
nos últimos minutos o Cruz Azul deu um ar da sua graça, mas aí valeu a coesão
defensiva e a atenção de José Sá. O guarda-redes, aliás, ainda defendeu um
penálti no obrigatório desempate, mas o FC Porto só converteu dois (por
intermédio de Sérgio Oliveira e Herrera) e deixou a taça ficar no Estádio Azul.”
Em
Segue-se, na próxima quinta, à 1h, o jogo frente ao Chivas.
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