quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 1 – Estoril 0

1 – Crónica

FC Porto venceu pela margem mínima

O FC Porto recebeu no Estádio do Dragão o Estoril em jogo a contar para a segunda jornada da fase de grupos da Taça da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória dos dragões por 1-0.

Era esperada a estreia do defesa direito brasileiro Danilo, mas tal não aconteceu. Sem poder contar com o lesionado Hulk nem com o castigado Rolando, Vítor Pereira fez algumas alterações no onze. João Moutinho regressou à equipa, depois de ter cumprido castigo e foi capitão. Vamos ao jogo.

O FC Porto sem ser exuberante fez tudo para merecer a vitória, e começou a procurá-la cedo, Mangala ao minuto 8 cabeceou ao lado da baliza do Estoril. Minutos depois ficou por marcar uma grande penalidade a favor dos dragões. No entanto a primeira situação de perigo surgiu ao minuto 22, quando Kleber permitiu a defesa do guarda-redes adversário. Mas o momento em que os dragões estiveram mais próximo do golo na primeira parte foi protagonizado por João Moutinho, que na marcação de um livre quase inaugurava o marcador, mas o guarda-redes adversário conseguiu impedir os festejos do médio portista. O intervalo chegava com um nulo no marcador, mas com os dragões a terem um sinal +, pois foram mais dominadores, sem no entanto terem sido exuberantes.

No segundo tempo o FC Porto entrou a pressionar mais e Kleber, por duas vezes, criou perigo junto da baliza adversária. Ao minuto 62, na marcação de um livre, james viu a bola bater no poste. Mas minutos depois, Varela activou o marcador, que logo a seguir podia ter sido ampliado por james. O Estoril ainda tentou chegar ao empate, mas o lance não ofereceu perigo. Iturbe teve mais uns minutos de jogo, e com um remate de fora da área fez a bola passar ao lado do poste. Mesmo a terminar a partida o Estoril ficou próximo de marcar, mas a bola acabou por cima da baliza portista.

O jogo foi morno, mas a vitória do FC Porto é inteiramente justa. Ganhou quem mais atacou.

Com esta vitória os dragões somam 6 pontos e estão na liderança do grupo D.

2 – Análise

Foi mais um jogo em que a vitória foi justíssima, contudo mais um jogo em que o FC Porto não foi brilhante, exuberante ou tremendo. Não posso dizer que a equipa esteve mal, posso é dizer que podem fazer mais. Ficou, mais uma vez, evidente a falta de um ponta de lança, mas também parece-me injusto assobiarem o Kleber de cada vez que as coisas não lhe saem bem. Na minha opinião, sem Hulk, James e Moutinho carregaram a equipa e ambos estiveram próximo de marcar. Varela voltou a ser titular e voltou a marcar. Em suma, foi uma vitória justa num jogo morno.

2 comentários:

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

De ontem podem-se retirar mais algumas ilações.

Kléber não é jogador para o Porto. Joga sob pressão, e tem debilidades técnicas/tácticas enquanto ponta de lança.

Vítor Pereira não é definitivamente treinador para o Porto. O Porto não tem fio de jogo, e vive somente da qualidade individual de alguns jogadores, que tem permitido vencer os jogos.
O que distingue os bons dos maus treinadores é a sua capacidade de gerir homens, e VP tem demonstrado ser um péssimo gestor de balneário. Está a delapidar uma equipa. Será que Varela, Guarin e Sapunaru, titulares na maior parte da época passada, perderam a qualidade patenteada?! Não me parece!
VP nem teve a inteligência quando assumiu o comando da equipa, de dar continuidade ao trabalho da época passada...sem inventar.
A constante mudança dos jogadores do miolo só prejudica a equipa, e não permite a criação de automatismos. Quantas vezes vimos em épocas transactas jogadores como Deco e Lucho em baixo forma que mantinham ainda assim a titularidade...muitas! Um atleta necessita de continuidade na equipa para se poder afirmar.
O pêndulo/coração/motor de uma equipa não pode ser constantemente trocado.
Varela foi o melhor em campo, a ver vamos se não vai ao mocho novamente!
VP até na gestão do discurso pós jogos tem demonstrado prepotência ou estupidez. Ontem afirmou "Assobios das bancadas? Não ouvi nada...", bem isto é brincar com os sócios e adeptos que apoiam a equipa, alguns com muitas dificuldades.
Esperemos que as coisas mudem quando contratarmos um ponta de lança, pois caso contrário este será um ano decepcionante.

Abraço e boa semana

Paulo

dragao vila pouca disse...

Bem, falar da primeira-parte, não é fácil...
Dominamos, tivemos o controlo total do jogo, beneficiamos de 8 ou 9 cantos a favor, mas só por uma vez o guarda-redes do Estoril se teve de aplicar, num lance de João Moutinho e de bola parada. Não houve dinâmica, criatividade, velocidade e principalmente, contundência no último terço do campo. Com Kléber completamente fora de jogo, com James abaixo do normal, só Varela foi mostrando alguma coisa, não muita, mas o suficiente para ser o melhor dos avançados. Se a isso juntarmos um meio-campo pouco esclarecido e durante muito tempo, demasiado atrás, está explicado o nulo, frente a uma equipa que, talvez porque poupou vários jogadores habitualmente titulares, não mostrou nada, apenas se preocupou em defender e para manter a sua baliza a zero, nem foi preciso grande trabalho.

Na segunda-parte, melhor, mas não muito...
Sem ser nada de especial, houve mais pressão, mais intensidade, maior dinâmica, mais ritmo, o mesmo domínio, melhorias, durante 30 minutos, sensivelmente, é verdade, mas a mesma incapacidade de criar e marcar. Convenhamos que embora não seja a única razão, é difícil jogar e ser perigoso no ataque, quando o jogador que joga pelo meio e na frente, Kléber, não acerta uma. Tanto jogo Alvaro criou, para quase nada. Se Kléber não mostrou nada, já Varela, que andava mal, pelo contrário, jogou bem os 90 minutos, marcou e a jogar assim, pode ser uma opção válida... até porque Rodríguez que ficou no banco e foi titular no último jogo, pouco tempo depois de entrar, lesionou-se e acabou o jogo a coxear.
Resumindo, foi uma vitória justa, mas uma exibição pobre. A Taça da Liga não motiva por aí além, há tendência a abrandar, poupar esforços, o espírito não é o mesmo do campeonato e isso pode explicar a qualidade da exibição portista. Será? Domingo teremos a resposta se foi apenas isso...

Notas finais:
Se Kléber não aproveita estes jogos para mostrar serviço, ganhar moral e deixar certezas que pode ser opção, não sei quando o poderá fazer. Aliás e a propósito do avançado - prefiro assim e não ponta-de-lança -, seria incompreensível que depois da saída de Walter e com Kléber a render tão pouco, persistíssemos no mesmo erro e tal como em Agosto, não contratássemos um avançado.

Ainda não foi hoje que vimos Danilo. Não sei se as razões da sua ausência se devem a qualquer problema burocrático ou a opção técnica. Aguardemos...

Muito bem as claques...

Beijinhos