sexta-feira, 26 de abril de 2019

Crónica e Análise: Rio Ave 2 – FC Porto 2


1 – Crónica

No início de noite desta sexta o FC Porto deslocou-se ao terreno do Rio Ave, em jogo a contar para a 31ª jornada da I Liga. No final do encontro verificou-se um empate a 2.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Casillas; Éder Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles; Danilo, Herrera e Otávio; Brahimi, Marega e Corona.
Foi o Rio Ave, ao minuto 6, quem criou perigo junto da baliza de Casillas, que viu a bola ir por cima. Com o passar dos minutos o FC Porto começou a conseguir soltar-se um pouco mais e ao minuto 18, Brahimi colocou os Dragões em vantagem. Ao minuto 22 a vantagem portista no marcador aumentou, Marega atirou, a bola desviou num defesa contrário e acabou dentro da baliza. Já perto do intervalo, Brahimi ficou perto de marcar, mas não foi bem sucedido.
O Rio Ave entrou melhor no segundo tempo e ao minuto 49 ficaram muito perto de reduzir a desvantagem, com a bola a passar por cima da baliza portista. Ao minuto 55, os Dragões responderam e ficaram muito perto do terceiro golo, no entanto, Brahimi viu um jogador contrário evitar os festejos portistas. O FC Porto dedicou-se a gerir o jogo, mas não o fez com eficácia, já que no espaço de 5 minutos, 85 e 90, o Rio Ave anulou a desvantagem e empatou o jogo.
Com este resultado o FC Porto soma 76 pontos e fica, provisoriamente, na liderança do campeonato à espera do desfecho do jogo do Benfica.

2 – Análise

Não se esperava um jogo fácil e, de facto, não o foi, porque o Rio Ave nunca virou a cara a luta. Parecia que os Dragões tinham conseguido ultrapassar as dificuldades e colocaram-se em vantagem. No entanto no segundo tempo os portistas deram espaço para que os vila-condenses criassem perigo e acabassem por fazer dois golos em 5 minutos. Ou seja, o FC Porto perdeu pontos por culpa própria e é isso que mais me revolta. Uma equipa que quer ser campeã não pode escorregar numa jornada importante na corrida final, sobretudo quando estava com dois golos de vantagem. Não pode ser, uma equipa que quer ser campeã não pode desligar do jogo quando ainda há tempo para jogar. E voltaram a haver substituições que não entendi… Porque trocar Brahimi por Manafá? Porque não entrou Óliver para o lugar do argelino para tentar pensar o jogo e transportar bola? Porque até ao final ficaram três centrais em campo? São questões que ficam na minha cabeça. Bem sei que agora é fácil escrever e que nada nos garante que mesmo que as substituições tivessem ocorrido o resultado até podia ter sido exatamente o mesmo. É verdade que isto ainda não acabou, mas todos sabemos bem o que se vai passar em Braga e o FC Porto vai ficar em desvantagem pontual, mais uma vez, por culpa própria. Depois vai ser muito mais difícil. E isto é o que me custa mais.
Em suma, o FC Porto perdeu pontos por culpa própria, numa jornada em que tal não podia ter acontecido. Agora não há tempo para lamentar, resta somar os 9 pontos que faltam – sem desculpas e sem falhas – e esperar, até porque se deixamos de depender de nós foi por culpa de erros próprios. Ainda assim, estou aqui a apoiar sempre, nos bons e nos maus momentos. Vamos Porto!



4 comentários:

O Fafe do AB6 disse...

Parte 1 - Os últimos seis anos de presidência PC são, em termos futebolísticos, uma autêntica aberração, comparados com os anteriores 31 anos.
Estes últimos 6 anos, como os 3 anos de Fernando Santos, os 4 anos de Jesualdo Ferreira, o regresso de Ivic e o facto de não ter ido buscar Jorge Jesus ao Braga, quando renovou com Jesualdo - o Benfica nunca se teria reerguido e seria hoje uma sombra de si mesmo: teria sido ultrapassado pelo FC Porto a nível nacional - comprovam que PC pouco entende o futebol jogado e dependeu sempre das escolhas dos directores de futebol e dos treinadores.
Para um Presidente, que ter Marega é a mesma coisa que ter Gomes, Oliveira, Seninho, Costa, Domingos, Kostadinov, Madjer, Artur, Falcão, Derlei, Lisandro, Futre, Jardel, Edmilson, Drulovic, Varela, Hulk, Quaresma, McCarthy, Folha, Jorge Couto, Sérgio Conceição, etc … e que ter Herrera é mais do que ter Custódio Pinto, Pavão, Rodolfo, Otávio Machado, Frasco, André, Jaime Magalhães, Sousa, Rui Filipe, Semedo, Emerson, Anderson, Fernando, Doriva, Paulinho Santos, Deco, Maniche, Alenichev, Moutinho, Belluschi, Zahovic, James Rodriguez, Costinha, Guarin, Timofty, etc. etc …, é óbvio que estes últimos seis anos nunca poderiam ser diferentes.
Seis anos de uma mediocridade sem paralelo na anterior história do FCP e completamente distorcidos da realidade e da matriz futebolística herdada de Pedroto que se manteve, apesar de alguns sismos, até ao último ano de Vítor Pereira.
Não se esqueçam: são seis anos.
Seis anos de catástrofe, que têm um rosto e um ponto em comum: Herrera.
Quem vê – e não ouve ou não lê – futebol, percebe muito bem que Herrera é um médio medíocre, que erra opções e passes que não se erram nos regionais e que com as suas desmarcações anárquicas, gera desequilíbrios e buracos no meio campo insanáveis, mesmo contra equipas mais fracas. Essas desmarcações anárquicas, numa perspectiva de que todas as opções atacantes têm Marega como objectivo único, então, são mesmo fatais, porque Marega em 20 bolas que receba entrega 18 ao adversário. É impensável tabelar com Marega e tentar ir receber mais à frente. É o descalabro que, até hoje, Sérgio Conceição nunca entendeu. Todos são substituídos - este ou aquele porque há que gerir o esforço – mas nunca Marega, nunca Herrera, como se ambos fossem o destino que marca a hora. Até o são, pois neste últimos seis anos a mediocridade colectiva tem sido uma constante e, a mediocridade de ambos, é marca sem paralelo nas históricas épocas de domínio dragoniano.
Abram os olhos e nunca esqueçam Liverpool, Benfica, Besiktas, Rio Ave, Vitória Guimarães, Moreirense e … muitos mais.
Curioso que Sérgio Conceição até conseguiu que a equipa jogasse aquele futebol colectivo, com domínio completo do meio campo e um futebol atacante de excelente envolvimento, bem marcado no ADN portista: sempre com um factor comum … sempre que, sem Marega e sem Herrera.
(continua)

O Fafe do AB6 disse...

Parte 2 - Desde Pedroto, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Robson, Oliveira, Mourinho, André Villas Boas e até Vitor Pereira, todos sabiam que só com o futebol apoiado e de posse de bola, as equipas portuguesas poderiam discutir o resultado com as equipas inglesas e alemãs. Sérgio Conceição, decidiu jogar com o Liverpool, com linhas recuadas, meio campo anárquico e biqueirada para frente, com imensa fé no intragável Marega – tenho a certeza de que Usain Bolt é muito mais rápido e melhor jogador do que Marega, para além de uma visibilidade incrível a nível mundial. Porque Sérgio Conceição nunca quis Usain Bolt? – e os resultados já se sabe quais foram e qual foi, também, o resultado com Benfica no Dragão, em jogo de capital importância para a conquista do título.
Não me venham com o XauPenta, porque o ano passado não foi diferente deste ano. O XauPenta só foi possível por milagre, porque pela competência de Sérgio Conceição ele nunca teria existido e o Benfica iria comemorar, este ano, o recorde dos recordes … o hexa.
Sérgio Conceição nunca será o leader da nossa revolução, na reconquista do nosso ADN futebolístico.
Sérgio Conceição que, com António Oliveira, deu 5 limpos em pleno estádio da Luz, não sabe e nunca soube como tal foi possível. Não aprendeu nada. Eu tenho uma certeza: com Marega e Herrera, esse resultado seria eternamente impossível.
E os nossos putos? E os nossos outros putos, que por haver Maregas e Herreras se foram e nos deixaram (incluindo João Félix)? Acham que são piores do que as estrelas que hoje brilham no Ajax? O que seria de todos esses nossos putos, o que seria do nosso FC Porto se o nosso treinador, destes últimos seis anos, se chamasse Erik ten Hag?
Com todos esses nossos putos, eu reafirmo o que já disse há 2 anos. Eu escolheria para treinador o Xavi (ex-Barcelona), independente do seu currículo. Porquê? Porque penso que Xavi, como jogador, era muito inteligente e que, por isso, não teria dificuldade alguma para impor no FC Porto o ADN do barça de Guardiola (não muito diferente do nosso ADN, que parece esquecido de todos, mesmo daqueles que tinham obrigação de nunca dele se esquecerem).
A questão é que muitos desses putos – alguns muito brilhantes – já se foram e não foi por culpa minha.
Não haja dúvidas: ou a REVOLUÇÃO ou a mediocridade, aqui e ali remendada e sempre ao sabor dos acontecimentos.
Que saudades eu tenho de ti, senhor José Maria PEDROTO!!!

O Fafe do AB6 disse...

Parte (1)

Publicado pelo "O Fafe do AB6", em 10 de outubro de 2018 às 10:54, no blogue "Porto Universal"

" Não quero ir ao Coliseu ou ao Sá da Bandeira ver qualquer espectáculo, nem quero que o treinador do FC Porto ridicularize as opiniões dos seus adeptos e sócios ou os humilhe com exibições futebolísticas deprimentes e horripilantes, por sua única e exclusiva responsabilidade e por obstinada opção por um modelo de jogo que, além de ser pior que nada, é digno do futebol regional e amador. A sorte esgotou-se na época passada.
Não quero que o FC Porto discuta os jogos, palmo a palmo, com os adversários que lutam pela manutenção: não quero que o FC Porto perca, constantemente, a bola a cada 2 segundos ou ao fim de 2 toques: não quero que o FC Porto dependa de um jogador que, em cada dez bolas recebidas, perca oito de forma tosca e hilariante (Marega): não quero que o FC Porto dependa, na construção e fluidez do seu jogo, do pior médio titular da história do FC Porto, que, em cada dez passes de lana-caprina, falha oito por indiscutível mediocridade, de forma displicente e anedótica (Herrera): Não quero que o melhor construtor titular desta época (Octávio) vá à Luz jogar como muleta do trinco, amordaçado e atado, só porque sua excelência acha que a mediocridade de Herrera é a solução para desbloquear e aniquilar a fortaleza da águia de rapina ou do molusco tentacular. … Ainda não percebeu que o golo do ano passado na Luz, foi um achado de ocasião, como muitos que existem por esses jogos regionais em todo o país. Aliás, o mesmo trambolho, também este ano, na Luz, teve duas chances, mais ou menos parecidas, que também deram golo, mas de rugby.
Não quero que sua excelência justifique as suas opções entre a qualidade e a mediocridade, com o treino, pois assim terei a certeza que os Maxis, Herreras, Maregas, Chaínhos, Paredes, e outros que tais, seriam sempre titulares indiscutíveis … e que Oliveira, Jaime Magalhães, Futre, Madjer, Domingos, Kostadinov, Drulovic, Deco, Alenitchev, Belluschi, James e Óliver seriam, constantemente, utentes do banco ou da bancada.
Quero que o FC Porto, único penta campeão português do futebol profissional, bi-Campeão Europeu, bi-Campeão do Mundo, bi-Vencedor da Taça UEFA e Vencedor da Supertaça Europeia, assuma a sua história, o seu ADN e o seu estatuto de candidato crónico às vitórias em qualquer jogo, em qualquer estádio e em qualquer competição e com futebol de qualidade.

(continua)

O Fafe do AB6 disse...

Parte (2)

Quero que, sobretudo, honre o nome e a qualidade e inteligência futebolística, de nomes, como Virgílio, Miguel Arcanjo, Pedroto, Hernâni, Carlos Duarte, Américo, Pavão, Custódio Pinto, Cubillas, Nóbrega, Jaime, Djalma, Gabriel, Rodolfo, Octávio, Séninho, Oliveira, Gomes, Frasco, Costa, João Pinto, Jaime Magalhães, Jaime Pacheco, André, Sousa, Futre, Madjer, Juary, Branco, Baía, Domingos, Kostadinov, Jorge, Costa, Jardel, Drulovic, Paulinho Santos, Deco, Maniche, Derley, Alenitchev, Moutinho, Hulk, Falcão, Belluschi, James, Guarin, etc. etc …
Não é possível acreditar na crença e fé de Sérgio Conceição, de que o futuro será melhor. Ele está a mentir, porque irá manter a mesma táctica, os mesmos jogadores e a mesma forma de abordar os jogos – sem preocupação pela qualidade e pela inteligência futebolística – pontapé para a frente e fé em Marega, que não é mais veloz que Usain Bolt, mas que, provavelmente, é bem pior, que o Jamaicano, em termos técnicos. E irá preservar como insigne e insubstituível maestro – de quem depende a construção de jogo – o perneta e trambolho Herrera – o tal que é o rosto mais visível do miserabilismo e mediocridade exibicional de mais de cinco anos.
Onde chegaria Galeno e o que diriam os media da capital se fosse jogador do Benfica? Um novo Neymar? Acho que o FC Porto deveria antecipar-se aos rivais e contratar Galeno na janela de Janeiro. … o quê? Galeno é jogador do FC Porto? Não acredito … ou melhor acredito, tenho de acreditar … não venderam Herrera e Marega por 30 milhões cada, mas despacharam sem pestanejar Ruben Neves e André Silva … Viva a mediocridade que corre, se mata e se esfola nos treinos, pois é com os trambolhos que iremos recuperar a glória.
Até parece que a história foi apagada ... "

Até parece que foi escrito para hoje ...