domingo, 18 de setembro de 2011

Crónica e Análise: Feirense 0 – FC Porto 0

1 – Crónica

O Resultado da Ineficácia é a Perda de Pontos

No final de tarde de hoje o Feirense recebeu o FC Porto em casa emprestada, no Estádio Municipal de Aveiro, em partida a contar para a quinta jornada da liga. No final do encontro verificou-se um empate a 0.

O FC Porto apresentou-se perante o Feirense com algumas alterações no onze inicial, umas devido a lesões, outras por opção. Uma dessas alterações foi a estreia de Mangala em detrimento de Otamendi – o argentino ficou no banco, quando seria espectável que fosse o titular. Vamos ao jogo e deixemos as opções do treinador. Durante o primeiro tempo a equipa da feira surpreendeu pelo controle do jogo, o FC Porto não encontrava o caminho da baliza e as oportunidades de que os dragões dispuseram acabaram fora do alvo desejado. No segundo tempo o Feirense tentou continuar o controlo da partida e continuar a manter o equilíbrio no jogo, mas o FC Porto, a partir do minuto 55 desfez esse equilíbrio intensificando a pressão sobre os da feira. Cristian Rodríguez acertou com um remate na trave da baliza, situação que se repetiu mais próximo do final do encontro com Belluschi a ser o protagonista. Antes disso o Feirense esteve perto de marcar, num momento em que Helton estava afastado da baliza, valeu um jogador portista. Na resposta Varela não conseguiu fazer o golo. A ineficácia paga-se com a perda de pontos.

Num jogo onde a sorte e o azar estiveram presentes o FC Porto somou um ponto e devido à vitória do Benfica, ambas as equipas partem em igualdade pontual para o clássico da próxima Sexta no Estádio do Dragão.

2 – Análise

Antes do clássico frente ao Benfica, o FC Porto tinha um jogo, onde era importante somar três pontos, mas os dragões apenas somaram um. Foi um jogo sofrido e muito pouco bem jogado, com sorte e azar a mistura. A equipa acusou demasiado a ausência de Hulk, o que não justifica tudo. É certo que o incrível é um jogador fantástico, mas também é certo que a equipa tem de saber viver sem ele, porque Hulk não é de ferro, logo não é imune a lesões ou a castigos, por isso à que saber jogar e ganhar sem ele. Esperava outra resposta portista, é certo que estava a espera de um jogo complicado, mas esperava que os dragões dessem a resposta certa, assim não aconteceu. Confesso que não percebi as alterações do treinador, mas não vou ser eu a crucificá-lo. O pior é que uma desgraça nunca vem só, como se não bastasse perder pontos, ainda ficamos sem James para o clássico. Ó James, que infantilidade. De uma coisa o FC Porto não se pode queixar, apoio não faltou.

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Começando pelo fim... Mesmo que o árbitro tenha errado na expulsão de James e errou, o amarelo era mais que suficiente, ao contrário do que disse o debilóide do Valdemar Duarte, não culpem o juíz pelo empate. A culpa foi toda nossa. Começou na abordagem ao jogo e continuou na postura durante o jogo e mais, o resultado é justo. Dito isto, vamos ao que interessa...

Entre um jogo da Champions que era importante ganhar e ganhamos e outro frente ao clube do regime que também queremos vencer, sem Hulk e Alvaro, jogadores importantes na manobra da equipa, o lateral pela profundidade, o Incrível pela capacidade de desequilibrar e decidir, o F.C.Porto fez uma 1ª parte que só com um grande esforço de contenção sou capaz de qualificar. Nada se aproveitou na 1ª parte portista. Desinspiração total. Defesa tremida, meio-campo apático, lento e sem imaginação e ataque completamente inexistente e que ainda conseguiu ser pior que os outros dois sectores. É preciso recuar até aos piores tempos de Jesualdo, para me lembrar de uma exibição igual. Pareciamos um grupo de amigos que se tinham juntado, pela primeira vez, para fazer um jogo de futebol...

A segunda foi melhor na atitude, o ritmo aumentou, criamos mais lances de perigo, mas faltou organização, cabeça fria, discernimento. Foi um Porto trapalhão, sem criatividade, incapaz de massacrar e se tivemos algum azar, também e é justo referi-lo, tivemos alguma sorte. Só na parte final, mais com o coração do que com a cabeça, encostamos o Feirense lá atrás.

As razões para a péssima prestação da equipa de Vítor Pereira, começam na abordagem ao jogo. Se Hulk e Alvaro não estavam a 100% e em condições de jogar, compreendo que não tenham jogado, o plantel dá garantias, mas se já tinhamos fora dois jogadores nucleares, porquê ainda mais mexidas? Porquê a descaracterização de uma equipa que tinha vindo a jogar bem, principalmente no meio-campo? Mas continuou durante o jogo, com várias decisões que não entendo...

O que está Walter a fazer no banco? Se está no banco, é porque tem condições de jogar e com Kléber a não dar uma para a caixa, porque não sai o ex-Marítimo e entra o Bigorna? O que ficou tanto tempo Belluschi, completamente desastrado, a fazer no campo? Porque não saiu para uma simples troca com Defour, que entrou para o lugar de Rodríguez, numa altura que o uruguaio estava a melhorar e tinha mandado uma bola de cabeça à barra? Ainda, porque entrou Djalma e não Walter, quando tinhamos Varela na direita, James podia encostar à esquerda e não tinhamos ninguém na área? Então não podiamos passar o Fucile para a direita, Rolando no meio e Mangala na esquerda, ficando a jogar com três defesas, quando Sapunaru saiu em dificuldades e entrou o angolano? James no meio, tudo bem, mas com alguém com quem possa jogar, tabelar, para aparecer a finalizar. E a referência, na área, quem era? Tinhamos alas e ninguém para aparecer a dar seguimento aos cruzamentos?

Foram erros a mais, para um jogo só. Quando se erra tanto, até se pode ganhar, mas a maioria das vezes não se consegue. Foi o que aconteceu, numa noite para esquecer de todos, técnicos e jogadores.
Dito o que precisava de ser dito, assunto arrumado, é necessário olhar para a frente a aprender com os erros, para que não se voltem a repetir. A lição que fica é: todos os jogos são importantes e quando não são todos encarados da mesma forma, as surpresas acontecem. Agora, a melhor forma de ultrapassar este contratempo, é ganhar aos vermelhos e mostrar que o que aconteceu, foi uma excepção que vai confirmar a regra: um Grande Porto, em 2011/2012.

Notas finais:
Lamentavelmente, tinha dito, na antevisão, que a forma como abordassemos o jogo seria fundamental para o que seria o desenrolar da partida. Infelizmente tive razão, o que temia aconteceu... Até no cartão a James que foi muito injusto. Não critico o colombiano, foi uma reacção a quente, que só não compreende, quem nunca jogou à bola.

Os últimos são os primeiros e os únicos que hoje não fizeram falta de comparência, foram os adeptos, incansáveis no apoio. Parabéns!

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem fizemos um jogo muito fraquinho. Fizemos uma primeira parte que mais parecia um filme do Manoel de Oliveira.

Perdemos 2 pontos, por culpa própria, pois não encaramos o jogo com a devida atitude desde o apito inicial.

O lance da expulsão de James foi o culminar de um jogo para esquecer.
James levantou-se impetuosamente na direcção de Rabiola, que se aproveitou para teatralizar, levando o árbitro a expulsar o seu colega de profissão. Rabiola pelo menos no teatro terá futuro.

Kléber segundo Vítor Pereira estava tocado e por isso foi substituído.
Não compreendo porque é que Walter não entrou na partida, na qual com a pressão do Porto se adivinhavam muitas bolas perdidas na área, impondo-se por isso a sua presença à falta de melhor.

Ontem ficou claro que sem pudermos contar com Hulk, escasseiam soluções para jogar no centro do ataque.
Iturbe ainda está a marinar e tarda a aparecer, e há que decidir de uma vez por todas se Walter conta ou se é só para fazer número.

O resultado foi justo e mau antes da recepção ao Benfica.

Podíamos com uma vitória ontem e outra diante do Benfica, disparar na tabela classificativa.

Valeu o fantástico apoio dos portistas que se deslocaram a Aveiro, que não mereciam este empate.

Agora há que rever o de menos bom, melhorar e recuperar os jogadores para o jogo diante do Benfica.

Abraço

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.com

P. Ungaro disse...

Boas,

Os adeptos foram os melhores no estadio.

Primeiro penso que o Vitor Pereira não esteve muito bem nas opções, primeiro na convocatória, depois nas opções para a equipa titular e por ultimo nas substituições.
Depois a aquipa esteve apatica, a jogar a passo, sem rasgo.
Espero que o resultado sirva de exemplo para futuro.

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com