terça-feira, 22 de outubro de 2013

Crónica e Análise: FC Porto 0 – Zenit 1



1 – Crónica

Os Deuses do Futebol Não Quiseram Proteger o Dragão

No início de noite desta Terça-Feira o FC Porto recebeu o Zenit em jogo a contar para a terceira jornada da fase de grupos, grupo G, da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a vitória dos russos por 0-1.
Depois do jogo da Taça de Portugal Paulo Fonseca voltou a apostar nos jogadores habitualmente titulares. As duas alterações que possivelmente foram surpresa, ou não, foram as chamadas à titularidade de Herrera e Josué, em detrimento de Defour e Varela.
Os russos entraram pressionantes e, fruto dessa pressão, Herrera cometeu falta, viu amarelo e na sequência do livre, saiu antes do tempo da barreira, acabando por ver o segundo amarelo. Conclusão, aos 6 minutos de jogo Herrera foi expulso e o FC Porto ficou reduzido a 10. se o jogo já era complicado, a partir desse momento complicou-se mais ainda. No entanto, os dragões reagiram bem à desvantagem numérica. Se Hulk protagonizou uma oportunidade de perigo para a baliza portista, Lucho ficou próximo do golo, não fosse a bola ter batido na barra, e quem sabe se a história seria diferente? Foi com o nulo no marcador que chegou o intervalo.
No segundo tempo o Zenit entrou mais presssionante, Hulk e companhia continuaram a dar trabalho a Fernando e à defesa portista. Mas do outro lado, Varela, acabado de entrar, protagonizou um lance que merecia muito mais do que uma bola fora. Assim como, mais tarde, o remate do mesmo Varela  parou na barra. Helton protagonizou uma boa defesa ao negar o golo ao ex-companheiro Hulk. Tantas vezes o Zenit andou perto da baliza portista, tantas vezes a defesa azul e branca afastou o perigo, contudo o Zenit acabou por marcar. Os deuses do Futebol esqueceram-se de proteger o FC Porto, a resistência portista caiu ao minuto 86. mas os dragões não desistiram, procuraram o golo através de Ghilas, Jackson e Varela, mas o golo não chegou, muito por culpa do guarda-redes adversário.
Com este resultado o FC Porto permanece com 3 pontos, em terceiro lugar do grupo, numa altura em que faltam jogar três jogos, logo estão em disputa 9 pontos.



2 – Análise

Não se esperava que este fosse um jogo fácil, mas esperava-se que a equipa portista tivesse aprendido com o sucedido no jogo frente ao Atlético. Acontece que nesta noite os deuses do futebol decidiram não proteger os dragões que portaram-se como uma verdadeira equipa, quer na entreajuda, na solidariedade, no querer e no carácter. Os deuses do futebol não protegeram o FC Porto logo aos 6 minutos, quando Herrera foi expulso; não protegeram o FC Porto quando Lucho rematou à barra; não protegeram quando Varela, depois de fazer o mais difícil mandou a bola fora; ou, mais tarde, quando novamente Varela mandou a bola à barra; quando o guarda-redes russo travou lances de ataque portista; e sobretudo não protegeram quando o avançado do Zenit marcou. Por outro lado, é verdade, protegeram quando Fernando, enorme Fernando, evitou tantas vezes a progressão do ataque russo; quando a defesa, helton incluído, puseram termo em lances de ataque, invariavelmente com Hulk, o incrível Hulk, como protagonista. Em suma, foi uma derrota com um sabor bem amargo, uma derrota que complica as contas. Mas é justo dizer que a equipa hoje esteve bem, mas faltou sorte para conseguir o golo que mudaria a história.


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