domingo, 22 de maio de 2016

Crónica e Análise: Sporting de Braga 2 - FC Porto 2; 4-2



André Silva Empurrou os Dragões Para o Prolongamento, Mas as Grandes Penalidades Tramaram os portistas

No final de tarde deste Domingo o FC Porto e o Sporting de Braga defrontaram-se no Estádio do Jamor, em jogo a contar para a final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se um empate a dois e após as grandes penalidades verificou-se a derrota dos Dragões por 4-2.
Para este encontro Peseiro apostou num onze composto por: Helton; Maxi, Marcano, Chidozie, Chidozie e Layun; Danilo, Herrera e Sérgio Oliveira; Varela, André Silva e Brahimi.
O FC Porto até entrou bem em jogo, no entanto, foi o Sporting de Braga quem ativou o marcador ao minuto 12, aproveitando mais um erro da defesa portista. Os azuis e brancos procuraram responder à desvantagem, contudo, não conseguiram fazer com que a maior posse de bola fosse produtiva.
O FC Porto voltou a entrar bem no segundo tempo e Herrera ficou perto do empate. No entanto, os minhotos chegaram ao segundo golo, em mais um lance em que a defesa portista falhou. Na resposta André Silva reduziu a desvantagem. Os minhotos procuraram segurar a vantagem mínima ao máximo, impedindo a reação portista, mais conduzida pelo coração do que pela razão. E, já depois do minuto 90 André Silva bisou, fazendo com que o jogo fosse para prolongamento.
A primeira parte decorreu sem que surgissem lances de perigo. Já na segunda o FC Porto ficou por, pelo menos, três vezes, perto do terceiro golo, sendo as três ocasiões protagonizadas por André Silva.
Não se esperavam facilidades, é certo, até porque se o futebol é imprevisível, mais ainda o é uma final. No entanto esperava-se que os Dragões conseguissem transformar as dificuldades em facilidades e trazer a Taça para o Porto. Só que isso não aconteceu, e não aconteceu porque, mais uma vez como tantas outras ocasiões ao longo desta época, a defesa cometeu erros que não se podem admitir e o Sporting de Braga aproveitou para marcar os dois golos. André Silva – obrigado miúdo, valeu o esforço – primeiro reduziu a desvantagem, depois empatou a partida e ficou perto, muito perto, de fazer o terceiro golo. É, por isso, o meu único destaque desta partida que terminou no jogo de sorte e azar das grandes penalidades. Se o Sporting de Braga foi um justo vencedor, não sei, mas o que sei é que teve sorte, a mesma que faltou ao FC Porto.
Em suma, na primeira parte os Dragões não esteve muito bem, na segunda esteve um pouco melhor, mas não foi capaz de resolver o jogo no prolongamento.




2 comentários:

Anónimo disse...

Amiga portista,

Sorte? Acho que não. Na minha opinião (é só a minha) a sorte procura-se com trabalho e conquista-se com competência e persistência...
Peseiro procurou motivar e mobilizar a equipa e não foi por aí que a equipa portista cedeu. A estratégia/táctica preconizada por Peseiro para o jogo falhou. Principalmente a defensiva. E apesar de alguns jogadores demonstrarem raça, empenho, e, que queriam vencer, casos de: André Silva, Herrera, Layún e Maxi..., outros porem encararam o jogo com displicência, ou então, por estarem mal preparados/orientados casos de: Brahimi, Helton, Marcano, Sérgio Oliveira e Varela, não conseguiram render o que estaria ao seu (deles) alcance...!
Portanto, José Peseiro começou a perder o jogo logo no escalonamento da equipa (Chidozie inexperiente para finais desta responsabilidade, Sérgio Oliveira que apesar de promissor, tarda em afirmar-se e Varela e Brahimi, ambos sem capacidade de explosão a agarrarem-se demasiado à bola).
E muito importante, a equipa portista também falhou nos capítulos do: entrosamento, muitos passes errados ou anulados pelo poder de antecipação dos jogadores do Braga, os quais por vezes até conseguiram fazer circular bem a bola entre todos os seus elementos, apressando o estouro de alguns jogadores dos Dragões, que andaram em largos períodos a cheirar a bola.
Claro que Paulo Fonseca com a táctica do autocarro de dois andares em frente da sua baliza e a explorar a velocidade do Rafa para criar instabilidade na extrema defensiva azul e branca também deu uma contribuição importante para o desnorte, instabilidade, da defesa portista, aproveitando o facto conhecido das equipas de Peseiro defenderem mal...
Tudo somado levou ao esgotamento precoce dos Dragões que acabaram por não ter: engenho, eficácia, nem tranquilidade para fazer o 3-2...
A partir daqui, era fácil de prever que Helton com os seus 38 anos cheios de experiência mas já sem a elasticidade e sem os reflexos de dez anos antes, seria relativamente fácil de bater. Não contando já com a possibilidade dos falhanços de jogadores como Maxi e Herrera... Outro enorme erro de Peseiro foi o de não preparar/treinar a equipa para a situação das grandes penalidades...

Cumprimentos,
Armando Monteiro
www.dragaoatentoiii,wordpress.com

Ana Andrade disse...

Caro Dragão Atento,
Concordo, em parte, que a sorte surge com o trabalho e conquista-se com competência e persistência. Mas a verdade é que a sorte é, também, um elemento do jogo… Ou vai dizer-me que o Sporting de Braga não teve sorte? Claro que a teve… Teve-a quando foi capaz de aproveitar os erros do adversário – podia a bola não ter entrado, não podia?; teve-a quando, por exemplo, o André Silva não conseguiu fazer o terceiro golo mesmo à beira do final do prolongamento; teve-a nas grandes penalidades…
Hoje é fácil dizer que deveria ter jogado A, B ou C, em vez de X, Y ou Z, no entanto, creio que quase todos nós apostaríamos em quase todo o onze que alinhou… O jogo de ontem correu mal como correram outros ao longo da época…
Concordo que Chidozie ainda tem muito para aprender e crescer, logo, estava tão preparado para o jogo de ontem como o estava para os clássicos frente a Benfica e Sporting, afinal de contas, jogos, também eles, com grau de dificuldade elevado… e que me lembre não cometeu nenhum erro grave em nenhum deles… ontem errou…

Cumprimentos

Ana Andrade