Na quinta, num jantar com deputados benfiquistas, Vieira leu
um discurso na tentativa vã de reagir ao caso dos e-mails. Disse coisas como:
"Nos últimos quatro anos, em 16 títulos, conquistámos 11. Houve quem não
conquistasse nada ou apenas dois. E isso faz toda a diferença. Os resultados
desportivos são o culminar de um projeto de recuperação do Benfica em todas as
áreas. *Incluindo colocar as pessoas certas nos lugares certos, não é verdade?*
Somos a melhor marca do país. *São?* Temos provas dadas e resultados, com um
novo rumo já definido. *resultados a nível nacional, faltou referir esta parte
SR presidente* Isso torna-nos muito fortes. Mas o país assistiu, nas últimas
semanas, a uma agitação no mundo do futebol. Houve quem procurou instalar a
ideia que todos somos iguais, quis destruir a credibilidade que ainda leva
adeptos aos estádios. *de facto não somos, definitivamente, todos iguais*
Tentou criar-se um manto de suspeitas e condicionamento sobre agentes
desportivos, num ambiente de grande agitação que foi artificialmente criado.
*ah foi?* Todas as acusações são falsas e infundadas. *veremos!* Ao Benfica
cabe manter a serenidade e conservar a distância.” E acrescentou "Não
existem, no nosso clube, atos praticados à margem da lei nem condutas que podem
ser objeto de censura." *nós sabemos*.
Ontem, Francisco J. Marques, no noticiário do Porto Canal
reagiu dizendo que "há demasiados indícios e casos para se dizer que é
tudo falso". Acrescentou ainda que "É uma opinião do presidente do
Benfica. Os adeptos do futebol não têm bem essa impressão nesta altura. Os
assuntos estão a ser investigados pela Polícia Judiciária",. E concluiu
"Tudo isto parece-me uma fuga para a frente. Está instalado no futebol
português uma série de poderes ilegais".
O diretor de comunicação do FC Porto lançou uma questão que,
de facto, alguém deveria fazer ao presidente do Benfica. "O Benfica está
preocupado com a violação de emails, não fiz qualquer violação de emails e mais
para a frente voltaremos a falar disso. Mas, se calhar, o que importa saber é
por que razão o computador do Jorge Jesus preocupava tanto o Benfica, isso é
que importa saber".
Mas a saga continua e hoje o Jornal Expresso volta a carga. Através
do semanário ficamos a conhecer uma troca de e-mails entre Paulo Gonçalves e
uma funcionária do Benfica. A funcionária recebeu um pedido de Simões Dias,
ex-delegado da Liga, para arranjar dois bilhetes para o jogo Benfica VS
Nacional de 2016-2017. Este pedido e o facto do Benfica os ceder não seria
grave, caso Paulo Gonçalves não tivesse escrito no e-mail para a funcionária
que "Com essa omissão safou-me a mim e ao Nuno Gomes de uma sanção, mas
lixou-se". E que se passou afinal? Na época 2008-2009, o jogo Benfica VS
Nacional, que teve como árbitro Pedro Henriques terminou envolto em polémica.
No final desse jogo, já no túnel, Paulo Gonçalves e Nuno Gomes terão insultado
o árbitro, que escreveu o sucedido no seu relatório. Acontece que Simões Dias,
delegado da liga, presenciou esta situação, omitindo-a do seu relatório, razão
pela qual, em outubro de 2009, foi suspenso por dezoito meses “por
"falsificar o relatório" ao não ter "intencionalmente
mencionado" o comportamento do jogador. "Não se presenciaram graves
comportamentos incorretos por parte de qualquer agente desportivo", escreveu
Simões Dias no relatório.” No entanto, tendo em conta o relatório do árbitro,
Pedro Henriques, onde estava descrito o acontecido no túnel, Nuno Gomes foi
suspenso dois jogos e teve de pagar uma multa de mil euros. Nada de grave,
portanto.
Em suma, mal tentam desmentir uma situação e aparece logo
outra… e o Universo Porto da Bancada está de férias! Mas o Expresso não!
Nota:
O texto entre “…” foi retirado do jornal OJOGO e do jornal
de Notícias. Os apontamentos entre * são de minha autoria.
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