quinta-feira, 10 de abril de 2014

Crónica e Análise: Sevilha 4 – FC Porto 1 (4-2 no conjunto das duas mãos)



1 – Crónica

Sevilha Hoje não foi Talismã

No início de noite desta Quinta o Sevilha recebeu o FC Porto em jogo a contar para a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa. No final do encontro verificou-se a derrota dos dragões por 4-1, 4-2 no conjunto das duas mãos.
Para este encontro Luís Castro não podia contar com Fernando e Jackson. Por outro lado, Mangala e Defour regressaram à equipa.
O primeiro tempo começou mal, com o Sevilha a adiantar-se no marcador logo aos 4 minutos, com ajuda da equipa de arbitragem - que assinalou uma grande penalidade que não era. Com os espanhóis em vantagem, eliminatória empatada. A equipa portista desnorteou-se, apesar de Quaresma ainda ter rematado à procura do golo que desse o empate, que Beto defendeu. Os espanhóis aproveitaram para ampliar a vantagem ao minuto 26. E depois para fazer o terceiro golo ao minuto 29. O FC Porto tentou reagir, Defour, Herrera e Quaresma tentaram fazer o golo, mas nenhum deles acertou no sítio desejado.
No segundo tempo Luís Castro retirou de campo Carlos Eduardo e Varela e lançou Quintero e Ricardo. O FC Porto tentou acordar para a vida, mas a bola parecia não querer nada com as redes de Beto, ou seriam os jogadores portistas que estavam com a pontaria desafinada? Entretanto o Sevilha ficou reduzido a 10. E, quando o FC Porto procurava o golo que desse a possibilidade para sonhar, o Sevilha matou o sonho com o quarto golo ao minuto 79. Quaresma ainda marcou, ao minuto 90, mas tarde de mais.
Com este resultado os dragões ficaram de fora da Liga Europa e Sevilha que era talismã, hoje não o foi.



2 – Análise

O jogo de Nápoles fez-nos acreditar que era possível sonhar, mas o jogo de Sevilha fez-nos acordar da pior forma, num verdadeiro pesadelo. Se Sevilha era uma cidade talismã para o FC Porto, hoje não o foi. Pois é, não se esperava um jogo fácil, sabia-se que a vantagem que o FC Porto tinha conquistado na primeira mão era magra, muito magra, que poderia e deveria ter sido mais ampla. Mas esperava-se que o FC Porto entrasse em campo com o espírito guerreiro, solidário e competente que esteve presente em Nápoles. No entanto não foi isso que se passou. Se é verdade que o FC Porto foi muito prejudicado pela equipa de arbitragem, porque o foi, também é verdade que a equipa demorou 30 minutos a entrar em campo e isso não pode acontecer em jogos desta envergadura. Para além disso, a defesa tremeu, o meio campo não acertou o compasso: Defour não é Fernando e não conseguiu dar conta do recado, Herrera não estava a conseguir ligar o jogo e Carlos Eduardo parecia nem estar em campo. Quaresma lá tentou fazer alguma coisa no ataque, mas sem sorte. Quanto a Ghilas e Varela, foi mais do mesmo. Ora, enquanto o FC Porto não tinha entrado em campo o Sevilha tinha  e aproveitou para, primeiro empatar a eliminatória, contando com a preciosa ajuda do senhor italiano do apito – afinal não é só em Portugal que há maus árbitros; depois para fazer o segundo golo e, depois o terceiro. Voltaram a marcar presença erros que não podem acontecer nunca, muito menos numa competição destas, e a equipa portista pagou caro esses erros. Quando o FC Porto entrou em campo já era tarde, a esperança já era pequena e frágil. Apesar de tentar remar contra a maré, isto porque o FC Porto esteve melhor no segundo tempo - fez bem Luís Castro em ter arriscado ao lançar Quintero, Kelvin e Ricardo - os dragões não conseguiram acertar na baliza. Quem não marca sofre, foi o que aconteceu. O Sevilha matou de vez o jogo com o quarto golo. De nada valeu o golo de Quaresma, teria de ter sido mais cedo, muito mais cedo, talvez aí ajudasse a recuperar a desvantagem. Em suma, foi mais um sonho bonito que virou pesadelo. Já só quero que esta época acabe rápido.

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