domingo, 12 de fevereiro de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 4 – União de Leiria ०

1 – Crónica

É Com James Que se Afastam Autocarros…

No início de noite deste Domingo o FC Porto recebeu no Estádio do Dragão a União de Leiria, em jogo a contar para a décima oitava jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 4-0.

Por ser o último dos três da frente a jogar, o FC Porto entrou em campo sabendo que teria de ganhar para manter o Braga à distância de três pontos e manter a perseguição ao Benfica. Para esse objectivo Vítor Pereira lançou Hulk no onze inicial, onde também estavam de início os reforços de Inverno, Lucho e Janko. No banco ficou James. Vamos às incidências do jogo.

A União de Leiria entrou com uma estratégia defensiva bem montada e o FC Porto precisou de paciência para a desmontar. A estratégia dos de Leiria poderá ter surpreendido um dragão que esperava um adversário menos defensivo. Assim os jogadores portistas, para tentar encontrar o caminho do golo, viram-se obrigados a jogar de forma, por vezes, lenta, mas sobretudo paciente. Quando Hulk pegava na bola e subia com mais velocidade parecia que a teia defensiva ia desmontar, mas não. Janko teve algumas oportunidades de golo no primeiro tempo, mas falhou-as. O intervalo chegava assim com um nulo no marcador e com os adeptos portistas a mostrarem alguma impaciência.

No segundo tempo o FC Porto voltou como havia terminado a primeira parte, lento e paciente. Entretanto o Leiria ficou reduzido a dez, mais espaço para o ataque portista, mas a solução ainda não tinha chegado ao jogo. Eis que entrou James, qual detonador que fez mudar tudo. Com o colombiano em campo apareceu mais velocidade que tinha faltado até então, a velocidade e a solução para desmontar a teia defensiva, logo, também com James apareceram os golos. O primeiro teve a assinatura de Janko, ao minuto 66, num lance que começou em Moutinho, passou por james e terminou no austríaco. Menos de dez minutos depois, minuto 74, o colombiano fez o segundo tento da equipa azul e branca: Lucho rematou, o guarda-redes adversário defendeu e James colocou a bola dentro da baliza. O terceiro golo foi marcado por Álvaro Pereira, ao minuto 86, após a bola ter passado por Djalma. E finalmente o terceiro, Maicon foi o autor, ao minuto 89, depois de um cruzamento de James, quem mais poderia ser?

Em suma, James foi a solução para desmontar a teia defensiva da União de Leiria quando muitos adeptos já estavam com os nervos em franja. O guarda-redes do FC Porto deve ter congelado, pois Helton foi pouco chamado a jogo. E para terminar, de referir que ficou por assinalar uma grande penalidade cometida sobre Hulk, quando o marcador ainda estava a 0.

Com esta vitória o FC Porto mantêm-se a cinco pontos do Benfica e mantêm o Braga a três pontos.

2 – Análise

Nem sempre é possível ganhar com nota artística, para dançar o tango são precisos dois e se o adversário não estiver para aí virado fica complicado. Como outros tantos, a União de Leiria apareceu no Dragão com o autocarro e o atrelado à frente da sua baliza. O FC Porto precisou de ser paciente. Vítor Pereira esteve bem ao lançar James e foi o colombiano a desbloquear o jogo. Mais uma vez Janko marcou – que pena que não pode jogar na Liga Europa … - James deu a marcar e marcou, Álvaro Pereira também inscreveu o nome na lista de marcadores de serviço e Maicon fechou a contagem. Gostei do jogo, muito mais da última meia hora, pois claro. Mais uma vez fica por marcar uma grande penalidade sobre Hulk, desta vez não fez falta uma vez que o FC Porto ganhou com margem, mas podia ter feito. Nesta fase do campeonato o mais importante é somar três pontos, se o FC Porto puder somar três pontos com nota artística óptimo, se não para mim não há problema, porque o importante são os pontos, de preferência os três.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Quando um jogo só tem um sentido; quando só uma equipa quer jogar; quando a outra só quer defender e usa um sistema 5x5; concentram-se 21 jogadores num meio-campo e a vida não fica fácil para a equipa que tem de atacar... Mesmo que essa equipa pressione muito, jogue muito bem, seja rápida a pensar, a executar, encontre as melhores soluções para destruir os autocarros, seja eficaz na hora de finalizar. Ora, se como aconteceu nos 45 minutos iniciais, raramente a equipa portista foi capaz de fazer o que devia, está explicado o nulo ao intervalo. Embora e é justo referi-lo, apesar de tudo que ficou por fazer, a equipa de Vítor Pereira merecia ir para o descanso em vantagem, no mínimo, de um golo. Não foi porque Janko foi perdulário e o guarda-redes leiriense, fez uma grande exibição.

A segunda-parte foi bem diferente.
Primeiro, porque o F.C.Porto entrou com outra dinâmica, pressionava mais e com isso obrigava a equipa de Leiria a ter cada vez mais dificuldades em se defender, a recorrer a faltas sucessivas. Depois, porque numa dessas faltas, um passador argentino de nome Shaffer, jogador emprestado pelo clube do regime, entrou com tudo sobre Moutinho e foi expulso - o lance foi perto de mim e a decisão, sem ver imagens, pareceu-me correcta ... A seguir, talvez a razão mais importante, porque saiu um desinspirado Varela e entrou um inspirado e decisivo James. Com o colombiano a entrar bem e a procurar zonas interiores, não só os centrais da equipa orientada pelo marroquino, tiveram mais alguém, para além de Janko, com quem se preocupar, como o melhor e mais esclarecido dos médios, João Moutinho, teve um interlocutor capaz de perceber e dar seguimento às jogadas que o pequeno grande nº 8 portista, ia criando. Foi assim o primeiro golo. Bela jogada de JM, passe a rasgar para James e assistência perfeita para Janko encostar. Aberto o marcador, ficou a vida mais facilitada para o Campeão, apesar da equipa da cidade do Lis, mesmo a perder, nunca ter abdicado de ter os autocarros bem em frente da sua baliza.
Só que nessa altura e em vantagem, o F.C.Porto já tinha outra confiança, as jogadas já saíam melhor e os golos foram entrando uns atrás dos outros, até ao quatro a zero final - só não entraram mais dois ou três, porque Palito, cismou que tinha de marcar e marcou, mas antes de fazer um belo golo, foi egoísta e não fez o que era devido, assistir, como fez James, Janko que estava em bem melhor posição para facturar.

Nota final:
É preciso ter uma grande lata, para depois de ter jogado com todos os autocarros marroquinos que tinha à mão, ao contrário da forma aberta e macia como jogou frente ao seu clube do coração, o SLB; ter levado quatro e poder ter levado mais outros quatro; ver a sua equipa a não ter criado uma situação de perigo, não ser capaz de saber o que fazer com a bola no último terço do campo - como podia, se só foi preparada para defender? -, Manuel Cajuda, o marroquino, aparecer no flash interview, armado em mártir, vitimizando-se, dando a entender que perdeu por causa do árbitro. É falso, é uma falta de respeito e é uma forma lamentável de sacudir a água de um capote que enfiou dos pés à cabeça.

Bjs

Emanuel disse...

1ª parte mal conseguida lenta e sem ideias muito por culpa da atitude super defensiva do leiria, mas mesmo assim é necessrio tentar imprimir outra velocidade, a 2ª parte foi diferente para melhor, tb contribuiu a expulsão de shaffer o que facilitou mas sobretudo depois do 1º golo e mais uns minutos houvesse e mais golos apareceriam... uma palavra para o nosso treinador, porque continua a não ver o que é claro aos ohos de toda a gente JAMES TITULAR, para que complicar o que é simples...