sábado, 28 de julho de 2012

Jogo Treino: Valência 1 - FC Porto 1

Foi mais um jogo de pré-época, foi o teste, visto que comparativamente aos anteriores adversários que os dragões defrontaram o Valência foi o que exigia e exigiu mais aos jogadores portistas. O resultado final foi um empate a 1. Foi um jogo agradável, com as naturais dificuldades impostas pelo adversário e pela fase da época. Ficou visível que ao trocar a equipa as dificuldades aumentaram. E ficou visível que é urgente treinar as grandes penalidades, visto que não entrou nenhuma das quatro que os dragões tentaram converter.

Segue-se a crónica do desafio retirada do site oficial do clube.

“FC Porto perde nos penaltis em Valência

O FC Porto perdeu em Valência, no desempate por pontapés da grande penalidade, depois do 1-1 no tempo de jogo. Os Dragões fizeram uma boa partida durante mais de uma hora, Lucho voltou a marcar um grande golo e a equipa deixou boas indicações para os jogos oficiais, que começam dentro de duas semanas.

O jogo começou com ascendente do Valência, que logo aos quatro minutos esteve perto de marcar, com Soldado a aproveitar um mau passe de Maicon para rematar para a defesa de Helton, com Feghouli a recargar para fora. Durou pouco o domínio dos espanhóis, com o FC Porto a subir linhas e a circular a bola. Aos 11 minutos Jackson Martínez ensaiou o remate de fora, com o pé esquerdo, com a bola a passar por cima da trave.

Com o jogo equilibrado, Parejo isolou Soldado, mas o remate do avançado saiu ao lado. Responderam os Dragões, com um grande remate de longe de Otamendi, com a bola a bater com estrondo na trave.

Na segunda parte foi o FC Porto a entrar mais forte e a tomar conta do jogo, jogando mais tempo no meio-campo do adversário. Na sequência de um canto, no entanto, o Valência quase chegou à vantagem, com o ex-portista Ricardo Costa a cabecear ao poste.

Respondeu o FC Porto, com um grande golo de Lucho Gonzalez, aos 57 minutos: canto da esquerda e Lucho a fazer um grande remate de pé esquerdo, fazendo a bola entrar no ângulo superior direito da baliza de Diego Lopez.

No minuto seguinte, depois de um grande passe de Lucho, Atsu quase ampliava, mas o remate saiu ao lado. O Valência acabaria por empatar, aos 63 minutos, com Jonas a concluir de cabeça um centro da esquerda.

Seguiram-se as substituições, com o FC Porto a trocar a equipa, com excepção do guarda-redes Helton, o que fez a equipa perder ritmo e o controlo do jogo. O Valência ameaçou algumas vezes a baliza, mas a melhor oportunidade pertenceu aos Dragões, quando Djalma, isolado, rematou contra o corpo do guarda-redes Diedo Lopez.

No final, procedeu-se ao desempate por pontapés da marca da grande penalidade, com o FC Porto a perder, não conseguindo transformar nenhum remate. Kléber e Kelvin permitiram a defesa, Iturbe chutou ao lado e Moutinho ao poste. Pelo Valência marcaram Parejo e Gago.

FICHA DE JOGO

Valência-FC Porto, 1-1 (2-0 nos penaltis)

Trofeu Naranja

28 de Julho de 2012

Estádio Mestalla, em Valência

Assistência: cerca 30 mil espectadores

Árbitro: Mateo Valero

Assistentes: Noval Font e Sergi Nizhelovskly

Quarto árbitro: Ruiz Garcia

VALÊNCIA: Diego Alves; João Pereira, Victor Ruiz, Ricardo Costa e Mathieu; Parejo, Tino Costa, Feghouli e Guardado; Soldado e Jonas.

Jogaram ainda: Bernard, Pablo Hernandez, Vieira, Gago, Barragán, Paco Alcacér

Treinador: Mauricio Pellegrino

FC PORTO: Helton; Miguel Lopes, Maicon, Otamendi e Sereno; Fernando, Defour e Lucho; James, Jackson Martínez e Atsu.

Jogaram ainda: João Moutinho, Rolando, Mangala, Addy, Castro, Djalma, Kelvin, Kléber, Varela e Iturbe

Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-0

Marcadores: Lucho (57m), Jonas (63m)

Cartão amarelo: Sereno (77m)”

Em

www.fcporto.pt

2 comentários:

Anónimo disse...

É dos vencedores que reza a história, bem se sabe. E naturalmente no F. C. Porto sempre se gostou mais de vencer, desportivamente. Embora, como diz o poeta que cantou melhor o significado do F. C. Porto, não haja derrotas quando é firme o passo… desde que quem represente o clube, acrescentamos, seja digno de tudo o que este nosso grande F. C. Porto consubstancia.
Memória Portista
http://memoriaporto.blogspot.pt/

dragao vila pouca disse...

De todos os jogos de pré-época, este era o mais difícil, era, como dizia no post anterior, o verdadeiro teste ao actual momento do F.C.Porto, ainda sem os internacionais portugueses a tempo inteiro e no ritmo ideal e a ausência de Hulk, Danilo e Alex Sandro, ao serviço da selecção Olímpica do Brasil. Foi e ainda bem que foi, permitiu mostrar o que está bem, o que está menos bem e o que está mal.

A primeira-parte, foi bem disputada, teve um ritmo aceitável, houve equilíbrio e se o Valência foi mais perigoso, deveu-se, em parte, a várias descompensações do lado direito portista, onde James, muito metido por dentro, raramente ajudou um Miguel Lopes, claramente sem andamento; alguns passes errados em zonas perigosas; e, centrais demasiado subidos, em linha e lentos a recuperar. O F.C.Porto se não foi tão perigoso - a bola na barra de Otamendi foi, em termos de perigo de golo, a excepção -, também foi capaz de pressionar, de se soltar, de ter algumas boas jogadas, mas faltou capacidade de explosão no último terço, tomar as melhores opções na altura de definir, passar ou rematar, a que se juntou um conjunto de passes errados na altura de sair para o contra-ataque.
Em resumo, Valência mais perigoso, F.C.Porto capaz de replicar e resultado que se ajustava, embora se a equipa espanhola fosse para o intervalo em vantagem, não seria uma injustiça.

Na segunda-parte e até aos 65 minutos, altura em que começaram as substituições e na equipa do F.C.Porto, dos que tinham entrado de início, só ficaram Helton e Sereno, tudo muito parecido, apenas em vez do nulo, um excelente golo de Lucho que penalizava o Valência e logo de seguida o empate, que deu justiça ao resultado. Depois e até ao fim, principalmente da parte do conjunto de Vítor Pereira, pouco se viu e em várias ocasiões a equipa ché podia ter chegado à vantagem que lhe assentaria bem. Não chegou, acabaria por vencer o troféu nos penaltis e de forma justa.

Quando digo que foi um bom teste, digo-o porque frente a uma equipa boa, recheada de bons executantes e na máxima força, o F.C.Porto foi capaz de se bater bem, jogar a um nível razoável, aguentar o ritmo, mostrar qualidade. Mas também mostrou lacunas que têm de ser corrigidas, principalmente nas laterais da defesa. Alvaro Pereira viajou, mas foi o único jogador, com excepção dos guarda-redes, que não foi utilizado, o que indicia que não conta muito, deve estar de saída. Assim, com Addy muito verdinho, Sereno muito limitado e Mangala, ao contrário do que se esperava, a não resultar na lateral, como vamos resolver o problema? Na direita, com Danilo como primeira opção e Miguel Lopes como alternativa, estamos melhor, mas o internacional português tem de render muito mais, tem de dar garantias que se Danilo não estiver apto ou jogar a médio, temos gente e isso está muito longe de estar provado. Com Djalma, valha-nos Deus e Sereno, idem.
O meio-campo, com Fernando, Lucho, Moutinho e Defour dá garantias, mas é pouca gente. Se Pedro Moreira já não conta e Castro, apesar de toda a boa vontade e portismo, a não me parecer capaz, temos de arranjar alguém. Na frente, Jackson hoje viu-se pouco, apenas o que já tínhamos visto: bem a receber, a segurar, a passar. Voltou a mostrar pormenores que não enganam, mas falta saber se tem aquele instinto matador que faz a diferença.
Dos jovens, Atsu fez um jogo interessante, Kelvin e Iturbe, atendendo às circunstâncias, entraram no pior período, não podiam fazer muito mais.
Sobre os penaltis apenas digo que foi mau de mais...

Bjs