terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Crónica e Análise: FC Porto 1 – Atlético de Madrid 3

1 – Crónica

 

No início desta terça o FC Porto recebeu o Atlético de Madrid, em jogo a contar para a 6ª jornada da fase de grupos, grupo B, da Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-3.

Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Mbemba e Zaidu; Grujic, Vitinha e Otávio; Luis Diaz, Taremi e Evanilson.

Os primeiros minutos de jogo foram muito equilibrados, sem que ambas as equipas criassem ocasiões de perigo junto das balizas. A primeira oportunidade pertenceu ao Atlético, à qual Diogo Costa respondeu com uma defesa. Do outro lado do campo, o guarda-redes impediu que Luis Diaz concretizasse. Depois o colombiano viu o mesmo acontecer, mas desta feita foi um defesa a retirar a bola. Pepe também tentou a sorte, sem sucesso. E depois Grujic não conseguiu concretizar.

No segundo tempo, Taremi foi o primeiro a tentar marcar, mas atirou por cima. Minutos depois, Taremi teve, novamente, oportunidade para colocar os Dragões em vantagem, mas viu o guarda-redes contrário levar a melhor. Do outro lado do campo, minuto 56, o Atlético colocou-se em vantagem. Depois surgiu muitas confusões e uma expulsão para cada lado, em lances diferentes. Sérgio Conceição procurou refrescar a equipa, talvez procurando devolver-lhe alguma lucidez. Mas o FC Porto não conseguiu o objetivo, marcar, ao invés, acabou por voltar a sofrer ao minuto 90 e ao minuto 93. Até ao final ainda foi assinalada uma grande penalidade a favor dos Dragões e convertida por Sérgio Oliveira.

Com este resultado o FC Porto soma 5 pontos, menos 2 que o Atlético de Madrid e cai para a Liga Europa.

 

2 - Análise

 

Quero começar esta análise com uma constatação: hoje estou com azia, mas não deixo de ter orgulho, muito orgulho, em ser portista, hoje e sempre, a ganhar ou a perder.

Honestamente, quando vi pela primeira vez o grupo do FC Porto, pensei que os Dragões terminariam esta fase da prova no último lugar do grupo. E pensei tal coisa, não por não acreditar na capacidade dos azuis e brancos,, mas por ter consciência da valia dos planteis dos adversários, com soluções que o FC Porto não tem capacidade financeira para ter. Mas hoje há um sabor amargo, muito amargo, por cair para a Liga Europa. Era um grupo difícil, todos o sabemos, talvez o mais difícil da prova e o FC Porto teve nas mãos a passagem para a próxima fase. Mas hoje, tal como noutros jogos desta fase de grupos, faltou eficácia ao ataque e, porque não, alguma sorte.

Não se esperava um jogo fácil e, de facto, não o foi. O FC Porto foi melhor durante grande parte do jogo, teve oportunidades para marcar, as suficientes, diria. Não marcou e o Atlético, marcou o primeiro golo contra a corrente. Os Dragões tentaram reagir em busca do empate, mas continuou a faltar eficácia. O que não faltou do outro lado. A perder por dois golos e sabendo que não havia nada a fazer, foi fácil sofrer o terceiro golo. A grande penalidade assinalada a favor dos azuis e brancos e convertida de nada serviu. Apesar de tudo, a equipa deu tudo, lutou enquanto foi possível, o problema foi, por vezes, ser com mais coração do que razão…

Mais uma vez o FC Porto pode queixar-se da sua falta de eficácia, mas também pode queixar-se de uma equipa de arbitragem com dificuldades em assinalar faltas a favor dos Dragões. Tal como aconteceu, por exemplo, no jogo em Madrid. Eu bem disse que aquele golo anulado em casa do Atlético, que fez com que os azuis e brancos perdessem dois pontos, ia ter influência nas contas finais. Odeio quando tenho estes presságios…

Agora não há nada a fazer, é seguir em frente, porque ainda há muito para jogar esta época e esta equipa não pode, de forma alguma, quebrar nesta fase. Estes tombos tem de servir para a equipa crescer e não perder-se, porque os Dragões estão a jogar bem. A equipa não pode, de forma alguma, olhar para a Liga Europa como algo negativo, porque se o fizer, não vai enfrentar os jogos com o rigor, a competência e a ambição que se exige a uma equipa do FC Porto que tem o hábito de lutar olhos nos olhos com os tubarões da Europa. E a nós portistas cabe-nos a missão de apoiar incondicionalmente a equipa, empurrando-a e suportando-a sempre, para que não desista de ambicionar ser feliz. Vamos Porto!

 

 

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