Contas Complicadas na Passagem à Próxima Fase
Ao final de tarde desta Quinta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Borussia Dortmund, em jogo a contar para a primeira mão dos
dessásseisavos de final da Liga Europa. No final do encontro verificou-se a
derrota dos Dragões por 2-0.
Para este encontro Peseiro apostou num onze composto por:
Casillas; Varela, Layun, Martins Indi e José Ángel; Ruben Neves, Herrera e
Sérgio Oliveira; Marega, Aboubakar e Brahimi
O FC Porto até entrou bem em jogo, pertencendo aos Dragões o
primeiro canto da partida, logo ao primeiro minuto. Contudo, os alemães
depressa impuseram o seu jogo e ao minuto 6, ativaram o marcador, num lance em
que Casillas ainda conseguiu defender o primeiro remate, mas não conseguiu
impedir a recarga. A partir desse momento o FC Porto ficou na espectativa,
enquanto que os alemães dominavam e controlavam o jogo tranquilamente,
procuraram ameaçar a baliza portista, mas sem sucesso. Passada meia-hora, os
Dragões começaram a conseguir ter alguma posse de bola, sem contudo terem sido
capazes de criar perigo junto da baliza adversária.
Após o início do segundo tempo Peseiro procurou refrescar o
meio-campo de modo a procurar melhorar a transição ofensiva, mas sem sucesso.
Do outro lado o Borussia, que continuava a controlar o jogo, acabou por ampliar
a vantagem ao minuto 71, num lance em que a bola desviou em Indi, traindo
Casillas. Já perto do final os alemães atiraram uma bola ao poste da baliza
portista e o guardião espanhol foi chamado a intervir para evitar o terceiro
golo. Do outro lado, já ao minuto 90, Suk teve nos pés a melhor oportunidade
para reduzir a desvantagem, contudo, o guarda-redes adversário não o permitiu.
Ninguém esperava facilidades neste jogo, primeiro porque o
Borussia Dortmund, é uma fortíssima equipa e segundo, porque sabia-se que
Peseiro ia ter de fazer alterações. Mas provavelmente esperava-se que o
treinador portista mexesse menos. Confesso que a única alteração que me deixou
a pensar em qual seria a sua lógica, foi a troca de André André por Sérgio
Oliveira, sobretudo devido ao facto do segundo ter pouco ritmo de jogo.
Naturalmente que pelo facto da equipa estar remendada, as
dificuldades aumentaram consideravelmente o que obrigou a ficar na espectativa
e a procurar defender muito mais do que atacar. Contudo, esperava-se que nas
raras ocasiões em que o FC Porto tinha bola junto da área adversária fosse mais
rápido, o que não foi o que sucedeu em, pelo menos duas jogadas, em que os
jogadores demoraram à espera de algo e perderam a chance de criar perigo. Não
pode ser, nestes jogos não há como facilitar, porque desaproveitar
oportunidades para criar perigo é sinónimo de não conseguir fazer golos. O FC
Porto não perdeu este jogo por falta de garra por parte dos seus jogadores que
procuraram, como puderam, travar o adversário, mas sim porque os Alemães são,
realmente e como todos nós sabíamos, uma equipa forte.
Na próxima semana há a segunda parte desta partida no
Estádio do Dragão, mas desde logo sobra a sensação de que o FC Porto tem uma
tarefa muito complicada pela frente para conseguir lutar por um lugar na
eliminatória seguinte. Cabe, pois claro, aos Dragões demonstrarem,
inequivocamente, que querem procurar alcançar a passagem à próxima fase e fazer
da dificuldade força. Vamos acreditar?
PS. Fico sempre muito satisfeita quando, em jogos
internacionais, consigo ouvir os adeptos do meu clube a apoiar a equipa. Por
isso, uma vénia às cerca de 4000 gargantas portistas que marcaram presença no
Estádio do Borussia Dortmund.
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