quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A Árvore e a Floresta



Passar da Liga dos Campeões para a Liga Europa não é o fim do mundo. O problema é que o FC Porto passou de uma competição para a outra, depois de, a duas jornadas do final da fase de grupos, ter estado com um pé na fase seguinte da Liga dos Campeões. Não, não foi ontem que a qualificação se perdeu, foi, isso sim, à duas semanas no Dragão frente ao Dínamo. Talvez por isso a derrota frente aos ucranianos tenha-me custado muito mais a digerir, por ser, digamos assim, imprevisível e inesperada; do que a derrota de ontem, que apesar de custar, era, de certa forma, previsível ou esperada.
O que também já era esperado, eram as críticas às opções de Lopetegui, algo que tem vindo a acontecer frequentemente. E no meio das críticas e da contestação lá surge os pedidos para que o treinador se demita.
Não me parece, sinceramente, que uma troca de treinador resolveria todos os problemas, se não vejamos.
Nos últimos anos Jesualdo, Vítor Pereira e agora Lopetegui, foram vítimas de contestação dos adeptos, mas todos eles apresentavam-se sempre a dar a cara na defesa do grupo de trabalho e pelo clube, servindo de escudo em todas as ocasiões. Sempre sozinhos, porque instalou-se um silêncio ensurdecedor na direção portista. Esse silencio faz perceber que infelizmente Lopetegui, tal como Jesualdo, Vítor Pereira e de certa forma Paulo Fonseca  são apenas a árvore… mas há a floresta... pelo que o problema pode não estar só na árvore. Errar todos os treinadores erram – uns mais do que outros – mas há problemas que, por certo, ultrapassam o treinador e esses sim tem de ser resolvidos urgentemente antes que seja tarde de mais.


PS. Pelo que vejo no facebook, foi avançado pela Antena 1, que Lopetegui colocou o seu lugar à disposição. Por mim, espero que o treinador continue no clube.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bem Ana, completamente de acordo. Custa ver o nosso treinador (como outros anteriormente...) ser massacrado pela imprensa e a Direção nada diz, que saudades do Porto que não se calava e enfrentava tudo e todos.

Carla Leitão, Seixal