terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mais Um Comunicado Portista E A Entrevista de Kleber

1 – Comunicado do FC Porto

“Uma mentira, duas mentiras, três mentiras...

À força de tanto desejar o enfraquecimento da equipa do FC Porto, o jornal “A Bola” é um depósito infinito de mentiras. Na edição de hoje, lê-se na primeira página, de forma taxativa, “Real Madrid em cima de Guarín” e depois acrescenta-se: “Colombiano vai deixar o Dragão”. Mentira, mil vezes mentira.

Impressionante o desejo incontido do jornal “A Bola” de escrever sucessivas mentiras sobre o FC Porto e o seu plantel. Habituados como estamos aos devaneios deste género de imprensa parcial e militante, já nem ligamos muito, só que a paciência tem limites.

Ao contrário do que escreve “A Bola”, sem qualquer fonte, como é habitual, o FC Porto não recebeu uma única proposta para a transferência de Guarín, seja ela do Real Madrid ou de qualquer outro clube, nem pretende negociar o passe deste e de outros jogadores. Por muito que isso doa a clubes e jornais que às vezes até se confundem.

Desenganem-se também os que pensam que com este género de notícias vão conseguir perturbar o trabalho da equipa do FC Porto. No domingo vencemos o 70.º

troféu e iniciamos a época com a mesma sede de vitórias com que terminamos a anterior e, para nos enfraquecer, vai ser preciso muito mais do que umas mentiras cirurgicamente colocadas na primeira página de “A Bola”. Já o deviam saber.”

Em

www.fcporto.pt

2 – Entrevista de Kleber

“"A primeira já está!"

ANDRÉ VIANA

Kléber caiu em graça. Ao único reforço a passar nos testes de acesso à titularidade faltava ainda tomar o pulso à opinião popular. Fê-lo em dia de folga, na tradicional Ribeira do Porto, sede do clubismo mais fervoroso e sem papas na língua. "Ó filho, não tenhas vergonha, aqui podes falar à vontade", ouviu de uma comerciante quando a miudagem lhe pediu opinião sobre... o Benfica!

Kléber precisaria de um bloco de notas para registar todas as requisições. Das mais simples às mais complexas e inesperadas, como a de um turista espanhol que se acercou para lhe encomendar golos... ao Barcelona! E de golos percebe o avançado, que deixou garantias a quem lhe confidenciou já ter bilhete comprado para a Supertaça Europeia: "No Mónaco marco eu." De surpreendido a afirmativo, Kléber contornou um fervor popular que, nitidamente, não tinha imaginado. A ensolarada Ribeira agitou-se com a sua presença. Saiu das casas e das esplanadas e percorreu com ele a margem do rio. "É maravilhoso. Ainda não conhecia, mas a vista é bonita. É muito legal e vou aproveitar mais vezes, até porque quero conhecer estes restaurantes", disse a O JOGO, ainda de barriga cheia depois de um almoço no D.O.P., do chef Rui Paula, junto ao Palácio da Bolsa.

Ainda lhe falta o sabor dos golos nos jogos a doer, mas foi um Kléber plenamente satisfeito aquele que se passeou pelo Porto profundo. Desde logo, porque tinha ganho o seu primeiro título na véspera e fez questão de se passear com ele: "A primeira já está."

"Isso é a Supertaça? A verdadeira?", perguntava a pequenada, surpreendida pela presença do goleador e tocada pela sua disponibilidade para intermináveis e improvisadas sessões de fotos e autógrafos que o deixaram a suar em bica! O Porto genuíno acolheu o jogador e a figura. "Ai filho, se eu fosse mais nova não me escapavas", foi um dos muitos piropos atirados à beira-rio. No meio do povo, Kléber ficou a compreender um dos mais pertinentes ditados portugueses: "Mais vale cair em graça do que ser engraçado".

"Escolhi a pensar na carreira porque quero viver de títulos"

ANDRÉ VIANA

Há uma onda de entusiasmo em seu torno. Já se sente um ídolo?

Não me considero como tal ainda. Tenho de trabalhar muito para lá chegar. É óptimo sentir este carinho, é gratificante, mas tenho de mostrar mais trabalho até me tornar num ídolo.

O que acha que as pessoas esperam de si? Pesa-lhe esta expectativa?

Não, acho que até ajuda a melhorar. São portistas, são pessoas que torcem por mim e que esperam que lhes dê muitas alegrias.

Só fez um jogo oficial e já tem um troféu. Isso significa que escolheu bem?

Claro. Quando se tem a possibilidade de vir para o FC Porto, pesa muito o facto de ser um clube vencedor. Escolhi a pensar na carreira, porque a história dos jogadores vive de títulos, eu quero viver de títulos e o FC Porto dá-me isso. Foi uma óptima escolha.

Está no FC Porto há um mês. Consegue dizer o que diferencia o clube dos outros?

Desde logo, a humildade. No plantel, impressionou-me a forma como tratam as pessoas. Ninguém é melhor do que ninguém. As pessoas estão sempre disponíveis para ajudar, procuram que estejamos confortáveis. Sente-se humildade e isso é um ponto forte.

Quando é que meteu na sua cabeça que ia jogar no FC Porto?

Tinha isso em mente, mas eu tinha um contrato e tive de o cumprir. Quando ele terminou, sentámo-nos e conversámos e foi fácil chegar a acordo. Estou feliz por isso.

Chegou a falar-se do interesse de Benfica e Sporting. Houve mesmo conversas ou nem sequer admitiu essa possibilidade?

Apenas o José Couceiro, do Sporting, chegou a ligar ao meu empresário, mas comigo ninguém falou directamente. Sempre deixei clara a vontade de jogar pelo FC Porto, nunca a escondi de ninguém. É um clube que projecta bem as carreiras e que ganha títulos.

Um avançado dorme descansado quando a equipa ganha com dois golos de um central?

Nada disso. Chateado não fico porque ganhámos um título, independentemente de quem marca. É claro que seria melhor se fosse eu a marcar, queria muito um golo meu, mas fico feliz pela conquista do título, é mérito de todos. Todos lutaram com o Rolando.

Mas não está ansioso pelo primeiro golo?

Não, ele vai sair no momento certo. Fiz uma boa pré-época, só tenho de dar continuidade. Agora é a valer, mas a única ansiedade que carrego é a de vencer todos os jogos.

Contou que observava Falcao mesmo quando estava no Marítimo. Porquê? O que é que o Falcao tem que o Kléber não tem?

O posicionamento dele é fora do normal, a forma como ele ataca a bola. Tenho de aprender isso ainda e o Falcao vai-me ajudar muito. Espero que ele continue para que possa aprender com ele, a forma como segura a bola, como a protege dos defesas, como finaliza, é excepcional. É um enorme jogador e merece todo o respeito que tem aqui no clube.

Ficou provado que podem jogar juntos?

Isso é com o treinador e depende de cada jogo. Acho que estou a evoluir e a encontrar o meu espaço no clube. O resto é com o treinador.

Pediu a Falcao para ficar?

Isso aí não é comigo. Não sei o que se passa, pelo que não posso dizer muito sobre isso. Ele deu-me um abraço de boas-vindas, desejou sorte e disse que espera que eu seja muito feliz no clube.

Falcao ou Cardozo?

Falcao, sem dúvida. Sou admirador. É humilde, trabalha sério no dia-a-dia. Neste momento não vejo melhor do que o Falcao, à frente do Ibrahimovic mesmo. Para mim, é o melhor ponta-de-lança da actualidade. E não o digo por estarmos na mesma equipa. Não é simpatia não.

Quase todos os brasileiros da sua geração têm o Ronaldo Fenómeno como referência. É a sua também?

Entre milhares, eu sou mais um fã do Ronaldo. Foi o maior avançado de todos os tempos, um goleador. É um ídolo, tal como o Ibrahimovic e o Falcao.

"Abraço para Carlos Pereira"

Ficou magoado por ter ficado no Marítimo há um ano? Como é a sua relação com Carlos Pereira? Cumprimenta-o se o vir na rua?

Claro. Dar-lhe-ia um abraço de agradecimento, porque foi ele que me projectou e me deu oportunidades no clube. Sou muito grato a todos os clubes por onde passei. O Marítimo foi muito importante e ajudou-me em tudo o que precisei.

Curto percurso em retrospectiva

De Vitória (Espírito Santo) a Belo Horizonte, Kléber fez mais de 500 quilómetros para tentar a sua sorte no futebol. Foram tempos de grande dureza para o brasileiro. "A adaptação foi terrível e eu era muito franzino. Fui para muito longe de casa e é duro estar longe da família. Sempre tivemos dificuldades financeiras, nos clubes por onde passei antes do Atlético (onde chegou aos 17) não tinha uma boa alimentação, não tinha boas condições, não tinha nada...", revive quem completou 21 anos em Maio.

Tripas à moda do Porto em agenda

Os colegas de Kléber no Marítimo tinham contado a O JOGO que o avançado é doido por piza. Ao almoço, o brasileiro esteve num restaurante da moda, junto ao Palácio da Bolsa, e ficou-se por um prato de peixe. Sorriu perante a fama e acrescentou que é um bom garfo: "Eles dizem que só como piza? (risos) Gosto muito de peixe e de carne também, mas piza nunca deixo para trás, isso é verdade. Mas gosto de experimentar coisas." Na Ribeira, que tal sugerir a Kléber que prove umas tripas à moda do Porto? "Nunca ouvi falar, mas é como digo, gosto de experimentar, portanto vamos a isso", prometeu para uma ocasião futura quem garante que, em casa, o máximo que sabe fazer é aquecer uma lasanha. Nem sempre a máxima "querer é poder" foi verdadeira para o avançado dos dragões. Para jogar futebol, recorda, passou por algumas privações. "Saí de casa aos 15 anos para tentar a sorte. Quando era preciso, não havia dinheiro, nem sempre consegui pagar as passagens para a minha família me visitar", conta.”

Em

www.ojogo.pt

1 comentário:

P. Ungaro disse...

Obrigado pela visita, a qual retribuo.

Saudações Azuis e Brancas

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/