terça-feira, 25 de outubro de 2011

Reportagens Sobre a Gala dos Dragões de Ouro

“Dragões de Ouro encheram Coliseu de "portismo"

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A gala dos Dragões de Ouro realizou-se na noite desta segunda-feira, no Coliseu do Porto, com os 16 troféus a serem entregues entre manifestações de grande portismo.

A cerimónia terminou com a interpretação do hino do FC Porto por todos os artistas convidados para a gala, depois do discurso do presidente Pinto da Costa.

"Esta festa só foi possível pelo excelente naipe de Dragões de Ouro que tivemos este ano. Fiquei muito feliz por termos tido aqui

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connosco o Pôncio Monteiro, ele esteve aqui connosco". O presidente do FC Porto dirigiu-se a André Villas-Boas, afirmando que o "prémio vai para quem o merece", para depois lhe lançar o desafio de escrever uma biografia chamada "A cadeira de sonho", disponibilizando-se para escrever o prefácio, se o livro sair "nos próximos 30 anos".

Antes, procedeu-se à entrega dos prémios, com o Dragão de Honra Manuel Salgado a receber o troféu das mãos do presidente.

Pinto da Costa entregou também os prémios a André Villas-Boas, à viúva de Pôncio Monteiro, num dos momentos mais emotivos, com toda a plateia a apludir de pé, e à Unicer/Pires de Lima.

André Villas-Boas, que recebeu uma monumental ovação, assumiu que foi a primeira vez que se sentiu nervoso em público, e entregou uma lembrança ao presidente do FC Porto. "Se há alguma coisa que nos distingue é queremos sempre mais", disse o ex-técnico do FC Porto, que leu um emocionado discurso

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de fé portista e se despediu com um abraço ao presidente Pinto da Costa.

Os ministros Miguel Relvas e Aguiar Branco entregaram os prémios a Hulk e a João Moutinho.

Imediatamente antes, realizou-se a Festa dos Campeões, momento em que as 11 equipas que se sagraram campeãs na última temporada foram homenageadas, com destaque para a equipa de desporto adaptado, aplaudida de pé.

Lista dos Dragões de Ouro 2010/2011:

Filiais e Delegações: Alfândega da Fé (nacional) e Venezuela (internacional)

Dirigente: Ilídio Pinto

Carreira: Celestino Oliveira

Funcionário: Rui Carvalho

Treinador: André Villas-Boas (futebol)

Atleta: João Moutinho (futebol)

Futebolista: Hulk (futebol)

Atleta de alta competição: Reinaldo Ventura (hóquei em patins)

Atleta amador: Manuel Santos Oliveira (bilhar)

Revelação: James Rodríguez (futebol)

Atleta jovem: Christian Atsu (futebol)

Sócio/adepto: Paulo Teixeira Pinto

Parceiro: Unicer

Projecto: Dragon Force”

Em

www.fcporto.pt

“Villas-Boas no palco de sonho

ANDRÉ MORAIS

ANTÓNIO M. SOARES

André Villas-Boas ouviu a ovação da noite, mal pisou o palco do Coliseu para receber o Dragão de Ouro que o distinguiu como Treinador do Ano. Vítor Pereira foi dos primeiros a levantar-se para aplaudir o seu antecessor, depois de ambos terem trocado algumas palavras no decorrer da cerimónia. Mas, ainda antes de puxar pela cábula onde trazia um discurso para a ocasião, Villas-Boas confessou-se nervoso. "É um regresso a casa, um sentimento especial e uma honra receber um prémio no meio de tantas pessoas que conheço da minha juventude". Apesar de ter sido o último a chegar ao Coliseu, já a cerimónia tinha começado, o agora técnico do Chelsea prendeu toda a plateia, depois de entregar um relógio com dedicatória a Pinto da Costa, que lhe entregou o Dragão de Ouro, num reencontro selado com um abraço. "Quando me permiti reflectir sobre o que nos tinha levado ao sucesso na época passada", declarou André Villas-Boas no discurso que fez logo de seguida, "cheguei à conclusão de que o portismo esteve sempre presente desde o primeiro dia", sublinhou, tocando em todos os aspectos decisivos para que a campanha vitoriosa fosse alcançada, mas sobretudo destacando os seus jogadores, que aplaudiu de pé, quando foram chamados ao palco para receber a taça de campeões nacionais: " Ninguém recuava, sonhávamos, acreditávamos sempre mais e depois seguíamos convictos. Dúvida não, mas luz, realidade e sonho que na luta amadurece. Apoiados no talento e sabedoria de cada um, avançámos no dilúvio, na neve, no inferno e na catedral triunfámos, deram tudo por nós esses atletas, transpirados, mas sempre inspirados, criativos e livres, encontraram sempre o caminho certo. E ganhámos muito, dirão alguns; pouco, dirão outros; o suficiente e o esperado, dizemos todos nós, porque, se há algo que nos distingue como portistas, é querermos sempre mais e, por isso, ganhamos mais vezes e somos recordistas".

A estrutura do FC Porto não foi esquecida: "Fora do olhar comum, a estrutura Porto, qual baluarte unido, formado para a vitória, liderado exemplarmente, só tem um objectivo, garantir as máximas condições de sucesso para quem no clube trabalha, sem ela nada funciona, com ela tudo se mescla, todos se interrelacionam, porque sabem que todos dependem de todos, o esforço de um contagia os outros". Pelo meio, num momento em que a plateia completa estava mergulhada no silêncio, André Villas-Boas enalteceu o papel de Pinto da Costa: "Na perseverança de um presidente, temos um exemplo de vida, a nossa relação não foi enciclopédica, foi muito mais do que isso, foi emoção transmitida pelo gesto e pelo olhar, pela confiança e pela gratidão".

A terminar, o treinador que conduziu o FC Porto a quatro títulos não conteve o orgulho pelo momento, ele que tantas vezes tinha dito estar sentado na sua cadeira de sonho quando conduziu a equipa. "É uma honra e um orgulho estar entre vocês e receber um prémio desta envergadura. Qualquer prémio atribuído a um indivíduo num desporto colectivo é, e sempre será, algo ingrato e injusto. Por isso, partilho-o convosco. Assim fomos educados, todos decisivos na obtenção do nosso sucesso, todos decisivos no nosso compromisso com a vitória. De azul e branco essa bandeira avança, de azul branco indomável e imortal, como não pôr no Porto uma esperança se daqui se fez o nome de Portugal", terminou, citando o poeta Eugénio de Andrade e arrancando mais uma ovação da plateia do Coliseu, antes de sair da sala para ser fotografado na zona mista.

João Moutinho

"Espero continuar a dar alegrias"

Logo na primeira temporada de azul e branco, João Moutinho recebeu o Dragão de Ouro que distinguiu o Atleta do Ano. O internacional português não escondeu o "orgulho enorme", pelo galardão, interpretando-o como uma "retribuição pelo trabalho desenvolvido ao longa da época passada". Mas o médio não se sente satisfeito e depois de somar quatro troféus em 2010/11, deixou um desejo para a temporada em curso: "Espero continuar a dar alegrias ao FC Porto, depois de termos tido um ano extraordinário em que ganhámos quase tudo. É uma enorme felicidade, tenho de agradecer a quem me nomeou e trabalhar para merecer mais distinções", referiu. João Moutinho sublinhou que a equipa não está cansada de ganhar, sublinhando a vontade de manter o sucesso. "Temos de continuar a querer ainda mais. Há muita coisa em disputa este ano e temos de continuar a lutar porque este clube só sabe lutar para conquistar e é isso que vai continuar a fazer", assegurou.

A par de João Moutinho, Hulk foi uma das grandes figuras da noite. Agora com o "look" novo, o brasileiro já tinha o seu lugar na história do clube garantido, por ser o primeiro a receber um Dragão de Ouro pela segunda vez na mesma categoria. Moutinho aplaudiu a decisão. "É merecido pelo que fez no ano passado, pelo que conseguimos no ano passado, acho inteiramente justo e tenho de lhe dar os parabéns", sustentou.

Facto marcante do último jogo do campeonato com o Nacional foi a condição de suplente de João Moutinho, depois de ter confessado não se sentir ao seu melhor nível após o empate caseiro com o APOEL (1-1). O médio acabaria por entrar na recta final do encontro com os madeirenses e ainda foi a tempo de assistir, primeiro Kléber e, depois, Hulk para um golo de classe do brasileiro, que estabeleceu o resultado final (5-0). Claramente tranquilo para o que aí vem, João Moutinho remeteu todas as explicações quanto à sua condição na equipa para Vítor Pereira, não deixando transparecer qualquer tipo de constrangimento por se ter sentado no banco. "Fui suplente, mas o mister é que sabe, ele é que tem justificar se quiser, ele é que toma as decisões", insistiu, antes de virar agulhas de novo para a gala dos campeões nacionais: "Mas hoje [ontem] estamos aqui para falar dos Dragões de Ouro, espero que a festa corra bem para começarmos já amanhã [hoje] a pensar no Paços de Ferreira".

Hulk

"Já tinha dito que não há crise"

ANDRÉ MORAIS

A goleada ao Nacional mantém-se na ordem do dia e serviu para Hulk desmentir aqueles que dizem que o FC Porto vive um momento complicado. Crise? "Já tinha dito que não havia crise no FC Porto. É verdade que não esperávamos o mau resultado da Liga dos Campeões, mas ontem [domingo] já conseguimos apagar com uma boa resposta", disse à chegada ao Coliseu do Porto, onde recebeu pelo segundo ano consecutivo o prémio de futebolista do ano, feito inédito num clube em que habitualmente o Conselho Cultural varia as distinções.

Pelo momento que o Incrível atravessa, o tri não será impossível. É esse o objectivo? "Não", riu. "O que interessa é ser campeão nacional. Vamos continuar a trabalhar com toda a humildade, como fizemos ontem [domingo]. Com o Nacional trabalhámos todos bem e é o que pretendemos para o resto dos jogos, para chegar ao fim e sermos campeões", explicou. "Agora vamos já pensar no jogo de sexta-feira, contra o Paços de Ferreira", prosseguiu, para concluir o assunto.

Especial foi o reencontro com André Villas-Boas, não só aproveitado para matar saudades, como para trocar alguns dedos de conversa. Mas não se pense que a conversa teve como tema uma eventual mudança para Londres, até porque o Incrível já muitas vezes disse estar bem no FC Porto. "Foi bom para matar um pouco de saudades", concordou. "Desejo-lhe tudo de bom. Que tenha muita sorte no Chelsea", vinca. E, tal como o seu, o prémio de treinador do ano para o ex-treinador do FC Porto não merece contestação. "É justíssimo. Pelo que fez o ano passado, sem dúvida que é merecido", concordou.

E por falar em prémios, o jogador fez questão de distribuir o que ontem levantou pelos colegas de equipa. "Divido-o com os meus companheiros. Sem eles não teria conseguido", referiu, já depois de sorrir e confessar o "orgulho" por ter sido "o primeiro a receber dois dragões de ouro consecutivos."

Dupla do ataque inseparável na plateia do Coliseu do Porto

Hulk foi dos mais requisitados à chegada, já mais tarde do que as 20h30 previstas e na companhia de alguém muito especial. Não que a sua mulher não o seja, mas falamos de Walter, o novo companheiro de ataque, com quem se entende na perfeição, pelo menos fora do campo. No plantel, os laços entre os dois brasileiros são dos mais fortes que se estabeleceram e por isso também aos dragões de ouro a dupla chegou lado a lado. Uma relação para aperfeiçoar no relvado, agora que jogam juntos. Em Coimbra, já foi de Hulk o passe para o golo de Walter. Contra o Nacional não se viu semelhante entendimento, mas contra o Paços de Ferreira poderá haver nova oportunidade.

"Faço o prefácio se for nos próximos 30 anos"

A cerimónia encerrou com um curto discurso de Pinto da Costa que começou por agradecer a presença dos convidados, da política ao futebol e passou em revista, um a um, os premiados da noite. O momento alto foram as palavras dirigidas a Villas-Boas. "Fico muito feliz por o Dragão de Ouro de treinador ter sido atribuído por unanimidade a quem não podia deixar de ser. A ti, André, quando um dia escreveres as tuas memórias, dá-lhe o título "A minha cadeira de sonho" porque sei que essa foi a tua cadeira de sonho e que o disseste com o amor que tens ao FC Porto. Será sempre a tua cadeira de sonho que te fará sentar em muitas outras cadeiras. E se as escreveres nos próximos 30 anos, se quiseres, faço o prefácio", brincou.

Pinto da Costa dirigiu-se ainda a Atsu, atleta jovem do ano, de quem disse "muito esperar" no futuro, acrescentando o mesmo a James, a revelação do ano. Seguiu-se Hulk: "O Incrível que admiramos e que por tanto valor que tem é constantemente perseguido", atirou, virando-se para João Moutinho. "Um atleta à Porto, mesmo antes de o ser. Será um Dragão de Ouro à Porto e cada vez mais um símbolo do clube", frisou, reservando ainda palavras em memória de Pôncio Monteiro, a recordação do ano. "Ele esteve aqui connosco".

Dragões de ouro estrearam-se num coliseu cheio de campeões

A gala mudou de palco para a sala mais nobre da Cidade Invicta e nem a chuva arrefeceu o entusiasmo dos portistas, sobretudo os galardoados da noite. Antes da entrega dos Dragões de Ouro, os campeões nacionais nas várias modalidades foram homenageados, altura em que Gilberto Madail ofereceu ao plantel principal o troféu da FPF. Pinto da Costa entregou quatro prémios e emocionou-se com a subida ao palco da viúva de Pôncio Monteiro. Mas o momento alto foi o abraço a Villas-Boas.

Campeões homenageados

A gala começou com uma homenagem aos portistas que venceram títulos nacionais, nas várias modalidades, na época passada. Foram mais de 200 campeões a desfilar, com três momentos altos: a recepção aos atletas do desporto adaptado; o enorme aplauso aos decacampeões de hóquei em patins; e, finalmente, a homenagem aos campeões nacionais de futebol. Quando estes subiram ao palco, Villas-Boas foi o primeiro a levantar-se da cadeira para bater palmas aos seus antigos jogadores. De seguida, Gilberto Madaíl, presidente da FPF, a Helton a taça de campeão da época passada. O brasileiro agradeceu e falou em nome de todas as modalidades. "Esta homenagem é um orgulho para todos os que chegaram ao fim de uma época em que trabalharam para atingir os objectivos", referiu, deixando, também, uma mensagem aos adeptos. "Que continuem a ser Porto. Torcer pelo clube é fácil, mas ser Porto é mais complicado, é preciso ter disposição para isso", atirou.

Pinto da Costa estreou passadeira e foi aplaudido

Pinto da Costa foi o primeiro a pisar a passadeira azul. Acompanhado por Fernanda Miranda nunca escondeu um largo sorriso. Antes, e ainda na rua, o presidente já havia sido muito aplaudido pelos populares à porta do Coliseu.

Dois ministros e alguns políticos entre muitos VIP

Miguel Relvas, ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, o portista José Luís Aguiar Branco, ministro da Defesa, os deputados Alexandre Mestre e Marco António Costa representaram o Governo. Presentes ainda os ex-presidentes da Câmara do Porto, Fernando Gomes e Nuno Cardoso; Gilberto Madail, Valentim Loureiro, Joaquim Oliveira.

Prémio a Atsu na mão de Rolando

Atsu, atleta jovem do ano, recebeu o prémio pelas mãos de Rolando, um dos capitães da equipa onde o ganês esteve na pré-época antes de ser cedido ao Rio Ave.

Troika fechou a gala

Pinto da Costa, Antero Henrique e Villas-Boas foram os últimos a abandonar a sala, depois de alguns minutos de confraternização, sinal de que a saída do treinador não deixou marcas.

Reinaldo Ventura [Atleta de alta competição do Ano]

"É um orgulho enorme"

"Este Dragão é muito importante, já tinha recebido um há 14 anos, mas é um orgulho enorme receber um prémio dado pelo meu clube de sempre. São já 21 anos a dedicar-me com orgulho ao FC Porto e só foi pena não termos ganho a Liga dos Campeões na época passada, teria sido a cereja no topo do bolo".

James rodríguez [Atleta revelação do ano]

"Espero manter o nível"

"Acho que não foi rápido, mas quando trabalhamos bem e treinamos bem, colhem-se os frutos. É muito importante para mim e só espero manter o nível esta época. Sou jovem, ainda tenho muito que aprender para um dia poder jogar noutros campeonatos. Mas quero estar bem, não me lesionar e poder seguir em frente".”

Em

www.ojogo.pt

Vídeos da Gala

http://www.fcporto.pt/Videos/noticiavideo_vd_dragoesouro_251011_64732.asp

http://www.fcporto.pt/Videos/noticiavideo_vd_dragoesouro_251011_64732.asp

http://www.fcporto.pt/Videos/noticiavideo_vd_dragoesouro_251011_64732.asp

http://www.fcporto.pt/Videos/noticiavideo_vd_dragoesouro_251011_64732.asp

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