terça-feira, 18 de setembro de 2012

Crónica e Análise: Dínamo Zagreb 0 – FC Porto 2

1 – Crónica

Vitória Construída Por Dois Médios

No início de noite desta Terça-Feira, Dínamo Zagreb e FC Porto defrontaram-se em jogo a contar para a primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 0- 2.

Este foi o primeiro jogo dos bicampeões após a saída de Hulk, havia, por isso, a curiosidade de perceber como Vítor Pereira ia fazer alinhar a equipa. A frente de ataque foi entregue a Varela, James e Jackson. Na defesa, a surpresa foi a entrada de Miguel Lopes para o lugar de Danilo. Posto isto, vamos ao jogo.

No primeiro tempo os dragões dominaram e procuraram trocar a bola com alguma velocidade, mas as oportunidades de golo escassearam. O Dínamo apenas por uma vez se aproximou da área portista, beneficiando de um canto. Ao minuto 41, Jackson não conseguiu finalizar, mas na sequência da jogada, Lucho activou o marcador.

No início do segundo tempo, os dragões estiveram próximo de chegar ao segundo golo. Entretanto, o Dínamo reagiu, aproximou-se da área portista, mas Helton, de forma segura, resolveu os lances mais perigosos, evitando assim o empate dos croatas. James, lançado por Helton, esteve próximo do segundo golo e Kleber e Atsu também ficaram perto de marcar. Mas o segundo golo portista foi de Defour e surgiu ao minuto 91.

Com esta vitória o FC Porto soma os primeiros três pontos na fase de grupos da Liga dos Campeões.

2 – Análise

Neste jogo o foco concentrou-se na forma como o FC Porto ia suprir e superar a saída de Hulk. Pois bem, os dragões supriram e superaram essa perda com domínio, principalmente no primeiro tempo e com uma vitória incontestável. Pode não ter sido o jogo perfeito, a exibição de sonho, mas foi um bom jogo e uma boa vitória. No meu post de antevisão tinha dado um palpite para o onze inicial, não falhei muito, a única diferença foi a entrada de Miguel Lopes para o lugar de Danilo, o que na minha opinião, até nem correu mal. De salientar também o facto dos marcadores dos golos portistas terem sido dois médios, Lucho e Defour. Os primeiros três pontos da fase de grupos estão no bolso.

PS. Grande profissional é o capitão portista. Lucho soube da morte do pai horas antes do encontro, mas mesmo assim jogou e até marcou. Grande exemplo.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Começo por deixar uma palavra para o Presidente que está em recuperação, deve ter sofrido, mas estas vitórias funcionam como a melhor das terapias.
Uma palavra para o nosso GRANDE CAPITÃO, Lucho González que apesar do falecimento do pai, fez um grande jogo e deu uma lição de GRANDE PROFISSIONALISMO. Para El Comandante e família, os meus sentidos pêsames.

Frente a um adversário que lhe é claramente inferior, o F.C.Porto, que entrou com uma surpresa na equipa inicial, Miguel Lopes no lugar de Danilo, fez uma primeira-parte em que dominou totalmente e mesmo sem jogar bem, mesmo sendo pouco dinâmico, lento de processos e pouco contundente no último terço, chegou ao intervalo a vencer pela diferença mínima, 1-0. E se ficamos apenas pela diferença mínima, isso fica-se a dever, por um lado, à forma como abordamos os lances de ataque e por outro, porque Jackson falhou um golo para os apanhados, o que diz tudo sobre a displicência com que o ponta-de-lança abordou um lance em que fez o mais difícil. Do lado dos croatas, apenas a preocupação em fechar linhas de passe, defender atrás da linha da bola e depois, à base de voluntariedade, um ou outro contra-ataque, mas sem grande perigo.

A segunda-parte foi parecida com a primeira. Continuamos a ser superiores, a dominar, mas sem matar o jogo. E assim, com a vantagem a manter-se mínima, a equipa croata foi acreditando, teve um ou outro lance de perigo que Helton resolveu, com mais ou menos dificuldade. Defour, já no tempo de descontos e como corolário de um grande jogo, marcou um belo golo e deu mais justiça ao resultado.
Tudo somado, sem deslumbrar, vitória justíssima e sem discussão do bi-campeão, que entrou com pé direito na fase de grupos da prova mais importante da UEFA.

Notas finais:
A questões que se colocavam antes do jogo eram: como iria a equipa reagir à saída de Hulk; se conseguiria colmatar essa saída com base no colectivo; alguém se assumiria, se por acaso fosse preciso levar a equipa às costas; e se a paragem poderia trazer consequências.
Colectivamente estivemos bem, apesar do ataque não ter estado muito inspirado. O trio, James, Jackson e Varela, foram dos que menos brilharam; não foi preciso ninguém assumir-se; e a paragem notou-se no ritmo da equipa.

A equipa do Dínamo é, teoricamente, a equipa mais fraca, tal como era o Apoel na época passada. Na temporada anterior foi com o adversário mais fraco que começamos a entregar o ouro ao bandido, nesta já demos um belo passo em frente.

Bjs