Não, não vou atirar em Paulo Fonseca sem dó
nem piedade; não, não vou fazer comparações com Vítor Pereira; não, não vou
culpar o árbitro pela perda de dois pontos no jogo de ontem. Mas tenho de dizer
algo, tenho de tentar perceber que respostas existem para as perguntas que
pairam na minha cabeça e na de muitos portistas.
Primeira dúvida: porque Kelvin tem ficado fora das escolhas?
Não seria este útil nos jogos onde é preciso desbloquear?
Segunda dúvida: porque Ismaylov ficou inscrito na lista da
UEFA e Kelvin não?
Terceira dúvida: porque Ghilas não tem merecido confiança
para substituir Jackson? Ou para fazer pareceria com este?
Ora, tendo em conta as dúvidas que expus anteriormente, vou
tentar situá-las no jogo de ontem, somando mais umas questões.
Se eu esperava que o jogo fosse repleto de dificuldades,
também esperava que o FC Porto desse a volta às mesmas. Contudo, devo dizer que
fiquei muito, digamos que revoltada. Pois como se costuma dizer: um adversário
só joga o que o outro deixa jogar. Ora, se o Estoril jogou, porque jogou, foi
porque o FC Porto deixou jogar. E porque fiquei eu revoltada? Pois bem, porque
o FC Porto esteve duas vezes em vantagem e duas vezes deixou que o adversário
empatasse. Sim, eu sei que o senhor árbitro teve dedo, mas se os dragões fossem
capazes de manter o adversário longe da sua área, nada daquilo tinha
acontecido. Sim, eu sei que o FC Porto não joga sozinho e que os adversários
também procuram o golo. Mas não percebo porque raio não se procurou com afinco
o terceiro golo logo depois de Jackson ter feito o segundo? Não consigo
perceber porque Ghilas entrou tão tarde, será que em pouco tempo ia fazer milagres?
Será que não teria sido útil mais cedo?
Eu gostaria muito de ver uma evolução exibicional na equipa,
mas infelizmente não a vislumbro. Portanto, depois dos jogos com Gil Vicente,
Áustria de Viena e Estoril, jogos cujas exibições não foram de encher o olho,
nem de perto nem de longe, espero que o plantel e equipa técnica façam uma
reflexão e mudem rapidamente o que não está bem.
Quanto aos adeptos, malhar no treinador não é de todo a
solução. Infelizmente alguns continuam a achar que esta é a melhor solução. Eu
confesso que também não o percebo, mas reconheço que é necessário ter calma e
pesar bem o que se diz e escreve para não se cair no ridículo de dizer, como já
vi por aí algures, que já nem vão ver mais os jogos. Por amor de deus! Menos,
muito menos!
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