terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Antevisão da 3ª Jornada da Fase de Grupos da Taça da Liga

1 – Aqui está a antevisão de Sérgio Conceição da 3ª jornada da fase de grupos, grupo D, da Taça da Liga, frente ao Rio Ave.

 

““SOMOS O FC PORTO, ENTRAMOS SEMPRE PARA GANHAR E HONRAR O SÍMBOLO QUE ENVERGAMOS AO PEITO”

Sérgio Conceição exige uma prestação digna frente ao Rio Ave apesar de o FC Porto já estar afastado da Taça da Liga (quarta-feira, 21h00)

O FC Porto encerra a participação na Taça da Liga em casa. A partir das 21h00 desta quarta-feira, num jogo atípico que terá lugar no Estádio do Dragão, os portistas recebem a visita do Rio Ave na partida de fecho do grupo D e Sérgio Conceição olha para esse encontro “muito focado no jogo em Vizela”. Antes da 15.ª jornada do campeonato (domingo, 19h00), o treinador portista quer que o coletivo seja capaz “de entender a responsabilidade” que é “representar o FC Porto num jogo oficial”. “Obviamente espero ganhar o jogo e dar alguns minutos a jogadores menos utilizados, para que estejam mais preparados”, sintetiza o técnico dos Dragões.

Com o pensamento em Vizela

“Este jogo é novo no nosso contexto, porque estamos fora de uma competição e temos de o fazer. Estou muito focado no nosso jogo em Vizela, sem dúvida nenhuma, mas percebo que amanhã temos um jogo da Taça da Liga e que vamos representar o FC Porto num jogo oficial. Temos de entender essa responsabilidade, de ser sérios e de o preparar da melhor forma para ganhar. Amanhã assumo que vou fazer a gestão do jogo em relação a alguns jogadores que possam estar com mais fadiga do que outros.”

Taça da Liga era um dos objetivos da temporada

“Apesar de alguns adeptos desvalorizarem esta competição, eu podia aqui desvalorizá-la também, mas não sou capaz. Entrámos nesta competição para ganhar, mas tivemos um mau jogo em casa do Santa Clara, em que não fomos a equipa que temos sido este ano e nos últimos anos em que atingimos sempre a Final Four. Ficámos de fora de uma competição que eu queria muito ganhar e que é um objetivo no início de cada época. Não podendo, obviamente espero ganhar o jogo e dar alguns minutos a jogadores menos utilizados, para que estejam mais preparados. Treinamos com muito afinco e determinação, somos muito profissionais, mas o jogo é o jogo. Dá-nos algumas coisas que o treino não dá. É nesse sentido que este jogo também é importante.”

Sorteio da Liga Europa

“Não estou satisfeito. Tenho alguma azia quando falo da Liga Europa, porque estou habituado a falar da Liga dos Campeões. Mas caímos para a Liga Europa, o adversário é a Lazio… se perguntassem à maior parte dos apaixonados por futebol eles diriam que é um jogo de Champions. A Lazio tem feito boas campanhas, é uma equipa forte em Itália, e vai ser mais um jogo europeu do FC Porto, de bom nível, contra uma grande equipa. Como temos feito ao longo da história do FC Porto nas diferentes provas europeias, vamos dar uma demonstração de força e do que somos como clube. Neste momento estamos focados no jogo de amanhã e a pensar no próximo jogo em Vizela que é o mais importante para nós. Daí não ter havido treino ontem e hoje termos juntado alguns elementos da equipa B a pensar no jogo do campeonato. Não sei se fica mal dizer isto, mas eu estou a pensar em dois jogos, no de amanhã e no mais importante, que vai ser em Vizela.”

Clássico longe do horizonte

“Ainda não pensei em nada disso, zero. O mais importante é o jogo com o Vizela. Pelo meio temos um jogo com o Rio Ave, mas não sabemos o que vai acontecer no jogo em Vizela. Não podemos controlar situações como castigos ou lesões, e nós temos passado por essas situações. Não conseguimos nem queremos programar a médio-prazo o jogo com o Benfica. Temos de olhar para a semana de trabalho, para o nosso microciclo de dois jogos. O mais importante é o de Vizela, sem tirar a importância do jogo que temos amanhã. Somos o FC Porto, entramos sempre para ganhar e honrar o símbolo que envergamos ao peito. Não tenham a menor dúvida disso. Vamos querer ganhar e estar no máximo das nossas capacidades. Cabe-me a mim pensar nessa gestão, que tem a ver com a mudança de jogadores, chamando atletas da equipa B que são profissionais do FC Porto e que estão disponíveis para estar connosco. Vocês não sabem disso, mas muitas vezes connosco.”

Pepe e Marcano lesionados

“Houve conversas no início da época com a direção, nomeadamente com o senhor presidente e com o engenheiro Luís Gonçalves, acerca do risco de termos quatro centrais. O Pepe tem 38 anos, o Marcano acima de 30 e vem de uma lesão grave. Temos o Mbemba focado a cem por cento, mas no último ano de contrato. Fica ou não fica, renova ou não renova… isso não tem a ver comigo. Normalmente gosto de contar com cinco centrais, porque jogamos sempre com dois. Nesse sentido estamos curtos, mas o Fábio Cardoso tem dado uma boa resposta e há jogadores com quem temos trabalho que não são centrais de origem, mas temos trabalhado no sentido de estarmos precavidos nessa posição. É algo que me preocupa, sem dúvida nenhuma. Não me preocupa o profissionalismo do Pepe, não tem a ver com isso, preocupa-me todo este contexto. Um atleta super profissional, que faz de tudo para se apresentar a cem por cento, tem tido uma ou outra lesão que não era normal acontecer há um ano. São coisas difíceis de controlar. Inicialmente tivemos esse discurso, é uma conversa que voltaremos a ter, mas isso faz parte do andamento e da exigência da época. Vamos, com certeza, colmatar e arranjar soluções internas se não puder haver uma solução externa.”

O futebol praticado desde a saída de Marega

“Eu tenho jogadores à disposição e o meu trabalho é potenciar ao máximo a sua qualidade. Formar um onze que nos permita ter nuances e variantes no jogo, nomeadamente no processo ofensivo e dinâmica com bola, que nos permita desmontar as defesas adversárias. Nos quatro anos em que cá estive fomos o melhor ataque em três. A forma de chegar lá é outra coisa. Podemos dizer que FC Porto joga de uma forma mais ligada, mais elaborada na primeira e segunda fase de construção, na fase de definição e de conclusão. Tudo aquilo que se aprende no curso de treinadores. Estou a par disso, até porque tive uma das melhores notas do meu curso. Mas, depois, a realidade é outra. Se não temos gente para elaborar e jogar de uma forma mais bonita para o adepto, não é que seja para mim… e com isto não quer dizer que não sou amante de diferentes soluções para a equipa. De uma forma mais ligada ou direta, para mim o importante é fazer golos sem sofrer. Esse é o objetivo do jogo. Num ano foi de uma maneira, noutro ano é de outra. Quando ganhámos o campeonato e a Taça de Portugal eu não queria que o Marega jogasse em apoio e ligasse o jogo, porque ele não sabia. Mas o Marega não tem a ver com o rendimento da equipa. Ou melhor, tem. Foi dos melhores marcadores do Estádio do Dragão, ganhou títulos aqui e conseguiu ser um jogador de grande nível. Era mal-amado pelas pessoas e ajudou muito o FC Porto. Posso ter aqui onze focas a jogar e essas onze focas não me vão dar campeonatos de certeza absoluta. Agora temos à disposição jogadores com outras caraterísticas, sabemos potenciar e dar à equipa aquilo que ela precisa, em função desses mesmos jogadores, para chegar ao golo e não sofrer. Depois há muito trabalho aqui no meio. Vocês não sabem, mas o Vitinha fez quase 13 quilómetros contra o SC Braga. Há uma diferença enorme no Vitinha desde que voltou do Wolverhampton. Isso é trabalho nosso e dele. Podia dar outros exemplos. O futebol é isto. Os jogos são feitos de duelos, e os duelos não são porrada entre os jogadores. Tudo isto é importante na dinâmica do jogo. E cada vez mais, na minha opinião. Vemos o Bayern Munique, que não é uma equipa de tiki-taka, vemos o Liverpool… são equipas que sabem jogar e têm muita posse de bola. Mas quando têm de o ser, são muito objetivos e incisivos a atacar a baliza adversária. E têm diferentes formas de defender. Isso faz com que as equipas sejam muito ricas, porque têm jogadores para interpretar tudo dessa forma como eu vejo o futebol e acho que deve ser jogado. Fica mais difícil para os outros ganharem jogos. Para mim é uma maravilha.””

 

Em

www.fcporto.pt

 

2 – O meu palpite para a equipa titular é:

Este é o jogo mais difícil para fazer um palpite do onze, até porque imagino que Sérgio Conceição vai fazer muitas alterações e, quem sabe, dar oportunidade a alguns miúdos da B que treinaram hoje. Por isso, desta vez não há palpite.

 

3 – Sobre o jogo

Dadas as circunstancias deste jogo, não conta para nada, é um jogo treino no meio da época. Seja como for, espera-se que os comandados de Sérgio Conceição sejam uma equipa competente; concentrada; confiante; coesa; determinada; motivada; ambiciosa; rigorosa; empenhada; sólida; solidária; unida; e eficaz tanto a defender como a atacar.

Força FC Porto!

 

 

 

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