sábado, 29 de outubro de 2022

Crónica e Análise: Santa Clara 1 – FC Porto 1

1 – Crónica

 

Na tarde deste sábado, o FC Porto deslocou-se ao terreno do Santa Clara, em jogo a contar para a 11ª jornada da Iliga. No final do encontro verificou-se um empate a 1.

Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por: Diogo Costa; Pepê, Fábio Cardoso, David Carmo e Zaidu; Uribe, Bruno Costa e Otávio; Galeno, Taremi e Evanilson.

O FC Porto entrou bem em jogo, com Fábio Cardoso a colocar os Dragões em vantagem ao minuto 3. Depois, Galeno e Evanilson desperdiçaram duas possibilidades para surpreender a defesa contrária. Mais tarde, já depois do minuto 30, Evanilson voltou a ter oportunidade para aumentar a vantagem, mas não o conseguiu. Tal como aconteceu a Otávio, que atirou pouco ao lado. Do outro lado do campo, já perto do intervalo, o Santa Clara teve uma excelente oportunidade para empatar a partida, mas estava lá Diogo Costa para o impedir.

No segundo tempo, o Santa Clara ameaçou o empate. Depois, houve poucas oportunidades de perigo junto de ambas as balizas. Galeno teve oportunidade para fazer o segundo golo, mas viu um defesa afastar a bola. Do outro lado, Diogo Costa voltou a negar o empate. Depois, Galeno teve mais uma oportunidade para marcar, que não conseguiu concretizar. Mas ao minuto 83, na sequência de um canto, o Santa Clara chegou ao empate. Na resposta Taremi ficou perto de marcar, mas o guarda-redes levou a melhor.

Com este resultado o FC Porto soma 23 pontos e vê a distância para o primeiro lugar aumentar para 8 pontos.

 

2 – Análise

 

Depois de um jogo para a Liga dos Campeões, eis que regressou o campeonato e com uma deslocação difícil aos Açores. O Santa Clara não começou bem o campeonato e está a procurar recuperar tempo e terreno, o que indicava que este jogo ia ser ainda mais complicado. E, de facto, não foi fácil. Aquela máxima muito utilizada no futebol: em equipa que ganha não se mexe, faz sentido muitas vezes, mas, talvez, de vez em quando mexer, não em demasia, seria benéfico. Na minha perspetiva, hoje era um desses jogos em que era preciso mexer um bocadinho na equipa. Bem sei que o facto de Eustáquio não poder jogar e isso obrigar a uma alteração a meio campo, pode ter feito com que não houvesse mais mexidas para não afetar outros setores. Todos sabemos que não há forma de substituir os melhores jogadores e garantir o mesmo nível de talento. Mas na minha perspetiva, faria sentido ter jogado Rodrigo Conceição à direita, fazendo subir Pepê, dando algum descanso a Taremi ou Evanilson. Para piorar, Veron ficou indisponível no treino de ontem, o que representou menos uma opção de ataque e, logo, menos uma alternativa para dar algum descanso a, por exemplo, Galeno. É que há jogadores cansados, o que é normal, visto que este jogo realizou-se menos de 72 horas depois do jogo para a Liga dos Campeões. E, na minha forma de entender o futebol (não sendo nenhuma especialista, mas tendo alguma consciência que não estou a dizer um disparate assim tão grande) quando uma equipa está cansada, procura circular mais a bola, porque se a tiver o adversário não a tem; e quando avança no terreno, parece faltar discernimento para acompanhar as jogadas e decidir da melhor forma. Foi o que se passou hoje muitas vezes, o FC Porto tinha a bola, mas fazia-a circular; quando avançava no terreno, nem sempre tomavam as melhores opções ou faltava discernimento, ou eficácia, no momento decisivo. Claro que do outro lado o adversário vai mantendo a esperança de conseguir um resultado melhor bem viva e, tal como aconteceu hoje, conseguir marcar e conquistar 1 ponto. Seria mais fácil que os Dragões tivessem procurado  ampliar a vantagem, sobretudo no primeiro tempo (e houve oportunidades para tal) dando mais conforto para gerir no segundo tempo, quando o cansaço ia ser maior. Como é óbvio, quero que o FC Porto vença em todos os jogos (este empate está a saber a derrota e isso não é bom) mas também consigo ter o discernimento de procurar entender o jogo, o que se passou e o que podia ter sido; o momento da equipa neste jogo; a capacidade dos jogadores no jogo; e fico com a convicção que esta deslocação aos Açores surgiu na pior altura. É certo que vemos aumentar a distância para o primeiro lugar e isso nunca é bom, mas também temos de ter a noção que o campeonato não acaba hoje nem na próxima jornada. Ainda há muito para jogar e temos de acreditar no trabalho da equipa.

Em suma, um empate amargo, num terreno difícil. Mas não há tempo para lamúrias, porque terça está de volta a Liga dos Campeões e a possibilidade de alcançar o primeiro lugar do grupo. Vamos Porto!

 

 

 

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