domingo, 28 de outubro de 2012

Crónica e Análise: Estoril 1 – FC Porto 2



1 – Crónica


Vitória no Milésimo jogo do Presidente

No início de noite deste Domingo o Estoril recebeu o FC Porto em partida a contar para a sétima jornada da liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 1-2.
Depois dos jogos para a Taça de Portugal e para a Liga dos Campeões, o bicampeão regressou ao campeonato nacional. E este regresso fez-se num campo onde, tradicionalmente, os dragões sentem dificuldades. Este jogo tinha, ainda, a particularidade de ser o jogo mil do presidente Pinto da Costa, no que aos jogos do principal campeonato nacional diz respeito, curiosamente o primeiro desta contagem começou, exactamente, frente ao Estoril. Posto isto. Vítor Pereira fez alinhar o mesmo onze que havia jogado e vencido na passada Quarta para a Liga dos Campeões. Vamos à história do jogo.
O FC Porto cedo deu o primeiro sinal de perigo, Varela fez a bola passar rente à trave da baliza adversária. Depois, minuto dez, canto a favor do Estoril, falha defensiva portista e golo dos da casa. O FC Porto correu a trás do prejuízo e, Otamendi, finalizou um canto para o sítio errado, que é como quem diz, para o poste. Por duas vezes, Jackson também esteve perto de empatar, mas não o conseguiu. Desta forma o intervalo chegou com os da casa a vencer.
No segundo tempo o FC Porto entrou forte, e ao minuto 57 Varela empatou a partida. Poucos minutos depois, quatro para ser mais precisa, Jackson, após livre de João Moutinho, colocou o bicampeão em vantagem. Até ao final à a registar que os dragões podiam ter ampliado a vantagem, como tal não aconteceu, a equipa  ainda passou por algum sufoco no final  do encontro.
Com esta vitória o FC Porto soma 17 pontos e volta a colar-se ao Benfica. Resta acrescentar que a dupla é seguida de perto pelo Sporting de Braga.



2 – Análise

Foi o jogo mil do presidente, foi a vitória número 724 desta contagem e foi exactamente no terreno onde tudo começou. Não foi um jogo fácil, o FC Porto esteve a perder e a primeira parte não foi muito boa, muito por culpa própria e do Estoril. É, estas equipas pequenas por vezes dificultam a vida aos grandes. Os dragões estiveram melhores no segundo tempo, deram a volta ao resultado e podiam ter marcado mais. Em suma, o FC Porto venceu, derrotando o Estoril e uma tradição.



3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Depois do clube do regime e o S.Braga, neste momento, os seus mais directos rivais, terem ganho e com o estímulo do jogo 1000 de Pinto da Costa no pensamento, o F.C.Porto tinha pela frente o historicamente difícil, Estoril Praia. De início com a mesma equipa que na última quarta-feira venceu o Dínamo de Kiev, Helton, Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala, Fernando, Lucho e Moutinho, James, Jackson e Varela, o conjunto de Vítor Pereira, mais uma vez, apostou em complicar. Tal como no jogo da Champions, hoje no António Coimbra da Mota e mais uma vez num lance de bola parada, aos 10 minutos, canto, defesa a dormir e golo do Estoril.
Em vantagem, sem ter feito nada para o merecer, a equipa de Marco Silva passou a jogar como gosta: defender atrás da linha da bola, marcar bem e sair rápido para o conta-ataque. Com o Estoril bem organizado, o F.C.Porto obrigado a correr atrás do prejuízo, dominou, mas sem grande clarividência, sem grande contundência, sem grande pressão, sem nunca ter colocado em perigo a baliza da equipa da linha, com excepção num lance que Otamendi falhou incrivelmente, com a baliza aberta e a um metro da baliza. Foi um bi-campeão lento, pouco criativo, com um meio-campo que nunca pegou no jogo, nunca se aproximou dos avançados, nunca fez jogar a equipa, nunca se conseguiu libertar da teia da equipa canarinha. E chegou o intervalo com a vantagem da equipa da casa, que se aceitava, mas que penalizava demasiado o conjunto azul e branco. O empate era mais justo.

Na etapa complementar foi um F.C.Porto bem melhor, principalmente até aos últimos 20 minutos. Entrando forte, mais pressionante, a equipa de Vítor Pereira desmontou a boa organização adversária, obrigou-a a errar e em 3 minutos deu a volta ao resultado. Primeiro por Varela, após boa assistência de Jackson; e depois por Cha-Cha-Cha, que mais uma vez marcou. Em vantagem, não se pode dizer que o F.C.Porto adormeceu, passou apenas a controlar, mas após a perda do 3-1, aos 65 minutos, outra vez pelo ponta-de-lança colombiano, nunca mais a equipa portista foi a mesma. Foi um Porto incapaz de agarrar o jogo, circular a bola, encontrar as melhores soluções para dar a machadada final na equipa do Estoril. Com o resultado na diferença mínima e o F.C.Porto intranquilo e incapaz de matar o jogo, os pupilos de Marco Silva acreditaram e mesmo sem terem criado chances de golo, obrigaram a equipa portista a sofrer até ao fim para conseguir os 3 pontos.

Tudo somado, vitória justa, mas sofrida do F.C.Porto no jogo 1000 de Pinto da Costa para o campeonato. A qualidade não foi muita, mas nada a dizer da atitude. Muita gente desinspirada e acusar o esforço de quarta-feira: Moutinho, Lucho, notoriamente, mesmo James; mais um golo muito mal sofrido - a rever a forma como estamos abordar os cantos e livres; Jackson voltou a ser o homem do jogo; e o Estoril continua a ser um osso duro de roer.

Nota final:
Muitos dragões na Amoreira, um facto que se regista e se aplaude.

Bjs

Rui Saraiva disse...

Estou a gostar de ver. Brilhante inicio de época.
Agora venham os próximos jogos, as apostas online podem começar :)

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

A equipa tinha um duro teste pela sua frente.
Num campo onde por tradição temos dificuldades, teríamos de dar provas que superávamos a pressão da vitória do Benfica em Barcelos.

Tinha comentado na antevisão a esta partida, que erros defensivos semelhantes aos do último jogo diante do Dínamo de Kiev, não poderiam acontecer, mas sucedeu um que intranquilizou a equipa. Demos meia parte de avanço aos canarinhos, e podíamos ter deitado a liderança a perder.

O Estoril é orientada por um jovem ambicioso, uma equipa bem estruturada e advinham-se muitas dificuldades.
Jogou sem avançado fixo, num bloco sólido, recuando bem as linhas para em transições rápidas sair em contra-ataque.

Ao entrarmos na partida apáticos, com o miolo pouco pressionante e sem intensidade de jogo, facilitamos a vida ao adversário e concedemos-lhe a oportunidade de lutar pelo resultado.

Após o golo dos da casa, reagimos e Jackson e Otamendi poderiam ter empatado, mas o Estoril aguentava-se.

O golo de vantagem dos canarinhos ao intervalo acabou por ser justo, e foi uma lição para os nossos atletas.

Na segunda parte tivemos de puxar dos galões, e só com uma grande atitude e mais velocidade no jogo conseguimos a reviravolta.

Com a pressão alta exercida sobre a defensiva contrária, o FC Porto foi intranquilizando os locais, e foi com naturalidade que chegamos ao empate e se percebeu que a reviravolta no marcador estava ali bem perto.

Jackson, a figura do jogo teve uma arrancada à Hulk e assistiu Varela para o empate, e depois num excelente golpe de cabeça, após livre na meia direita, o colombiano apontou o golo da reviravolta.

O colombiano poderia ter marcado por mais uma ocasião, mas teve uma perdida incrível após jogada de insistência com cruzamento de Fernando.

Até final da partida foi o gerir do resultado com controlo da posse de bola.

Do jogo devem-se retirar ilações para o grupo. Há que encarar os jogos e todos os adversários com seriedade e concentração competitiva.

Abraço e boa semana

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.pt