Aqui está a antevisão de Vítor Pereira do jogo da vigésima
segunda jornada da Liga, frente ao Estoril.
“"Queremos o título nacional"
Vítor Pereira espera um jogo difícil frente ao Estoril, que
elogiou, mas diz que é uma partida para ganhar, porque o primeiro objectivo da época
é o tricampeonato. E nem o empate em Alvalade retira orgulho à equipa e
optimismo para a recta final da temporada.
Que tipo de abordagem se impõe frente ao Estoril?
Uma abordagem séria, de quem quer ser campeão nacional, de
quem quer revalidar o título, frente a uma equipa que tem feito um excelente campeonato.
Provavelmente, uma das equipas mais perigosas do nosso campeonato a sair em
transições ofensivas. Bem organizada na defesa e depois com jogadores que saem
com critério na transição ofensiva, obrigando-nos a estar muito concentrados no
momento da perda de bola, que nos obriga a estarmos curtos, bem posicionados e
estou à espera de um jogo complicado, mas um jogo para ganhar.
Estamos a entrar numa fase decisiva do campeonato, sente a
equipa empenhada e comprometida com o objectivo de voltar ao primeiro lugar e consequentemente
revalidar o título?
É claro que sim, independentemente do resultado do jogo em
Alvalade, teríamos obrigatoriamente de ganhar o jogo com o Estoril. O Estoril é
o próximo obstáculo que está entre nós e o título nacional. O título nacional
foi o nosso objectivo desde o início e nada se alterou em função do último
resultado. Continuamos a ter de ganhar o próximo jogo e a depender única e
exclusivamente de nós próprios para garantirmos o objectivo da época. Nada se
alterou com os dois pontos que perdemos. A única coisa que se alterou
momentaneamente foi a perda da liderança.
Vítor Pereira disse que não se podia perder pontos, está
desiludido com o resultado de Alvalade?
Quem está cá dentro está habituado a ganhar. Não viram a
minha equipa com postura de quem quis empatar. Viram uma equipa que quis ter
bola, que quis dominar o jogo, que quis ter iniciativa e que apenas não concretizou-se
– tivesse concretizado as primeiras quatro oportunidades do jogo, que foram
nossas, tudo seria diferente. Vocês viram um FC Porto dominante, agressivo, mas
que no último terço não conseguiu concretizar, não conseguiu dar sequência ao
nosso jogo ofensivo. Mas não viram uma perda de identidade, nós fomos o que
somos sempre. Queremos ter bola, queremos dominar, queremos tirar a bola ao adversário
para fazer golos. Não conseguimos fazer golos, foi o único senão. Não fiquei desiludido.
Quando perdemos pontos não ficamos satisfeitos, nem eu nem a equipa, mas não
desiludido.
Acha que houve relaxamento?
Eu vi a minha equipa com a mesma postura que ter tido em
todos os outros jogos. Uma equipa que quer bola para fazer golos, uma equipa que
é agressiva no momento da perda de bola, uma equipa que é pressionante, uma
equipa que obriga os nossos adversários a jogar no seu meio-campo. Nós jogámos
90% do tempo instalados no meio-campo do Sporting. Tivemos a nossa identidade
bem definida, mas não estamos satisfeitos, porque não conseguimos marcar. Não
podemos relaxar num momento destes, mas há jogos em que a inspiração é maior do
que noutros e há mérito do adversário a defender. O Sporting teve mérito a defender,
gosto de valorizar quem tem iniciativa, quem não especula no jogo, quem não
está à espera e nós fomos isso, uma equipa que quis dominar o jogo, que quis
impor o seu futebol e sinto muito orgulho por a minha equipa queira impor o seu
jogo e o faça.
O que achou das declarações de Fernando, que mostra
insatisfação por não ser chamado à selecção do Brasil e pretender um campeonato
com maior visibilidade?
O que é que eu posso dizer, respeito as opções do
seleccionador brasileiro, também não quero que ele venha falar do meu trabalho,
agora eu considero que o FC Porto tem jogadores com qualidade e experiência
para serem seleccionados, disso eu não tenho dúvidas absolutamente nenhumas.
O empate de Alvalade pode voltar a lançar dúvidas sobre o
seu trabalho...
Sinto que estamos a fazer bem o nosso trabalho, que temos
uma equipa com identidade própria, uma equipa que gosta de impor o seu jogo,
que gosta de atacar, gosta de tirar a iniciativa ao adversário. Esse ADN é uma
patente que está registada e isso orgulha-me. Se não viemos com os três pontos
foi porque o Sporting defendeu muito bem e não tivemos inspiração para fazer um
golo.
A ausência de João Moutinho perturba a qualidade de jogo da
equipa?
O Moutinho e o Mangala são jogadores que estão de fora, são
jogadores que são importantes, como todos os do plantel. Eu acredito no colectivo
e acredito em todos os jogadores do meu plantel.
Este FC Porto sem Moutinho é um carro de menor cilindrada?
Eu de carros sou zero, de futebol o que eu sei é que a minha
equipa funciona pelo colectivo. É claro que cada jogador com o seu talento, acrescenta
à equipa. A nossa dinâmica, o nosso trabalho é o mesmo, mas também acreditamos
que o talento individual também é importante.
Há o risco frente ao Estoril de os jogadores não estarem
focados no jogo e a pensar no Málaga?
Não estou minimamente preocupado com isso. Definimos
internamente que o grande objectivo é a revalidação do título. Não vamos jogar
com o Estoril a pensar no Málaga, vamos jogar com a equipa que neste momento nos
dá mais garantias de ganhar. E o Estoril, volto a repetir, é o próximo
obstáculo que está entre nós e o título nacional e nós queremos o título
nacional. Desengane-se quem neste momento pensar que o título está atribuído a
outro clube, porque nós estamos aqui para revalidar o título.
FC Porto e Benfica vão perder pontos até ao clássico?
O jogo dos adversários não nos preocupa, porque acreditamos
no nosso trabalho e no nosso sucesso, não preciso de estar aqui a pensar no insucesso
dos outros, não faz parte do nosso carácter. Não acredito que equipas que estão
a lutar pela manutenção tenham menos motivação que equipas que estão a lutar
pela Europa. Acredito na dificuldade de cada jogo e o nosso é já na sexta-feira,
queremos apresentar-nos ao nosso melhor nível. O Estoril cria dificuldades a
qualquer equipa, bem organizado, com qualidade individual e colectiva.”
Em
Aqui está a lista de convocados do treinador portista.
Helton, Fabiano, Danilo, Lucho, Maicon, Quiñones, Castro,
Jackson, James, Izmaylov, Varela, Liedson, Abdoulaye, Fernando, Alex Sandro,
Atsu, Otamendi e Defour.
O meu palpite para a equipa titular é:
Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando,
Lucho e Defour; Varela, Jackson e Izmaylov.
1 comentário:
Bom dia,
Depois da queda para o segundo posto, após o empate que soube a derrota em Alvalade, não há mais margem para errar.
Não podemos perder mais pontos em nossa casa.
O Estoril tem bons executantes, mas é uma equipa da segunda metade da tabela, e que por obrigação temos de vencer.
Se tivermos a atitude certa, conseguiremos vencer.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.pt
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