domingo, 22 de janeiro de 2012

Crónica e Análise: FC Porto 3 – Vitória de Guimarães 1

1 – Crónica

FC Porto Vence e Danilo Estreia-se

No final de tarde, início de noite deste Domingo, o FC Porto recebeu o Vitória de Guimarães, em partida a contar para a décima sexta jornada da Liga. No final do jogo verificou-se a vitória dos dragões por 3-1.

Depois do jogo da Taça da Liga, no meio da semana, o FC Porto voltou ao campeonato. Sem poder contar com Hulk, Vítor Pereira fez alinhar na frente de ataque Varela, James e Kleber. E o FC Porto entrou decidido em marcar o mais rápido possível para assim garantir a vitória. Imparáveis no ataque, os dragões inauguraram o marcador aos dezoito minutos, Rolando, qual ponta de lança, fez a bola entrar pela primeira vez na baliza vimaranense, após receber a bola de James. O “carrossel” portista, apoiado nas acelerações de Álvaro Pereira e nas jogadas de Varela, continuou a girar num ritmo frenético e imparável até aos 30 minutos, quando começou a baixar o ritmo e o Vitória aproveitou para dizer “presente”. Os vimaranenses beneficiaram de duas boas oportunidades para empatar, na primeira Rolando salvou, na segunda foi Otamendi. O intervalo chegava com os dragões em vantagem no marcador.

O FC Porto começou o segundo tempo a facturar, João Moutinho foi o autor do segundo golo portista – Kleber passou a bola ao internacional português, que colocou a bola no fundo da baliza adversária, concluindo um lance que o mesmo Moutinho tinha iniciado. Tudo caminhava sem polémicas, eis que chegou o lance que irá, por certo, fazer correr tinta. Fernando corta, sem falta, um lance de ataque vitoriano, o árbitro assinala livre e mostra cartão amarelo ao jogador portista, que assim fica de fora do próximo encontro. Do livre resultou o golo do Guimarães. Minuto 68, Danilo entra em campo por troca com Defour, o brasileiro estriou-se assim com a camisola azul e branca. Minutos depois, James foi tocado no interior da ária vimaranense, o árbitro não teve dúvidas e assinalou grande penalidade. Foi o próprio James que converteu fazendo o terceiro golo do jogo e o seu oitavo no campeonato.

Com esta vitória o FC Porto soma 40 pontos, mas porque o Benfica também venceu, permanece no segundo lugar do campeonato.

2 – Análise

Foi uma vitória justa – já lá vão 55 jogos sem perder – e a equipa precisava desta vitória para mostrar que há mais para além de Hulk. Gostei do jogo, gostei da forma decidida que a equipa entrou em campo, gostei do início do segundo tempo e da forma como a equipa respondeu ao golo sofrido. Muito bem Varela, o internacional português parece decidido em voltar a fazer óptimas exibições e o FC Porto agradece. Muito bem Rolando, quer no ataque, quer na defesa. Muito bem João Moutinho, marcou e carregou a equipa às costas – e ainda há quem diga que não percebeu o porquê da contratação de Moutinho… Enfim, adiante. James esteve meio “ausente”, mas bem presente quando sofreu a grande penalidade e a converteu. Em suma, na minha opinião a equipa esteve bem e Vítor Pereira também, pois não disponha de todas as peças do xadrez e geriu o esforço dos atletas no final. Destaque para a estreia de Danilo, finalmente o brasileiro pisou o relvado do Dragão num jogo oficial e esteve bem. Infelizmente a vitória portista não foi suficiente para agarrar a liderança, mas há toda uma segunda volta para jogar, há muitos pontos em disputa, à que levantar a cabeça e seguir o caminho sem deitar a toalha ao chão, sempre a agarrar os pontos que estão ao alcance. Nunca é de mais repetir que o FC Porto já soma 55 jogos, passo a redundância, a somar pontos!

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Um Dragão muito bem composto, mais de 34 mil espectadores, apadrinhou a estreia de Danilo - bons pormenores...- e viu um Porto de boa cepa, vencer um Vitória que deu boa réplica, mais foi impotente para contrariar a mais valia do conjunto azul e branco, que venceu com justiça e pelos números, mais golo menos golo, correctos.
Havia a curiosidade, extrapolada por uma comunicação social sempre à procura de brechas para poder perturbar, de saber como se apresentaria o Campeão sem Hulk, talvez a sua unidade mais influente. Pois, sem escamotear a importância do nº12 na equipa de Vítor Pereira, que é notória, hoje ficou provado que há mais vida para além do Incrível Hulk.

Entrando bem no jogo a equipa portista fez uma primeira-parte muito razoável, uma das melhores dos últimos tempos. Com a atitude correcta, o ritmo indicado, boa organização e circulação, foi um Porto competente, sério, pressionante, seguro atrás - com a excepção de Otamendi -, dominador no meio-campo, perigoso no ataque, apesar de neste sector, apenas Varela ter estado a alto nível - Kléber, generoso, mas inconsequente e ai, ai, ai James. Assim, não admirou que a vantagem chegasse, por Rolando, qual ponta-de-lança, na desmarcação, domínio no peito, remate colocado e fora do alcance do guarda-redes. Vantagem mais que justa, embora a equipa vimaranense pudesse ter empatado por Paulo Sérgio, o que a acontecer não daria uma imagem correcta do que tinham sido os 45 minutos iniciais.

Se na primeira metade, houve qualidade, na segunda ainda foi melhor.
Entrando com tudo, pressionando alto, encostando o Vitória lá atrás e não o deixando sair, o F.C.Porto fez o 2 a 0 e a coisa prometia. Estava o Porto a brilhar, até a empolgar e o público a gostar, quando Hugo Miguel, o árbitro, teve uma paragem cerebral, ligou o complicador e começou a meter água na chama do Dragão.
Primeiro, Kléber, carregado em falta, ficou sem a bota e levou um injusto amarelo. Depois, um corte limpo de Fernando, foi transformado em livre, reacção espontânea do Polvo a protestar e mais um cartão que impede o trinco portista de jogar frente ao Gil Vicente. Livre marcado, equipa momentaneamente desconcentrada e na recarga a uma defesa de Helton, o Guimarães reduziu, claramente, contra a corrente do jogo. Diferença mínima, novo ânimo no conjunto que veio da cidade berço, mas sem nunca colocar em risco a vantagem do F.C.Porto. Passados poucos minutos, talvez porque algo lhe pesava na consciência, o juíz de Lisboa entrou em compensações e marcou um penalty, que e a crer no que ouvi na rádio, não existiu - ainda não vi as imagens e no campo o lance deixou-me dúvidas. Vantagem de dois golos reposta e daí até final apenas tempo para entrarem Belluschi e Souza, já que nada mais de relevante aconteceu.
Mais uma vitória, 55º jogo sem perder para o campeonato, um Dragão "vivinho da silva" e pronto para lutar até ao fim, pelo principal objectivo da época, a conquista do bicampeonato.
Para além do que referi acerca da qualidade da exibição do F.C.Porto, hoje vi uma equipa unida, solidária e mais Porto. Este caminho não pode ter retorno!

Começando de trás para a frente, grande Maicon, grande Rolando, super-Alvaro, bem Defour, excelente Moutinho, fantásticos Fernando e Silvestre Varela. Helton cumpriu, Otamendi melhorou na segunda-parte, James esteve abaixo do que pode, Kléber ainda bem que fez a assistência para o golo de Moutinho, senão... Danilo, quero ver mais, anda ainda um bocado à procura do seu espaço, mas teve, como já disse, bons pormenores. Belluschi e Souza, o tempo foi pouco, mas o brasileiro esteve mais assertivo.

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem fizemos um grande jogo colectivo.

Soubemos dominar e controlar o jogo.

Como se adivinhava, face a valia do adversário, não iria ser somente um jogo traçado pelo nosso domínio, houve períodos que tivemos de saber controlar, para depois sair assertivamente para o ataque.

Fomos inteligentes, tivemos jogadores a demonstrar a sua real valia, e quando assim é tudo se torna mais fácil mesmo diante de adversários experientes e de qualidade.

Continua a faltar o tão desejado ponta de lança, para acrescentar eficácia na finalização e abrir linhas de passe na área adversária.
Kléber luta muito mas por vezes sem ser eficiente.

Rolando, James, Moutinho, Fernando e Alvaro foram enormes no jogo de ontem.

Resta continuar assim, para seguir na peugada do Benfica.

Fantástico o ambiente nas bancadas.

Abraço e boa semana

Paulo