1 - Aqui está a antevisão de Martin Anselmi da 20ª jornada da ILiga, frente ao Rio Ave.
““TEMOS DE COMPETIR ATÉ AO ÚLTIMO MINUTO”
Martín Anselmi pede “foco no presente” e lembra que “o mais importante é o jogo contra o Rio Ave” (segunda-feira, 20h45)
A 20.ª jornada da Liga Portugal leva o FC Porto até Vila do Conde a partir das 20h45 desta segunda-feira (Sport TV1). Na véspera do embate que encerra a ronda do campeonato diante de “um adversário que só perdeu uma vez em casa” e num reduto “onde as condições climatéricas podem afetar o jogo”, Martín Anselmi afirmou que “o FC Porto tem de competir em todas as provas” e que “competir é estar focado no jogo, em cada ação e dar o máximo”.
“Ganhando, empatando ou perdendo, temos de competir até ao final. Somos profissionais e temos de competir até ao último minuto”, explicou o técnico desejoso de “que se vejam melhorias” e, para tal, prepara “cada jogo de forma muito detalhada” de forma a “que os jogadores não fiquem confusos com demasiada informação”. “O que não se pode fazer em campo, porque as pernas estão cansadas, tem de ser feito em vídeo para melhorar o nosso modelo”, detalhou na conferência de imprensa de antevisão do duelo frente ao Rio Ave.
Atenção ao detalhe
“É um adversário que só perdeu uma vez em casa, vai ser o meu primeiro jogo no campeonato e logo no terreno do Rio Ave, mas conhecemos o campo e o cenário porque estivamos a estudá-lo. Sabemos que é um campo difícil, aberto, onde as condições climatéricas podem afetar o jogo, e sabemos que o Rio Ave é forte em casa, que joga bem por dentro, sabe jogar por dentro e atacar a profundidade, por isso precisamos de ter muito cuidado e vamos competir. O que está feito está feito, gosto de viver no presente e de me focar no próximo jogo, que é o mais importante.”
Campeonato ou Liga Europa?
“Estamos no FC Porto e aqui tudo é importante, o FC Porto tem que competir em todas as provas. A estreia europeia foi importante e agora o mais importante é o jogo contra o Rio Ave. É determinante ter o foco no presente porque tudo o resto é ruído e são questões que não controlamos. Temos de nos preocupar com o que vem agora, que é o Rio Ave.”
Mercado prestes a fechar
“É o que é. Vamos jogar com o mercado aberto, porque ele só vai fechar um pouco depois do fim do jogo, e temos de ser profissionais mantendo o pensamento no presente. Se o presente é no FC Porto, temos que apresentar rendimento neste clube e depois o futuro se decidirá.”
William Gomes
“Física e desportivamente está apto a jogar, tem vindo a fazê-lo, mas ainda vamos ver se estará inscrito para fazer a estreia. Esse tema ainda não está resolvido, mas imagino que se possa resolver nas próximas horas. Se não, estará a 100% para o jogo seguinte.”
Semana de clássico
“Antes disso temos um jogo contra o Rio Ave e não podemos pensar noutro, porque isso afetaria o jogo contra o Rio Ave. Temos que ir crescendo como equipa, jogo a jogo, sem dúvidas, temos muito pouco tempo para treinar e dar ferramentas do nosso modelo de jogo aos jogadores, por isso temos de as ir incorporando à medida que competimos. Isso faz com que tenhamos de preparar cada jogo de forma muito detalhada, para que os jogadores não fiquem confusos com demasiada informação. Vamos tentar que se vejam melhorias, ir corrigindo algumas coisas com imagens vídeo e com conversas individuais para desenvolver as suas funções. O que não pode faltar é competir, porque isso não depende do entendimento nem da atitude, depende da atitude de cada um. Competir é estar focado no jogo, em cada ação e dar o máximo. Ganhando, empatando ou perdendo, temos de competir até ao final. Somos profissionais e temos de competir até ao último minuto.”
O papel de Eustáquio na Sérvia
“Não imaginamos posição de líbero como defensiva, é uma função que deve ser cumprida na defesa e no ataque. Em vários momentos do jogo esse central do meio joga como médio centro, por isso tem que sair da posição conforme o jogo vá pedindo. O Eustáquio é um jogador muito dinâmico, que pode repetir constantemente esses movimentos de entrada e saída e receber no espaço. Também é dinâmico a recuperar e a cobrir os espaços, não quisemos perder o Varela como médio centro porque precisamos dele para jogar, mas houve ações contra o Maccabi em que construímos com os dois. Existirão momentos em que o Varela vem atrás construir a três com o Eustáquio à frente, porque o jogo é dinâmico.”
Tomás Pérez
“É um jovem que o clube já tinha observado e quando surgiu essa possibilidade também o consegui imaginar nessa função.”
Raio-X ao plantel
“Fizemos uma radiografia ao cenário que encontrámos e sabemos que chegámos a um clube onde tínhamos que treinar de imediato um modelo de jogo que requer muito trabalho. A partir daí, tratamos de dar a melhor e mais concisa informação aos futebolistas para que eles vão melhorando e corrigindo algumas coisas. O que não se pode fazer em campo porque as pernas estão cansadas tem de ser feito em vídeo para melhorar o nosso modelo. Não é a minha ideia de jogo, é uma proposta, e a partir dela os jogadores dão feedback para construirmos a nossa ideia de jogo. As coisas não se fazem só porque eu digo, deve haver flexibilidade para deixar os jogadores cómodos. Eu não gosto de limitá-los, dou-lhes ordens e eles propõem soluções para construirmos a nossa ideia. Preciso que eles acreditem nela, a defendam e estejam convencidos.”
A margem de erro
“Na Liga Europa passava-se o mesmo. Não gosto da estatística nem de olhar para o passado, isso é gastar energia. O que está feito, feito está. Temos de competir, não podemos ficar a pensar no que acontece se não ganharmos nem nos nove pontos de atraso com que ficaremos, temos de gastar o tempo a competir e a planear o jogo. Quanto melhor o fizermos, mais longe estaremos desse cenário.”
Destruir e construir
“No México as equipas também recuavam muito, porque conquistámos algum respeito, e cediam-nos a bola e o campo tentando aproveitar as transições. O jogo contra o Santa Clara fez-me recordar os jogos no Cruz Azul e não é fácil ultrapassar blocos tão baixos, as chances são poucas e temos de ser eficazes. É por aí, aprendendo o que fazem os adversários e procurando alternativas para desmontar blocos baixos como o do Santa Clara. Vão haver jogos em que construiremos com três e outros com dois, jogos em que jogaremos com um avançado e outros com dois. Querem catalogar-me mas não vão conseguir, porque é o adversário quem me diz como tenho de atacar. Se a minha estratégia não funciona, tenho de inventar outra. E se funciona poderá ser só em dois ou três jogos, porque os adversários adaptam-se e obrigam-me a mudar. No futebol destrói-se e constrói-se constantemente. Temos um plano para o Rio Ave e o jogo seguinte será outro cenário. A partir daí, faz parte do meu trabalho dar ferramentas aos jogadores para poderem enfrentar este tipo de desafios.””
Em
2 - O meu palpite para a equipa titular é:
Diogo Costa; João Mário, Tiago Djaló, Otávio e Francisco Moura; Alan Varela, Eustáquio, Nico González, Pepê, Fábio Vieira e Namaso.
3 - Sobre o jogo
Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Martin Anselmi transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; motivado; empenhado; rigoroso; ambicioso; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!
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