Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo da décima
sétima jornada da Liga, frente ao Vitória de Guimarães.
“"Queremos provar que somos melhores"
O facto de FC Porto e Benfica estarem igualados no topo da
Liga em termos de pontos - com vantagem para os Dragões no saldo de golos -
Dominou boa parte da conferência de imprensa de antevisão do desafio no terreno
do Vitória de Guimarães (sábado, 20h30). Vítor Pereira garante que a equipa está
a desfrutar deste grande duelo e chamou a atenção para a qualidade do rival
minhoto.
Num campo tradicionalmente difícil, que Vitória espera e que
resposta vai dar o FC Porto?
Sabemos que os jogos em Guimarães nunca são fáceis, pelo
próprio contexto e ambiente. Sabemos que o Vitória está numa fase boa e
respeitamos muito o trabalho do Rui Vitória, mas vamos atrás dos três pontos
com tudo o que temos. Temos qualidade e ambição, estamos solidários e
conscientes do que temos que fazer e focados nos objectivos.
Na luta pelo título, há duas filosofias de futebol em luta?
Cada um tem a sua ideia de jogo e temos de o respeitar. Eu
gosto mais de um determinado tipo de jogo e trabalhámos todos para a construir.
Gosto de um jogo pressionante, de toque e posse, mas no interior das linhas
adversárias, o que não é para qualquer equipa. É um trabalho que demora o seu
tempo. Os jogadores acreditam e desfrutam, sentem prazer em ter a bola, dominar
o jogo do adversário e fazer golos. É preciso ser pressionante e ter uma mentalidade
agressiva. A equipa está bem e está como eu gosto.
A pressão de não poder falhar torna os jogos mais
complicados?
Acho que é um bom desafio. Os jogadores neste nível vivem do
desafio, gostam de ir ao limite e sentir essa pressão. Acredito que esta luta
vai tornar o campeonato espectacular, com cada uma das equipas a responder à
vez. Também acredito que num dia mau, menos inspirado, qualquer equipa tem
hipótese de nos conquistar pontos e ao Benfica. Não acredito num campeonato
"limpo" até ao fim, porque há equipas com qualidade. Esta pressão é
positiva, obriga-nos a estar sempre focados, com um nível de concentração alto,
e queremos provar que somos melhores. Isso é o maior desafio que podemos ter na
nossa vida profissional.
A diferença de golos pode ser decisiva para determinar o
campeão?
Há tantos jogos ainda por fazer… O que quero dizer é que
essa diferença é um objectivo e um dado adicional motivador. Não acredito muito
que seja pela diferença de golos que se decida o campeonato, mas de qualquer
maneira isso é um factor motivador para todos. Queremos marcar mais, sofrer
menos e essa é uma disputa bonita.
Fala com um sorriso… Isso tem a ver com o futebol praticado
pela equipa?
Neste momento, tem a ver com acreditar numa ideia de jogo e
operacionalizá-la no âmbito de um trajecto difícil, fundamentalmente no ano
passado. Esta época sinto tranquilidade, há uma ideia de jogo que está
claramente a passar, jogadores a desfrutar e treinos de nível altíssimo, com
uma competitividade enorme. O que me conforta não são os elogios e a crítica.
Tenho orgulho numa ideia de jogo bem definida, que se começa a transformar em realidade. O ano
passado foi necessário sobreviver no alto-mar, numa tempestade, e este ano
navegamos em bom ritmo e sinto-me orgulhoso do que a equipa e o plantel têm
produzido.
Os jogos com SC Braga e Sporting podem ser decisivos para
apurar o campeão?
Na última conferência disse que o Braga estaria
provavelmente afastado do título, mas quem tem de responder se está fora ou
dentro dos objectivos são os treinadores de Braga e Sporting. Não me cabe a mim
estar a dizer quais os objectivos do momento. Pode ser que sejam decisivos ou
não; numa esquina, num percalço, podem perder-se pontos com equipas do fundo ou
meio da tabela. Nos grandes jogos, os atletas estão extremamente motivados e
focados e as equipas são tremendamente competitivas. Nos jogos mais pequenos
temos de ter a atenção necessária e a mentalidade correcta, porque o contexto
pode parecer facilitador, deixamos as coisas correrem e elas não acontecem.
Tenho mais em linha de conta esses jogos do que as partidas com Braga e
Sporting, em que a equipa sabe que tem de estar ao melhor nível, como terá de
estar com o Vitória de Guimarães, que não é pêra doce em sua casa. Estamos
preparados e a desfrutar desta competição, deste taco a taco. Vem aí um jogo da
Liga dos Campeões e queremos andar para a frente. Se temos expectativas de
continuar em prova temos de preparar esse jogo agora, dando respostas fortes e
sinais evidentes de que
estamos no top para defrontar um adversário difícil como o
Málaga.
Temos três jogos até lá e queremos apresentar níveis
competitivos elevados para provarmos que estamos em condições de discutir uma
eliminatória dessa importância.
A chegada de dois reforços e a perda de dois jogadores no
Benfica deixa o FC Porto em vantagem?
Só posso falar pelo meu plantel. Passámos um momento em que
estivemos, por circunstâncias várias, limitados em termos de opções. Agora
temos opções e a equipa está a crescer em termos de qualidade de jogo. Com
menos opções, fomos competentes, competitivos e não cedemos qualquer ponto ao
adversário.
Nos treinos, o Liedson já se apresenta ao nível de que temos
memória em Portugal?
O Liedson veio do Brasil e numa fase em que o campeonato
brasileiro não estava a ser jogado. Vem de uma pré-época, aqui estamos em plena
época e com um ritmo muito forte. Não esperava que, na sua primeira semana,
conseguisse colocar toda a sua qualidade em evidência. É muito difícil entrar
num plantel com treinos de intensidade altíssima. Ele precisa de estar bem e
adquirir índices físicos e de entrosamento com os colegas. Os movimentos que
lhe são solicitados são pedidos pela equipa e ele vai preparar-se para ser uma
solução válida e de qualidade, disso não tenho dúvidas. Chegou na semana
passada e nem eu nem ninguém pode esperar que esteja ao nível a que o vimos
jogar quando saiu de Portugal. A pouco e pouco vai adquirir confiança e nível
de jogo. Ele e o Izmaylov são duas mais-valias para o plantel.
Com as saídas de Rolando e Iturbe, o plantel está fechado?
Estou a trabalhar com um plantel claramente focado nos
objectivos, que
são ganhar o campeonato nacional e passar à próxima
eliminatória da Champions. O plantel só está fechado quando o mercado também
estiver, mas não espero perder nenhum dos jogadores que têm jogado
regularmente. Porém, isso pode acontecer a qualquer treinador do mundo.”
Em
Aqui está a lista de convocados do treinador portista
Helton, Danilo, Lucho, Maicon, Castro, João Moutinho,
Jackson, Izmaylov, Varela, Liedson, Mangala, Abdoulaye, Fabiano, Fernando, Alex
Sandro, Otamendi, Sebá e Tozé.
O meu palpite para a equipa titular é:
Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando,
Moutinho e Lucho; Alex Sandro, Jackson e Varela.
1 comentário:
O Castelo está bem guardado, é defendido por jovens corajosos, valorosos, atrevidos e bem orientados. Logo, não é fácil de conquistar. Mas o exército do Dragão, apesar de não ter um dos seus principais génios, o jovem colombiano James; o guerreiro africano Atsu; e também o todo o terreno belga, Defour, tem argumentos para sair incólume de mais esta batalha, conquistar o Castelo e seguir o seu caminho até à vitória final. Para que isso aconteça, é necessário que as tropas do invencível comandante e campeão Vítor Pereira, coloquem no campo de batalha toda a sua experiência, qualidade, estejam preparados para o entusiasmo, a raça e a qualidade dos vitorianos, superiormente dirigidos por um comandante que está a fazer um grande trabalho e que até tem um nome sugestivo, Vitória. Para ajudar e apoiar o exército azul e branco, na rectaguarda, lá estarão os batalhões Super e Colectivo, homens e mulheres sem medo, habituados às mais difíceis condições, mas importantíssimos em tantas e tantas batalhas ganhas.
Bjs
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