segunda-feira, 2 de abril de 2018

Crónica e Análise: Belenenses 2 – FC Porto 0


1 – Crónica

No início de noite desta segunda o FC Porto deslocou-se ao terreno do Belenenses, em jogo a contar para a 28ª jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 2-0.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Casillas; Maxi, Filipe, Osorio e Alex Telles; Herrera, Sérgio Oliveira e Brahimi; Ricardo Pereira, Soares e Aboubakar.
O FC Porto até entrou bem em jogo, decidido a resolvê-lo o mais rápido possível. Contudo, ao minuto 10, na primeira vez que o Belenenses aproximou-se da baliza de Casillas, ativou o marcador. Os Dragões tentaram reagir, mas a bola teimou em não entrar. Brahimi, Ricardo, Aboubakar, Soares, Alex Telles e Sérgio Oliveira tentaram devolver o empate ao marcador antes do fecho da primeira parte, mas uns por falta de pontaria ou porque o guarda-redes ou algum dos defesas não o permitiram, não conseguiram fazer o golo.
No segundo tempo a procura pelo golo continuou, mas nem Soares, Ricardo, Filipe ou Gonçalo Paciência conseguiram ser felizes, já que todos viram o guarda-redes adversário negar-lhes o golo. Quem não marca arrisca-se a sofrer, costuma-se dizer e foi o que se passou ao minuto 70, quando surgiu o segundo golo dos da casa.
Com esta derrota o FC Porto soma 70 pontos e está no segundo lugar da Liga, a 1 ponto da liderança.

2 – Análise

Depois de uma paragem para os jogos das seleções, regressou o campeonato com um clássico frente ao Belenenses, um jogo que não se esperava fácil. E, de facto, não o foi. A vida do FC Porto começou a complicar ao minuto 10, quando os da casa inauguraram o marcador. Basicamente o jogo não correu nada bem ao FC Porto, que nunca foi capaz de transformar as dificuldades em facilidades. É certo que tentativas para marcar não faltaram, mas a bola não entrou. Talvez a ansiedade tenha pesado mais do que a razão e, assim, nada costuma acertar. Por mais que tente ser racional, é difícil perceber que nesta altura do campeonato a ansiedade está a ser mais um adversário e este está dentro da nossa própria equipa. É hora de resolver este problema, a equipa tem de voltar a acreditar em si, porque não há tempo para ter tempo e não pode ser a ansiedade a por tudo a perder agora. É que são duas derrotas consecutivas fora. É preciso resolver esse problema, do mesmo modo que é necessário resolver o problema da falta de golos por parte dos avançados, o bloqueio tem de terminar, porque sem golos não se costumam ganhar jogos.
Pior ainda é que, no decorrer do jogo, só conseguia pensar que das duas uma: ou eu não percebo nada de futebol; ou percebo muito e quem lá está não percebe nada. Como é possível que depois do que se passou em Paços de Ferreira, a equipa tenha um comportamento semelhante hoje? Ou será que não foi nada disto que se passou e eu não percebo nada disto. Como é que se explica que uma equipa pareça durante toda uma primeira parte completamente sem ideias e o jogador capaz de pensar o jogo continue no banco? Eu sei que depois do jogo é fácil fazer prognósticos, mas preocupa-me perceber que há coisas que não mudam…
Em suma, o FC Porto perdeu o jogo, porque faltou a eficácia no ataque. E com esta derrota foi a liderança do campeonato. Confesso que no final da primeira parte fui assaltada por uma memória não muito feliz: o jogo da época passada entre FC Porto e Vitória de Setúbal no Dragão… jogo que não teve um desfecho feliz, apesar das várias tentativas para marcar… um jogo a partir do qual as nossas esperanças perderam-se… que a equipa do FC Porto seja capaz de escrever outro desfecho para esta história é o que se deseja. Nada está perdido, de facto, mas não estamos numa posição confortável e perdeu-se, completamente, a margem de erro que, com dois pontos de vantagem, já era pequena. Por isso não há outra solução que não seja ganhar as 6 finais que faltam jogar. Para tal precisamos do FC Porto guerreiro do início da época… aquele que na Feira, perante um campo inclinado, conseguiu dar a volta a todas as dificuldades e venceu contra tudo e todos. Vamos Porto!



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