quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Perguntas Sem Resposta 2º

Depois de ter publicado um post com o título perguntas sem resposta, aqui vai a continuação…

Porque a equipa portista só joga bem 30 minutos? E o resto do jogo é para quem?
Porque é que a defesa, que joga junta desde a época passada, tem metido água?
Porque é que Ghilas continua a entrar tão tarde nos jogos, quando se percebe perfeitamente que a equipa precisa dele em campo mais cedo?
Porque é que Herrera, dando boas mostras na B, segundo consta, e ter entrado bem em Viena, não merece mais oportunidades?



Enfim, estas são perguntas comuns a muitos portistas e que o ideal seria questionar directamente Paulo Fonseca. Por falar no treinador do FC Porto, tomei a liberdade de partilhar aqui a carta aberta que o caro Vila Pouca dirigiu a Paulo Fonseca, com a qual concordo plenamente. Seria bom que ele a lesse…

“Carta aberta ao nosso Mister

- Caro Paulo Fonseca, vi-te no sábado passado na inauguração do fantástico Museu F.C.Porto by BMG. Acredito que nem precisasses de ver toda aquela grandiosidade
para conheceres a História riquíssima do F.C.Porto, mas deixa-me dizer-te algumas coisas sobre o Dragão dos últimos trinta e poucos anos. 
Sempre fomos um grande clube, com muitos sócios, muitos adeptos, muitos títulos e em várias modalidades. Mas se na principal modalidade, o futebol, atingimos
uma dimensão interna e externa, para além do sonho, foi porque os Homens sem sono, liderados por Jorge Nuno Pinto da Costa, tiveram ambição, coragem sem
limites, ousaram, lutaram, derrubaram todos os obstáculos até o F.C.Porto passar a ser o melhor clube português e um grande também na Europa - nos tempos
da televisão a cores, das novas teconlogias e da globalização. O lema foi: a sorte protege os audazes. A quem treina o F.C.Porto não se pede menos do que
isso. Foi isso que fizeram, principalmente aqueles que para além de ganharem - ganhar, muitos, quase todos, ganharam... -, deixaram uma marca que perdurará,
estão lá mais em cima, estão na galeria dos notáveis. Esses, meu caro Paulo, eram activos e não passivos; anticipavam acontecimentos e não reagiam aos
acontecimentos; com esses nem sempre ganhavamos, mas raramente saíamos do estádio com a sensação que não tínhamos feito tudo para ganhar. Ontem, mesmo
que nestes jogos frente a equipas fortes, poderosas e de campeonatos com outro ritmo e intensidade, a desilusão não seja tão grande, como os maus resultados
nas competições internas, saí com a sensação que tu não tentaste tudo para que o resultado fosse outro. Se naquela belíssima meia-hora só tinhas de estar
quietinho, a equipa estava a fazer tudo o que devia, quando as coisas se começaram a complicar, meu caro Paulo, aí foste passivo, não agiste, não tiveste
capacidade para antecipar, não arriscaste nada. As tuas substituições parecem retiradas do catálogo que é produzido antes do jogo. Mesmo a entrada de alguém
que, deves achar, tem poderes sobrenaturais, é capaz de resolver em dois ou três minutos, aquilo que a equipa não resolve em noventa, como é o caso de
Ghilas. Depois do golo de Godin, o Atletico contente com o empate e o F.C.Porto novamente por cima e a dominar; Jackson a dar imenso trabalho à defesa
colchonera, a ganhar bolas; Fernando e Defour consistentes e a tomarem conta do meio-campo, dando garantias para a equipa atacar; porque não entrou o ponta-de-lança
argelino, com o objectivo de aproveitar os espaços criados por Cha Cha Cha, as segundas bolas, eventuais ressaltos? Porque não meteste a carne toda no
assador? Porque não ousaste? Porque não tentaste o momento que distingue os muito bons, dos apenas bons ou suficientes? Até podes achar que no final do
jogo, todos acertam, é como fazer o totobola à segunda-feira, mas já não é a primeira vez que isto acontece e é pena que continues a cometer os mesmos
erros. É uma carta pela positiva e que termino, dizendo o seguinte:
Nada está perdido, dependemos apenas de nós, mas é a hora de te libertares, mudares de paradigma. Já aqui disse que gosto de pessoas determinadas e com
convicções, mas não gosto de teimosos que só páram quando batem contra o muro.
Ah, meu caro Paulo, nem sempre as mesmas receitas resultam em situações diferentes. Às vezes os paladares mudam e é preciso alterar os condimentos, fazer
outros pratos.”

Retirada de:



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