“«No final, a polícia fez uma detenção, presumivelmente de
um adeptos inglês»”
Foi desta forma que o jornal abola se referiu aos incidentes
ocorridos ontem no estádio da luz, na zona destinada aos adeptos benfiquistas. É
lamentável como um jornal desce tão baixo. Como é possível ainda terem dúvidas?
O que raio estaria a fazer um adepto inglês no meio dos adeptos adversários?
Foi lá parar por engano? e ele lá sozinho não ia ficar caladinho? Tem vergonha,
ou será medo? De dizer que foi um adepto benfiquista quem foi detido? Acho que
esses senhores deviam ganhar juízo ou melhor ainda, deixarem de escrever tretas
tão grandes, acreditem que era um grande favor que faziam a malta que tem
cabeça para pensar...
Mas há mais. As análises deturpadas dos jogos, isto é,
dizerem que treinadores que tem tácticas idênticas estiveram bem frente ao FC
Porto e frente ao Benfica estiveram superdefencivos. Falo concretamente do que
se disse e escreveu relativamente à táctica do treinador do Olhanense a quando
da ida dos algarvios ao Dragão; e do que se disse de Pedro Emanuel quando a
Académica defrontou os encarnados.
Uma situação bem mais recente é descrita desta forma pelo
caro Vila Pouca, do blog dragaodoente:
“Benfica-Rio Ave versus Académica-F.C.Porto; Nuno Espírito
Santo versus Pedro Emanuel; segundo a descomunicação social, paineleiros,
comentadores, colunistas
e até treinadores, considerados catedráticos no terceiro
mundo.
Nuno, inventou, fez experiências, alterou o modelo, passou de
uma defesa a quatro trabalhada e consolidada, para uma defesa com três
centrais, deu-se mal, sofreu logo um golo aos 11 minutos, outro aos 15 e apesar
da defesa estar toda baralhada já nessa altura e o meio-campo ser uma
passadeira vermelha, não
alterou nada, só mexeu ao intervalo, quando já perdia por
3-0
e o resultado estava feito. Acabou com nove e a perder por
6-1. No entanto, apesar deste total descalabro, Nuno foi muito elogiado. Entre
tantos elogios
e condescendência, refiro por exemplo, o que disse o
catedrático do terceiro mundo: «Nuno é a excepção à regra, do guarda-redes que
deu bom treinador.»
Resumindo, Nuno e o Rio Ave elogiados, baquearam
contundentemente por mérito absoluto do
Benfica.
Pedro Emanuel, também alterou, mas para tracção à rectaguarda,
dois defesas-direitos e dois defesas-esquerdos, quatro em vez de três no
meio-campo, dois avançados a pressionarem os centrais do F.C.Porto e que
rapidamente recuavam para fechar, ficando a Académica com 11 atrás da linha da
bola. Ao contrário
do Nuno, mal o Pedro, porque não fez nada entre o primeiro
golo e segundo golo - um aos 15 e o outro 52 -, mesmo que com 1-0 tudo pudesse
acontecer. Não
há nenhum mérito do F.C.Porto na vitória, o conjunto de
Vítor Pereira não teve nada a ver com o mau jogo da Briosa, tudo se deve ao
péssimo jogo dos estudantes
e às opções erradas do seu técnico.
Foi assim que foram analisadas as prestações que envolveram
os jogos do F.C.Porto e Benfica no último fim-de-semana. Pena e para atrapalhar
um bocado todas
estas teorias, a goleada de ontem do
F.C.Porto
à equipa do foz do
Ave. É, a equipa portista, fez, disse e repito, um mau jogo, a primeira-parte,
então, foi péssima, mas mesmo assim goleou o muito badalado
Rio Ave, do muito badalado
Nuno Espírito Santo.”
Pois é, tem dois pesos e duas medidas! Literalmente! É como
escreveu o caro Vila Pouca: “Mais equilíbrio e isenção. Vocês não falam apenas
para benfiquistas e os portistas são gente inteligente.” Nem mais e como tal,
percebemos perfeitamente as diferenças de tratamentos e claro que isso nos
revolta – espero que revolte também o plantel, se não revolta, deveria.
1 comentário:
Enviar um comentário