Estava a pensar postar algo, até já o tinha prontinho, mas
eis que fui visitar o blog do caríssimo Miguel, o tomoii, e deparei-me com dois
exemplos de artigos de opinião publicados num jornal? Que não me apetece muito
escrever o nome, mas que suponho que sabem perfeitamente de que se trata…
Perante tal coisa, decidi guardar o post que ia publicar hoje para amanhã, e
hoje partilhar a minha indignação. Ora, esses dois artigos são só uma pequena
amostra do baixo nível que muita gente ainda consegue descer; são uma pequena
amostra da falta de consideração e respeito que tem pelo FC Porto, que é,
somente, o clube com mais títulos em Portugal. Não sei como ainda consigo
surpreender-me, ou sequer irritar-me com o que esses senhores escrevem, mas a
verdade é que ainda consigo… Acho mesmo que nunca vou deixar de ficar irritada
com coisas destas.
Sendo assim, seguem-se os dois artigos, ou partes deles, com
os meus comentários entre parênteses no meio dos mesmos.
«“Um bom amigo!
A 6.ª jornada começou ontem à noite, com o FC Porto vs.
Vitória de Guimarães. Venceram os da casa. Como se esperava, por jogarem ante o
seu público e por serem reconhecidamente mais fortes. Os jogos ganham-se
marcando mais golos e, se possível, jogando melhor que o adversário. No caso, o
pessoal de Paulo Fonseca apenas preencheu o primeiro requisito. Quanto ao
segundo, enfim..., é natural que as opiniões divirjam: o desempenho dos dragões
não empolgou, longe disso, e o lance que esteve na origem do único golo do
encontro com certeza que vai servir de tema de conversa por tempo
indeterminado. (até aqui, nada a dizer) Há uma semana, o treinador do FC
Porto, muito queixoso a seguir ao empate no campo do Estoril, disse que o
vencedor havia sido Jorge Jesus, pelo mérito de fazer ouvir as suas «preces» e
conseguir «jogar em três campos»...
(alguma mentira?)
O penalty assinalado contra o Vitória é daqueles que
suscitam vários pontos de interrogação; mas como «Pedro Proença é o melhor
árbitro do mundo, e os melhores do mundo não falham daquela maneira, é porque
foi penalty» -palavras resignadas de Rui Vitória -, é comer e calar...
Pedro Proença foi bom amigo
; mas duas jornadas bastaram para fazer perceber a Paulo que
a exigência é muito grande e que, num instante, os sorrisos e os aplausos podem
transformar-se em agrestes sinais de desagrado...Mesmo sem deslumbrar, o FC
Porto acrescentou mais três pontos à sua contabilidade, protegeu a
liderança e, hoje, todos os perseguidores imediatos estão obrigados a vencer
para não se atrasarem: a tarefa do SLB, na Luz, diante do Belenenses, penúltimo
da classificação, é de baixo grau de dificuldade; (perderam dois pontos) mas,
na capital do Minho, o quadro é de alta tensão, naquele que será o segundo
grande teste à verdadeira capacidade do novo leão e também oportunidade
soberana para o Braga reactivar a discussão sobre o 'terceiro grande' no futebol
luso: a noite promete...”»
autor: Fernando Guerra
«”O factor Proença
Já é difícil falar a sério das arbitragens de Pedro Proença em Portugal. Ele pode
ser o melhor árbitro do Mundo, mas não é com certeza o melhor árbitro
português.
(talvez porque apesar de toda a gente saber que é
benfiquista, teve coragem de expulsar Cardozo?)
Um dia o meu pai foi à Alemanha para tratar um problema de
saúde. Falaram-lhe de um médico célebre, que vivia em determinada rua. Lá
chegado, o meu pai perguntou onde era o consultório do dr. tal, e ouviu esta
resposta: "Mas por que vai a esse médico?! Aqui na rua há um muito
melhor". Quando ouço falar do «melhor árbitro do Mundo», recordo -me
sempre desta história.
(bonita história… é mais o menos isso que nós portistas
pensamos quando dizem que o Benfica é o melhor clube português)
Na Sexta-feira, Pedro Proença protagonizou mais um erro
caricato, que nem a introdução das novas tecnologias poderia evitar. Nem no
Burkina Faso um árbitro teria coragem para inventar um penalty tão
inverosímil!
(engraçado, não preciso de fazer um grande esforço de
memória para me lembrar de umas quantas grandes penalidades que não seriam
grandes penalidades nem em Portugal nem na China e no entanto foram
assinaladas… a favor do benfica)
Estas arbitragens tendenciosas e que decidem resultados (as
quais não são, reconheça-se, um monopólio de Pedro Proença) têm duas
consequências importantes. Primeira: as equipas que jogam contra o FC Porto
retraem-se na disputa da bola na área, jogam a medo, sabendo que qualquer queda
de um jogador portista pode ser fatal.
(ahahahahahahaha … ahahahah … ahahaha … muito bom!)
Segunda: o FC Porto acaba por ganhar sempre porque ou ganha
por mérito, ou porque o árbitro ajuda. (como? Não percebi! Até parece que o FC
Porto, em todos os jogos, beneficia de golos em fora-de-jogo ou de grandes
penalidades! O que custa mesmo é admitir que o FC Porto, na esmagadora maioria
das vezes, ganha porque é o melhor?) E isto tem uma terrível consequência: retira
imprevisibilidade ao futebol português. Mesmo quando a vitória parece ir calhar
ao SLB (como nas duas últimas épocas), o FC Porto acaba sempre por vencer por demérito
alheio ou com ajudas. (que o Benfica não tenha sido capaz de segurar a vantagem
que tinha, quer numa época, quer na outra, é, claramente demérito deles e, pois
claro, mérito do FC Porto que foi capaz de chegar lá, sobretudo porque foi
competente) A ideia de que não pode haver surpresas é talvez a principal razão
que afasta as pessoas dos estádios. (não, o que afasta as pessoas dos estádios
é a crise e por vezes o valor elevado dos bilhetes).
Voltando a Pedro Proença. Não percebo o que vai naquela cabeça.
Perante a evidência de ter beneficiado o FC Porto num passado recente, (quando
é que isso foi) devia ser mais cauteloso. Mas não é. Talvez ache que, por ter o
rótulo de «melhor árbitro do Mundo» ganhou um estatuto de impunidade
que lhe permite fazer o que quer. Mostra a sua "coragem" marcando penaltys fantasma
que, como o de Sexta-feira, resolvem jogos. (como foram uns quantos marcados na
época passada a favor do Benfica) E Pinto da Costa, absolvido no Apito Dourado,
(tem de vir sempre este assunto à baila) ri na tribuna e chama palavrões aos
circunstantes, perante o gáudio da sua corte.”» (há outros que agridem polícias
e a nação benfiquista acha bem)
autor: josé antónio saraiva
Não sei quem é o autor deste segundo texto, e muito sinceramente,
nem quero saber, mas que o senhor ainda está com um grande melão, lá isso está!
Entretanto outra dúvida assaltou-me, o que escreviam estes senhores na época
passada, quando o Benfica era beneficiado, isto é, quando, invariavelmente os
adversários ficavam reduzidos a 10 ou perdiam os seus melhores jogadores na
jornada anterior?
Perante exemplos destes, só me apetece perguntar: Que raio
de jornalismo é este? Que raio de imparcialidade é esta?
3 comentários:
Caríssima Ana Andrade, isto na verdade não é jornalismo, é apenas odes, hinos, sonetos, poemas ou textos feitos por adeptos-fanáticos-lampiões-travestidos-de-jornalistas, que como é óbvio, destilam ódios, ciúmes e venenos contra o rival que não é da capital e que ganha mais vezes, seja dentro ou fora de portas.
É como se fosse o diário oficial nº 2, nº 3, nº 4 ...do slbenfas.
Já sabes que o golo de Maicon foi capa do pasquim a bosta com um FORA DE JOGO no dia seguinte que se via a olho nu da lua, e que os penaltis gamados ao ex-porting pelo capela foram "esquecidos" e no dia seguinte havia uma OBRA DE ARTE na capa do mesmo pasquim.
Não vou me alongar, este cartoon espanhol abaixo ilustra muito bem o tratamento dado aos melões e ao FCP.
Se puderes, advinha qual dos dois personagens é mais parecido com o FCP:-)
http://1.bp.blogspot.com/-HvGCGXSjVvE/UlcVgp7OzzI/AAAAAAAAveM/04FaM_Fwz2M/s1600/Cr%C3%B3nica+Madrid.jpg
Caro RBN.
Tem toda a razão, esta gente é tudo menos jornalistas.
Quanto ao cartoon, muito bom!
Cumprimentos
Ana Andrade
@ Ana
exacto. não é Jornalismo. é um exemplo de uma verdadeira filha-da-putice. se fosse Jornalismo o "coiso" em causa não teria escrito a crónica que também me revoltou as entranhas.
ps:
obrigado pela referência :D
(pena que pelas circunstâncias em causa...)
cumprimentos
Miguel | Tomo II
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