domingo, 5 de fevereiro de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 2 – Vitória de Setúbal 0

1 – Crónica

Reforços Chegaram, Treinaram, Jogaram e … Marcaram

O FC Porto recebeu o Vitória de Setúbal em jogo a contar para a terceira e última jornada da fase de grupos da Taça da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos Dragões por 2-0.

O FC Porto tinha a porta para as meias-finais da Taça da Liga aberta, precisava apenas de um ponto para passá-la, mas os dragões fizeram melhor, somaram os três pontos e passaram de rompantes para as meias-finais. Ora, Vítor Pereira decidiu que este era o jogo perfeito para as estreias. Lucho e Janko foram titulares e Danilo, depois de ser suplente utilizado foi pela primeira vez titular e no lado direito da defesa. Maicon regressou ao centro, onde fez dupla com Mangala.

Bom, vamos ao jogo? O FC Porto entrou decidido a resolver a questão o mais rápido possível. Lucho regressou, treinou, jogou, viu, ensaiou o remate e marcou. E que grande golo marcou el comandante, Nem parece que esteve dois anos e meio fora. O argentino rematou com o pé esquerdo, de fora da área e estava assim feito o primeiro golo aos 23 minutos de jogo. O Vitória tentou, timidamente, reagir ao golo portista e ao minuto 36 a bola foi ao ferro da baliza hoje defendida por Bracali.

Na segunda parte Varela esteve próximo de fazer o segundo, tal como Janko, mas, dessa vez, o remate do austríaco foi defendido pelo guarda-redes sadino. Janko não marcou dessa vez, marcou mais tarde. Depois de um cruzamento de James, o avançado austríaco, ao minuto 67, fez a bola entrar pela segunda vez na baliza defendida pelo Vitória.

Com esta vitória os dragões passaram às meias-finais da Taça da Liga, que serão disputadas frente ao Benfica no estádio da luz.

2 – Análise

Foi um jogo consistente e uma vitória incontestável. Depois da derrota em Barcelos, ainda que em competições distintas, era importante ganhar e recuperar a confiança. Foi o jogo do regresso de lucho e da estreia de Janko. Que classe trouxe el comandante! Que golo marcou Lucho! Que saudades que nós tínhamos! E lá vai outra vez o FC Porto a luz, vamos lá sem medo à procura do acesso à final,. A ver se desta vez essa taça vem para o Dragão, porque mesmo sendo uma competição com pouco valor, as taças nunca são de mais.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Preços reduzidos e factor Lucho, principalmente, levaram a que o Dragão tivesse uma boa moldura humana, 27.303 espectadores, apesar da noite fria e a ameaçar chuva. Muita gente nova - à minha volta era um mar de ilustres desconhecidos ...-, que aproveitou a oportunidade de ver o F.C.Porto ao vivo, gente que não deve ter dado por mal empregue o tempo perdido. Com oito novos jogadores em relação ao jogo de Barcelos, só mantiveram a titularidade, Maicon, Moutinho e Varela, o F.C.Porto apresentou-se em 4x2x1x3, com os reforços de Inverno, Danilo que já tinha jogado, mais Lucho e Janko, a que se juntaram os menos utilizados, Bracali, Alex Sandro, Mangala e para completar o onze, o regressado Fernando e o inconstante C.Rodríguez. Entrando a jogar muito bem e assentando o seu futebol num meio-campo em triângulo, com Fernando e Moutinho na base e Lucho no vértice mais adiantado, mas percorrendo toda a largura do campo, equipa portista teve momentos, em particular na primeira meia-hora, de muito boa qualidade.
Com um futebol tricotado, de pé para pé - Lucho e Moutinho parece que sempre jogaram juntos... -, o conjunto de Vítor Pereira, dominou, teve algumas bonitas jogadas e como corolário desse futebol que estava a agradar à plateia, chegou à justa vantagem num belo golo de El Comandante. Durante esse período, apesar de Varela e Rodríguez raramente conseguirem chegar à linha de fundo para cruzar, Janko, sempre que foi servido em condições razoáveis, mostrou serviço e só não marcou porque a bola, por duas vezes, caprichosamente, encontrou um corpo de um defesa setubalense quando ia para golo. Se a primeira meia-hora foi, repito, de boa qualidade, os últimos 15 minutos, nem tanto assim. Sem perder o controlo e sem nunca estar em perigo, salvo num lance de bola parada que Ney levou a bola a bater na parte superior da barra - mais um vez a defesa portista fica à espera, não ataca a bola e foi surpreendida. Vá lá, ao contrário de Barcelos, não deu golo -, a qualidade baixou, a equipa não foi tão consistente, desorganizou-se um bocado, também porque saiu Fernando e Defour que entrou, andou algum tempo a apalpar terreno.

A segunda-parte e os primeiros 15 minutos, foram muito semelhantes aos últimos 15 da primeira e portanto, nada a acrescentar. Mas com a entrada em simultâneo de Alvaro Pereira e James, para os lugares de Alex Sandro e Cebola, o F.C.Porto voltou a acelerar, a tomar conta do jogo, voltou o futebol bonito, belas jogadas, vistosas triangulações, marcamos um golo, por Janko - à ponta-de-lança - e merecíamos, pela qualidade, domínio e oportunidades, ter marcado mais um ou dois.

Resumindo, foi um belo Porto e embora o grau de dificuldade não tenha sido muito elevado, deu para ver que com Lucho a equipa cresce. Não perde tantas bolas, tem mais posse, ganha alguém que sabe aparecer para finalizar, maturidade, um líder dentro do campo. Esperemos que, definitivamente, o mau tempo não volte. Há muita qualidade neste plantel do F.C.Porto. Ainda iremos a tempo? Não sei, mas uma coisa é certa, temos de fazer a nossa obrigação, ganhar os jogos e no fim fazem-se as contas.

Bjs