1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 14ª jornada da Iliga, frente ao Sporting de Braga
““SOMOS UMA EQUIPA BASTANTE FORTE E CONSISTENTE QUE VAI DAR UMA BOA RESPOSTA AMANHÔ
Sérgio Conceição espera um FC Porto ao nível do que se tem visto no duelo caseiro com o SC Braga (domingo, 20h30)
Num dezembro preenchido com embates de exigência máxima, o Estádio do Dragão volta a ser palco de novo encontro de grande cartaz. A partir das 20h30 deste domingo (Sport TV), o líder do campeonato mede forças com o quarto classificado e Sérgio Conceição alerta para a importância de alcançar “o principal objetivo” da temporada. Na antevisão da ronda 14, frente ao SC Braga, o treinador que irá cumprir a jornada número 150 no banco portista anunciou a titularidade de Wendell, destacou a qualidade dos minhotos e ironizou quando questionado sobre o castigo que lhe foi aplicado dez meses depois dos tristes acontecimentos vividos no Jamor. Para os noventa minutos que se avizinham, o técnico dos Dragões deixou um desejo: “Espero que a minha equipa faça um bom jogo e que seja capaz de ser uma equipa muito agressiva sem bola, com muita intensidade e a perceber onde é que o adversário sofre”
Focados no FC Porto
“Não podemos controlar a estratégia do adversário. O que podemos controlar é o que temos de fazer no jogo para podermos ganhar.”
Champions já lá vai
“Foi mais difícil a mudança de chip da derrota, não da Liga dos Campeões. O nosso principal objetivo é o campeonato. Claramente que queríamos e merecíamos ter passado aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Mas esse jogo é passado, foi analisado por nós, foi visto o que fizemos e não fizemos, e no dia seguinte preparámos o jogo de amanhã contra o SC Braga, que é o mais importante.”
O quarto grande
“O SC Braga tem equilibrado sempre as contas com os ditos grandes. Tem-se intrometido na luta pelo objetivo de conquistar o campeonato. Tem um treinador muito experiente, uma equipa técnica com muita qualidade e jogadores de alto nível, que jogariam em qualquer equipa dos grandes. Os jogos são sempre bons, equilibrados, com qualidade, e é isto. Amanhã esperamos esse tipo de jogo e de dificuldade. Cabe-nos a nós dar sequência ao que temos feito no campeonato e procurarmos a vitória dentro do que somos como equipa. Somos uma equipa bastante forte e consistente que vai dar uma boa resposta amanhã.”
Titularidade anunciada
“Para os comentadores eu sei que há sempre uma reação negativa, porque não lidam comigo diariamente e não sabem qual é o meu discurso com os jogadores. O que eu faço é analisar factos. Se vocês querem uma análise correta e de acordo com o que eu vejo no jogo, é por isso que se fazem as flashes no final, eu tenho de dizer o que se passou. Nós sentimos mais dificuldade, e estávamos bem no jogo, depois de ficarmos sem um jogador que tinha entrado naquele momento e que era importante para a equipa. Estou a dar-lhe importância, mas ele sabe, e é o primeiro a saber, que teve uma atitude que não foi boa para o que nós queríamos do jogo, que era ganhá-lo. Esse foi um dos fatores que contribuiu para que não tivéssemos sucesso. Mas a culpa não é deste ou daquele jogador, do treinador ou do adjunto, a culpa aqui é de todos e eu assumo sempre isso. Vou dar-vos uma novidade, e não costumo fazer isto. É um jogador que eu tenho a certeza de que joga amanhã. Podem escrever isso, o Wendell vai ser titular.”
Castigado dez meses depois
“Acho que foram céleres na decisão. Ainda não acabou o ano civil, foi no mesmo ano… Não me queria lembrar daquela frase «não vale tudo para se ganhar» que disse na altura. Os jogos e os campeonatos têm de ser ganhos nos noventa minutos. Todos temos de melhorar, inclusive algumas instâncias do futebol, para não nos expormos a situações ridículas como estas.”
Galeno, Castro e Lucas Mineiro de fora
“Essa pergunta faz-me lembrar a que me fizeram antes do Atlético de Madrid, sobre as ausências. Vocês viram o bom jogo que o Atlético fez, principalmente a defender. O SC Braga, como disse há bocado, tem um grupo de jogadores com qualidade e com certeza que o treinador quereria contar com eles. Tal como eu, que não tenho todos os jogadores disponíveis. Mas isso não é possível, por castigo ou por lesão, e faz parte da vida dos treinadores. Enfraquecer a dinâmica da equipa? Não me parece. Têm jogadores competentes e com qualidade para colmatar as baixas que possam ter.”
Fortes e fiéis às caraterísticas coletivas
“O SC Braga é uma boa equipa, mas temos consciência de que se formos fortes na abordagem ao jogo, e fiéis às nossas caraterísticas como equipa, conseguimos levá-lo para a dimensão que queremos. A vida do jogo é definida por nós, se formos fiéis ao que somos como equipa. Depois claro que existem os pontos fortes do SC Braga, que também terá algumas situações em que não é tão forte, como todos os adversários. Temos de definir isso e levar o jogo para a dimensão que queremos. Este não foge à regra.”
Estratégia do SC Braga não pode ser controlada
“Espero que a minha equipa faça um bom jogo e que seja capaz de ser uma equipa muito agressiva sem bola, com muita intensidade, a perceber onde é que o adversário sofre. Identificar bem o momento e a zona de pressão, definindo esses pormenores estrategicamente. Pensar onde é que o SC Braga sofre quando tivermos bola… a estratégia do adversário é algo que não podemos controlar. Se vem de peito aberto, como disse, ou se vem com as linhas mais juntas numa zona do campo mais recuada. Faz parte da estratégia do Carlos Carvalhal.”
Mehdi Taremi
“Não tem a ver com mais ou menos frescura. São momentos que os jogadores vivem. Há alturas em que fazem três golos em três oportunidades e outras em que, em treze, não fazem nenhuma. Faz parte do nosso trabalho, que é dar todas as condições para que os jogadores se possam exprimir ao máximo, e que os avançados façam golos e sejam participativos noutras tarefas, que é importante. Há ciclos em que as coisas correm melhor e em que as coisas correm menos bem. O que importa é o que se cria. A equipa consegue criar situações de golo, eu queria que as concretizássemos todas, mas tal não é possível. O importante é o processo, a forma e a quantidade de vezes que chegamos, independentemente do adversário, como se viu na Liga dos Campeões. Tivemos jogos muito difíceis, contra o campeão espanhol, a equipa que lidera o campeonato italiano, e mesmo contra o Liverpool, criámos muitas situações de golo. Arrisco-me a dizer que poucas equipas fizeram o que nós fizemos em Liverpool, três ou quatro situações que podíamos ter concluído de outra forma. Acreditem que para os adversários não é nada fácil parar uma equipa com a nossa dinâmica. Não é fácil defrontar este FC Porto, não tenho a menor dúvida.”
Focados no grande objetivo
“Somos suficientemente adultos para saber que isso já passou. Infelizmente não estaremos presentes nos oitavos da Liga dos Campeões, e aproveito para dar os parabéns às duas equipas portuguesas que conseguiram esse feito, o Benfica e o Sporting. Nós habitualmente estamos lá. Este ano não conseguimos e temos de olhar para o principal objetivo, que é o campeonato. Sinceramente não sou tão bem-disposto. Normalmente ando com azia e, se não a tenho, provoco-a de propósito. O futebol é um recomeçar constante e temos de virar a página. Obviamente que trabalhar em cima de uma qualificação europeia é bem melhor e mais simpático. Não o conseguindo, é olhar para a frente e trabalhar da mesma forma.”
Rivais apurados para os oitavos
“Não simplifica nada o calendário. E acredito que não vá interferir em nada no rumo do campeonato. Claro que é sempre melhor estar na Liga dos Campeões, mas vamos apanhar uma Liga Europa com equipas muito fortes e competentes. Não é por aí que se vai decidir nada a nível emocional. Claro que uma equipa está mais motivada a partir do momento em que joga essa competição.”
Rácio de oportunidades e golos
“O que um treinador pode fazer para o melhorar é trabalhar. Ainda hoje o fizemos, trabalhámos situações no último terço, de finalização, percebendo o espaço que temos de ocupar. Trabalhamos isso e criamos rotinas. É muito por aí, pelos automatismos que se criam diariamente. Noutros anos o FC Porto teve avançados que em meia oportunidade faziam dois golos. Mas faz parte. Não nos podemos esquecer que o Evanilson é um miúdo que veio do Brasil e só este ano começou a jogar com regularidade. Que o Taremi, quer queiramos quer não, a equipa mais forte onde jogou antes do FC Porto foi no Rio Ave. O Toni Martínez foi no Famalicão… é gente que precisa destes jogos de alto nível e desta pressão de ter de marcar em todos os fins de semana todas as oportunidades que lhes aparecem pela frente. Não é fácil, vai-se evoluindo, crescendo e trabalhando. Tenho a certeza de que no futuro serão melhores, sem dúvida nenhuma.””
Em
2 – O meu palpite para a equipa titular é:
Diogo Costa; João Mário, Pepe, Mbemba e Wendell; Uribe, Vitinha e Otávio; Luis Diaz, Taremi e Evanilson.
3 – Sobre o jogo
Não se espera um jogo fácil, mas espera-se que os comandados de Sérgio Conceição transformem as dificuldades em facilidades. Para tal espera-se um FC Porto competente; concentrado; coeso; confiante; empenhado; determinado; ambicioso; motivado; rigoroso; sólido; solidário; unido; e eficaz tanto a defender como a atacar.
Força FC Porto!
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