1 – Crónica
Bis de Jackson no regresso às Vitórias
No início de noite deste Sábado o FC Porto recebeu o SC
Braga, em jogo a contar para a décima segunda jornada da Liga. No final do
encontro, verificou-se a vitória dos dragões por 2-0.
Para este jogo Paulo Fonseca não podia contar com Fernando,
devido a castigo por ter visto o quinto amarelo na jornada anterior, como tal
apostou num meio-campo formado por Defour, Herrera e Lucho.
O SC Braga entrou melhor em jogo e esteve próximo de
inaugurar o marcador antes dos 10 minutos. A primeira real oportunidade de golo
do FC Porto chegou pouco depois da meia hora e foi protagonizada por Josué. Em
suma, a primeira parte foi fraca, a equipa azul e branca pareceu andar meio
perdida no terreno enquanto que a equipa minhota parecia procurar tentar
beneficiar da desorganização do adversário. Sem golos a registar, o intervalo
chegou com um nulo no marcador.
No regresso das equipas ao relvado, Paulo Fonseca decidiu
apostar na troca de Lucho por Carlos Eduardo, devido a lesão do argentino. Para
além dessa alteração, a equipa alterou a sua postura em jogo e entrou muito
mais decidida e mais esclarecida. Jackson activou o marcador ao minuto 48. a vantagem poderia ter
chegado pouco tempo depois, primeiro através de Josué, depois por Jackson e
Herrera. O golo chegou ao minuto através de Jackson. O colombiano podia, ainda,
ter feito o terceiro golo, não fosse a defesa de Eduardo. Nota ainda para
Kelvin, que ainda teve tempo de somar os primeiros minutos do campeonato.
Com esta vitória o FC Porto soma 27 pontos, cola-se ao
Benfica e fica a espera do resultado do jogo do Sporting amanhã.
2 – Análise
Era importante vencer este jogo, para, primeiro funcionar
como dínamo para ultrapassar os maus resultados – assim esperamos que seja – e
para ganhar terreno ao Benfica que ontem já tinha jogado e empatado. É
necessário dizer que a primeira parte não foi boa, mas a segunda sim, a segunda
foi outro jogo. Seria bom que a segunda parte fosse realidade em todos os
jogos, de preferência nas duas partes. Jackson voltou aos golos e bisou, o que,
digo eu, será importante. Em suma, o resultado positivo valeu, sobretudo, pelo
segundo tempo. Agora resta esperar pelo resultado do jogo do Sporting.
1 comentário:
O F.C.Porto vinha de perder 7 pontos em três jornadas, de líder isolado passou para terceiro a dois pontos da liderança. Como isso é uma facto raro, o ambiente no Dragão complicou-se bastante, era fundamental regressar às vitórias, dar um safanão na crise. Com um quadro destes pela frente e diante de um público exigente, pouco paciente e pouco tolerante, não foi surpresa que a equipa azul e branca tivesse entrado a jogar sobre brasas. Nervosa, ansiosa, intranquila - a bola parecia que queimava! -, a equipa de Paulo Fonseca e durante cerca de 30 minutos, não conseguiu jogar. Se a isso juntarmos um Braga bem organizado, sereno e a aproveitar a instabilidade portista, os 30 minutos iniciais foram muito difíceis, a casa parecia que vinha abaixo. Depois e aos poucos, os Dragões foram melhorando na organização, passaram a não errar tanto, a ter mais bola, conseguiram duas boas jogadas - uma das quais só não deu golo porque Eduardo fez uma grande defesa a remate de Josué -, acabaram a primeira-parte já mais próximo dos mínimos exigíveis e a equilibrarem a partida. Portanto e resumindo, o Braga foi melhor na primeira-hora, o F.C.Porto no quarto-de-hora final e como em oportunidades as equipas igualaram-se, o 0-0 no final dos primeiros 45 minutos, ajustava-se.
Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Carlos Eduardo no lugar do lesionado Lucho, o F.C.Porto entrou bem, marcou logo nos minutos iniciais, por Jackson e arrancou para uma belíssima segunda-parte. O golo, é verdade, deu confiança e fez baixar a ansiedade, dentro e fora do campo, mas a melhoria também se deveu e muito, ao facto do ex-estorilista ser mais 10 que Lucho, aparecer a ocupar melhor o espaço à frente de Defour e Herrera, mais próximo de Jackson. Com isso o F.C.Porto subiu, pressionou mais alto e de forma mais organizada; os espaços ficaram melhor ocupados; passou a haver mais linhas de passe; a bola circulou melhor e evitaram-se os passes longos para um Jackson sozinho. E assim, o conjunto azul e branco dominou totalmente, criou vários lances perigososos, chegou naturalmente ao 2-0 - excelente jogada e assistência de Varela para Jackson concluir - e venceu com toda a justiça. Venceu com toda a justiça, diga-se, um adversário bom e com muito melhores argumentos que aqueles que nas últimas três jornadas fizeram o tri-campeão perder 7 pontos.
Espero que esta intermitência tenha terminado definitivamente.
Bjs
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