quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crónica e Análise: Zenit 3 – FC Porto 1

1 – Crónica

O Azar Marcou Presença Em Dia de Aniversário do Clube

Os russos do Zenit receberam hoje o FC Porto em jogo a contar para a segunda jornada da fase de grupos – grupo G – da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a vitória dos russos por 3-1.

Em dia de aniversário do FC Porto, a vitória era, como sempre é, o resultado mais desejado, mas há jogos em que tudo corre mal e hoje isso aconteceu aos portistas. Os dragões até entraram bem, aos dez minutos já estavam em vantagem, James foi o autor do golo. Mas depois o jogo começou a fugir do controle dos portistas. O Zenit chegou ao empate num lance com responsabilidades para Helton. A meio da primeira parte, Kleber foi obrigado a abandonar o jogo devido a lesão, e Vítor Pereira viu-se obrigado a fazer uma alteração: fez entrar Varela para o lugar do brasileiro. Mesmo à beirinha do intervalo Fucile, infantilmente, viu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Mais um problema para o treinador, que ao intervalo fez entrar Souza para o lugar de James, o brasileiro passou a actuar no lugar de Fernando e o médio no lugar de Fucile. O Zenit acabou por dar a volta ao marcador e mais tarde por marcar o terceiro golo. O FC Porto ainda tentou reagir, mas não conseguiu.

Com esta derrota os dragões mantêm-se com três pontos, os mesmos dos Russos do Zenit, no outro jogo do grupo verificou-se um empate entre Shaktar Donetsk e APOEL, assim, são os cipriotas que estão na liderança deste grupo G, com 4 pontos, já os Ucranianos somam um ponto.

2 – Análise

Nem sei bem por onde começar esta análise, estou tão desgostosa com este resultado. Por força de várias circunstâncias sabíamos que o jogo não ia ser nada fácil: o Zenit está numa fase adiantada do campeonato e claro que a forma física dos seus jogadores é outra, além de que jogar na Rússia implica uma viagem desgastante para os jogadores do FC Porto. Como se já não fosse o suficiente, o azar fez questão de marcar presença. Primeiro momento de azar: creio que Helton abordou mal o lance do primeiro golo dos russos, e surgiu aí o empate. Segundo momento de azar: a lesão de Kleber – espero sinceramente que não seja nada demasiado grave – sem mais nenhum ponta de lança no banco, Vítor Pereira fez entrar Varela. Terceiro momento de azar: num lance infantil, Fucile viu segundo amarelo e foi expulso. Ora, ao intervalo, empatado a 1 e com menos um jogador era mais que certo que teria de sair alguém para dar o lugar a um defesa. Para mim isto era demasiado óbvio, sairia Varela e entrava Maicon, Otamendi passaria para a direita e não mexia no meio campo. É verdade que Varela tinha entrado a pouco tempo, mas tendo em conta que James é explosivo no contra-ataque e que os defesas russos preocupavam-se com Hulk teria sido talvez o melhor a fazer. Mas Vítor Pereira optou por deixar Varela em campo, retirou James e fez entrar Souza que passou a jogar no lugar de Fernando e este a defesa direito. Podia ter corrido bem? Podia, mas não correu. Também é verdade que não sabemos, nunca saberemos se o resultado teria sido outro caso as alterações tivessem sido diferentes. Depois creio que Defour entrou tarde. Não creio que a opção de entrar de início Belluschi não foi boa, mas eu, se fosse o treinador, teria jogado com o belga de início. Com tudo a correr mal os golos do Zenit acabaram por surgir. Quero salientar que apesar de não estar de acordo com as substituições do treinador e de não as perceber, não o posso crucificar, porque não sei se no lugar dele fazia o mesmo que ele fez. E só me resta dizer: que rico presente de aniversário, dragão.

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