



Agora que já passaram umas horas desde o final do jogo em Vila do Conde e o início da festa portista, creio que já consigo dizer algo mais do que as simples linhas que ontem postei.
Antes de mais quero referir, que para mim, festejar um título do FC Porto tem sempre um sabor agradável, muito agradável, seja festejado no sofá ou dentro das quatro linhas … seja com luzes acesas ou apagadas… felizmente já vi o meu FC Porto festejar muitos títulos mas sabem-me sempre bem e festejo sempre da mesma forma, eufórica!
Também parece-me bem referir que acompanhei o jogo do Rio Ave e sofri como se de um jogo do FC Porto se tratasse, pedia-lhes para terem calma, para se aguentarem - como tantas e tantas vezes faço com os jogadores do FC Porto, as vezes tenho pena que essas minhas palavras não cheguem a eles… - E por isso, obrigado aos jogadores do Rio Ave pela ajuda na antecipação da festa portista.
Acompanhei toda a festa através do Porto Canal – obrigado por mostrarem a todos os portistas que, infelizmente, vivem longe do Dragão e que por isso deliciam-se com a transmissão – foi mais uma bonita festa, cheia de alegria, cerveja, cânticos, de gente, muita gente feliz que festejou a conquista do bicampeonato junto dos principais protagonistas, os jogadores e equipa técnica. Claro está que o Presidente Pinto da Costa também marcou presença na comemoração e como foi difícil ele chegar ao dragão!
E não podia terminar este meu texto sem referir o seguinte. Há muita gente, portista e não só, que teve de engolir um sapo. Pois é, o Vítor Pereira é campeão! Razão tinham todos aqueles que sempre o apoiaram, que sempre acreditaram que seria possível conquistar este campeonato mesmo que fosse difícil. Várias vezes defendi Vítor Pereira e hoje só confirmo que tinha razão, ele conseguiu conduzir este barco a bom porto e o FC Porto é bicampeão!
Mais lá para a frente farei um balanço desta época.
Deixo aqui algumas imagens da festa e uma descrição dos acontecimentos
“Do sofá para a varanda
ANTÓNIO M. SOARES /ANDRÉ MORAIS/ CARLOS GOUVEIA / CRISTINA AGUIAR / HUGO SOUSA
Às 21h05, chegava de Vila do Conde a confirmação matemática do título. Do sofá para a rua foi um saltinho, porque, assim que terminou o jogo do Benfica, os jogadores do FC Porto começaram a receber nos respetivos telemóveis a convocatória para se apresentarem no varandim do Dragão. Pinto da Costa, que não mora longe do estádio, seguiu o mesmo caminho, mas, com a multidão a entupir as ruas, teve de deixar o carro em casa. Decidiu seguir a pé e foi engolido por um mar de gente, mal refeita da supresa de ter o presidente ali ao lado, à distância de um abraço. Um vezes mil, que se foram multiplicando até os seguranças, já próximos do palco da festa, o conseguirem resgatar do meio do povo. Algumas centenas de adeptos precipitaram-se para a Avenida dos Aliados, mas a festa não era lá. Mudaram de rumo, mas deixaram alguns turistas intrigados com o que se passava. O destino estava traçado: Alameda do Dragão.
Era lá que se festejava o 26º título, mas os jogadores tiveram dificuldade em chegar, porque, mesmo sem estar planeada, uma festa do título, no Porto, é coisa que não parece exigir grandes preparativos. A custo, os jogadores lá chegaram e às 23h05, cerca de 50 minutos depois do previsto, Maicon era o primeiro a chegar ao varandim, de microfone na mão a dar a música que os adeptos queriam ouvir. Os ritmos do costume, numa sonoridade conhecida, e com letras não censuradas. À falta de champanhe, a festa foi regada a cerveja: foram despejados litros nas cabeças dos milhares de adeptos que viam tudo da Alameda e outros tantos litros escorregaram pelas gargantas dos jogadores. Vítor Pereira também teve direito a banho, despejado por Rolando e Maicon. Já com o presidente a contar-lhe a loucura que tinha sido passar pelo meio de milhares, e desafiado a fazer o mesmo, o agora treinador campeão, teve uma tirada de humor. "Ao presidente dão beijinhos, a mim, alguns dariam, mas outros...", disse, deixando a frase incompleta.
Hulk foi o rei óbvio dos aplausos, mas todos foram saudados com entusiasmo. Entre os estreantes, Defour arriscava falar publicamente em português. E saiu-se bem. Do varandim saíram todos às 23h30, porque esta festa, tendo sido festa, foi apenas um aperitivo para o que aí vem. Há prolongamento garantido, a começar já no domingo, no jogo com o Sporting.”