Não vou escrever outra carta aberta a Paulo Fonseca, e não o
vou fazer porque iria repetir muito do que já disse; também não vou atirar em
todas as direcções a procura de acertar no alvo certo; nem vou criticar o preço
dos jogadores, principalmente quando estes ainda não tiveram tempo suficiente
para demonstrar o que quer que seja; não vou pedir a cabeça do treinador,
porque sei perfeitamente que não vale de nada.
Mas vou, para já, condenar os acontecimentos de ontem à
noite no Dragão.
“Ambiente difícil no Dragão. Cerca de 150 adeptos aguardaram
a chegada do autocarro à Invicta e não pouparam nem jogadores nem equipa
técnica. A derrota
em Coimbra -o sexto jogo sem conseguir vencer-, motivou a
presença dos adeptos nas imediações do Estádio do Dragão e, assim que o
autocarro se aproximou, multiplicaram-se os insultos aos jogadores e a Paulo
Fonseca.”
In: OJOGO.PT
Tudo bem, todos e cada um portista tem o direito a estar
descontente com a situação, mas acham que foi a melhor solução? Não haverão
outras formas de demonstrar o desagrado? Enfim.
Insisto, algo tem de mudar e rápido, antes que o título se
transforme numa miragem, o título e as restantes provas. Não, não sei se a
solução passa pela substituição do treinador, mas que dava jeito que alguém lhe
explicasse que:
1º Que é treinador do FC Porto, logo, que o discurso e as
atitudes tem de ser diferentes;
2º Que já toda a gente percebeu que será muito melhor voltar
ao sistema de jogo anterior, é que pelos vistos este não está a resultar;
3º Que a teimosia às vezes não é virtude;
4º Que evolução não é o mesmo que regressão, é que esta
equipa não está a evoluir coisa alguma, ou pelo menos eu não encontro evolução
nenhuma;
5º que o FC Porto é um clube que luta por títulos, logo tem
objectivos bem definidos.
Este mês o FC Porto apenas venceu um jogo, frente ao Vitória
de Guimarães para a Taça de Portugal. É, por isso, um mês para esquecer, ou
para recordar para que não se repitam os mesmos erros.
E para finalizar, digo que é preciso paciência, acalmar os
ânimos e esperar que as coisas melhorem, porque assim de certo que não vão
ficar.
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