domingo, 29 de janeiro de 2012

Crónica e Análise: Gil Vicente 3 – FC Porto 1

1 – Crónica

56 Jogos Depois Dragão Perde e Cai o Recorde

No início de noite deste Domingo, o Gil Vicente recebeu o FC Porto em jogo a contar para a décima sétima jornada da Liga. No final do encontro verificou-se a vitória do Gil por 3-1.

O FC Porto entrou em campo sabendo que teria de ganhar para não deixar fugir o Benfica. Mas os dragões não puseram em campo esta ideia, em parte por culpa própria, mas também em parte por culpa do Gil. Durante o primeiro tempo o FC Porto foi uma equipa lenta, até um tanto ou quanto apática, perante um Gil Vicente bem organizado defensivamente. Aos quinze minutos surgiu o primeiro golo dos de Barcelos. O FC Porto tentou reagir, mas de forma atabalhoada. Surgiu então o primeiro lance passível de grande penalidade a favor dos portistas que Bruno Paixão não assinalou: Defour foi tocado na cara por um defesa dos de Barcelos. Não assinalou a favor do FC Porto, assinalou a favor do Gil. Lance precedido de fora de jogo e grande penalidade cometida por Otamendi. O intervalo chegou com dois golos de vantagem para os de Barcelos.

No segundo tempo Vítor Pereira promoveu duas alterações, retirou Otamendi e Souza e lançou para os seus lugares Danilo e Belluschi. Mas antes que a equipa tivesse tempo para mudar o rumo dos acontecimentos, surgiu nova grande penalidade que ficou por marcar por falta do guarda-redes do Gil sobre Kleber. Surge então o terceiro golo do Gil, de nada adiantou os protestos portistas a reclamar fora de jogo. Caía um grande balde de água fria sobre os jogadores pportistas, que começaram a jogar muito mais com o coração do que com a razão. Varela ainda reduziu mas de nada valeu.

Com esta derrota o FC Porto fica a 5 pontos do Benfica e quase dois anos, 55 jogos depois voltou a perder, não conseguindo assim bater o recorde.

2 – Análise

Estou completamente de acordo com Vítor Pereira: o FC Porto não fez um bom jogo, não fez o jogo que devia ter feito, o Gil Vicente fez o que lhe competia fazer e o árbitro fez uma péssima arbitragem. Ao FC Porto faltou garra, ambição, querer e porque não sorte? No primeiro tempo a equipa jogou de forma muito lenta, foi para intervalo a perder 2-0 e no segundo tempo Vítor Pereira fez alterações. Na minha opinião fez bem Vítor Pereira em alterar, pois a perder tinha de arriscar. Entretanto o FC Porto sofre o terceiro golo e os jogadores portistas começam a jogar muito mais com o coração do que com a razão. Varela ainda conseguiu reduzir e nessa altura pensei que o Clik tinha sido dado e que ainda havia tempo para o FC Porto chegar, pelo menos, ao empate. Infelizmente enganei-me. Agora vamos à segunda parte da questão. O Gil Vicente fez o que lhe competia, defender o mais que pudesse e aproveitar os contra ataques para conseguir criar perigo. Foi feliz, teve sorte, aquela que o FC Porto não teve. E agora meus caros, vamos à terceira questão… o senhor árbitro. Ora bem, nós já sabíamos que vinha por aí alguma coisa que não seria nada boa. Ontem na feira ficou, mais uma vez, à vista que a roubalheira este ano é a descarada e só restava saber o que hoje ia acontecer em Barcelos. E claro, o senhor Paixão veio continuar a roubalheira. É verdade, já o disse, o FC Porto não esteve bem, mas valha-me Deus, duas grandes penalidades ficaram por marcar. Como a história do jogo podia ter sido diferente… E depois, há mesmo falta no lance que origina o primeiro golo do Gil? E o fora de jogo antes da grande penalidade a favor dos de Barcelos, ficou onde? E o terceiro golo do Gil, não estava em fora de jogo? Enfim … e siga o andor. E com isto o FC Porto não conseguiu bater o recorde nacional, os dragões ficam com o registo de 55 jogos sem perder, o que é fantástico. Agora resta levantar a cabeça, seguir em frente e pensar no futuro. E porque não iniciar aqui um novo ciclo, se possível superior à marca de 55 jogos sem derrotas? Força aí campeão!

2 comentários:

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Péssima e vergonhosa exibição!

O encornado Bruno Paixão ajudou à festa, mas isso não justifica tudo.
Não temos jogadores com sangue na guelra, capazes de enfrentar de peito feito um encomendado que tinha a lição estudada.

Muito dificilmente revalidaremos o titulo.

Hora pois de preparar a próxima época sem os erros que se cometeram no planeamento desta.

Abraço

Paulo

dragao vila pouca disse...

Com o andor em movimento, carregado de apitadores e afins, era fundamental que o F.C.Porto entrasse no jogo com outra atitude, outra dinâmica, outra rapidez, outra qualidade. Um Porto a mostrar que queria ganhar, capaz de mostrar que, independentemente de tudo e não tem sido pouco, a que temos assistido, não deixaria de cumprir a sua obrigação. Um Porto que mostrasse crença, raça e carácter na luta pelo título. Mas esse Porto não apareceu em Barcelos.
Lento, precipitado, desconcentrado, previsível, com vários jogadores a nunca entrarem no jogo, o Campeão deu 45 minutos de avanço e só mostrou um cheirinho do que pode e sabe, quando o resultado já estava decidido - como é possível aquele 1º golo? Como é possível 3 jogadores do F.C.Porto, mais o guarda-redes, estarem completamente a dormir e sofrerem aquele golo? O Gil bateu-se bem, teve mérito, é, como tinha dito no post de antevisão, uma equipa bem organizada, mas não fez nada de transcendente. A equipa de Paulo Alves joga sempre assim frente aos grandes e por isso não foi uma surpresa a forma fechada e em contra-ataque como jogou. Houve foi Porto a menos. Também é verdade que a arbitragem foi miserável, com claro prejuízo da equipa azul e branca - penalty não assinalado sobre Defour, que foi atingido e derrubado pela cabeça; penalty contra o F.C.Porto a um minuto do intervalo, que deu o 2 a 0, com o que isso significou no desenrolar da partida, num lance precedido de fora-de-jogo; penalty cometido pelo guarda-redes do Gil sobre Kléber ...-, mas hoje, quando se pedia um grande Porto, capaz até, de ir ao Inferno buscar a vitória, esse Porto não esteve em campo, grande parte dos 90 minutos. E quando esteve, foi pouco esclarecido a encontrar os melhores caminhos, jogou mais com o coração que com a cabeça. Eu, para destroçar Paixão, tinha de ter visto muito mais do meu clube e isso não vi.

Ainda falta muito campeonato, é verdade, mas quando se esperava que a equipa portista fosse capaz de pressionar a liderança, não deixasse cavar um fosso, continuasse a depender apenas de si e mostrasse atributos que dessem confiança numa grande segunda-volta, hoje em Barcelos, o Campeão deu vários passos atrás, pareceu conformado e mostrou que lhe falta alma. E sem alma... fica muito difícil, quase impossível. Este Porto, definitivamente, não dá confiança. Tão depressa aparece bem e parece estar no bom caminho, como logo a seguir borra, da forma mais grosseira, a pintura

Vítor Pereira tem culpas, claro que sim, os treinadores têm sempre culpas quando as coisas correm como correram hoje, mas será uma injustiça considerá-lo o único culpado. Há quem tenha tantas culpas como o treinador... Falaremos disso mais a frio, nos próximos dias...

Beijinhos